Que tipo de morte pode doar os órgãos?

Perguntado por: dcapelo3 . Última atualização: 3 de fevereiro de 2023
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Pode ser doador qualquer pessoa que venha a morrer por morte encefálica e em que sua família autorize a doação dos órgãos ou tecidos. Apenas algumas poucas doenças, como alguns tipos de câncer e o HIV impedem a doação. Para doar tecidos, além da morte encefálica o doador pode ter tido morte com coração parado.

A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida.

Em geral, a doença não é uma contraindicação total para a doação. A decisão, doar ou não o órgão, deve ser feita pela equipe de saúde especializada e pela pessoa que irá receber o órgão, equilibrando os riscos e benefícios.

Dessa forma, é importante mencionar que um indivíduo não pode doar um órgão vital, como o seu coração ou seu cérebro, porque você só tem um de cada e sem eles não conseguirá viver. Mas você pode doar outros órgãos importantes, como um rim ou mesmo um pulmão, porque tem dois de cada.

O que significa “morte encefálica”? Morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.

A doação de alguns órgãos ou tecidos pode ocorrer em vida (doador vivo) sem que isso afete a saúde do doador. Outros órgãos ou tecidos somente podem ser doados após a morte (doador falecido). Pela lei brasileira a doação de órgãos de doador falecido só é permitida em uma situação chamada Morte Encefálica.

Quanto aos motivos de recusa da doação dos órgãos, foram revelados: a crença religiosa; a espera de um milagre; a não compreensão do diagnóstico de morte encefálica e a crença na reversão do quadro; a não aceitação da manipulação do corpo; o medo da reação da família; a inadequação da informação e a ausência de ...

O desconhecimento de familiares sobre potenciais doadores impossibilita que pacientes venham a receber o transplante, tão necessário quando um órgão ou tecido apresenta insuficiência funcional terminal.

Assim, com o sangue oxigenado mecanicamente, o coração pode bater por até alguns dias após a morte cerebral, e para imediatamente caso o respirador seja desligado.

Segundo o artigo 4º da lei 9.434/97, “A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento ...

Enquanto outros animais podem regenerar a maioria de seus órgãos, em humanos, camundongos e outros mamíferos somente o fígado tem essa capacidade frente à uma lesão ou quando um pedaço é removido.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no geral, os riscos para o doador são pequenos e estão relacionados à necessidade de anestesia. Dentro de poucas semanas, a medula é totalmente recuperada.

Os órgãos mais comumente transplantados são: coração, fígado, pâncreas, dois pulmões e dois rins.
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Em 2016 foram realizados, no Brasil, 24.958 transplantes, sendo 7.955 de órgãos sólidos, conforme discriminado a seguir:

  • Coração: 357.
  • Fígado: 1.880.
  • Pâncreas: 26.
  • Pulmão: 92.
  • Rim: 5.492.
  • Rim/Pâncreas: 108.

Coração: o transplante só pode ser realizado por meio de um doador falecido, com morte encefálica constatada.