Que tem um dependente químico na família?

Perguntado por: iconceicao . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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A família é essencial para fazer com que o dependente químico não se sinta sozinho em um momento tão conturbado. É por meio do apoio familiar que o adicto terá o incentivo para seguir em frente e não se entregar de uma vez por todas ao vício e ir além da sua busca, mesmo quando quiser desistir.

A fragilização de suas relações, a desestruturação de seus laços de afeto, e a questão financeira são os problemas mais comuns.

Como as substâncias psicoativas alteram as funções cerebrais, o dependente químico pode ficar com depressão profunda. Quando ocorre o consumo de drogas, as alterações das funções químicas cerebrais diminuem a produção de neurotransmissores, ligados a sensação de bem-estar, o que acaba gerando a depressão.

O uso de drogas contribui de forma significativa para problemas familiares, como o rompimento de vínculos afetivos, agressividade, violência e vulnerabilidade social, visto que pelo aumento no consumo abusivo desse tipo de substância as consequências são desastrosas.

Um dependente só começa a pensar em abandoná-las quando os prejuízos pelo uso forem maiores que os prazeres. Não existe possibilidade de sucesso enquanto eles continuarem usufruindo dos prazeres, enquanto os pais arcam com os prejuízos.

A pessoa com dependência química sente que precisa usar a droga sempre mais para obter os mesmos efeitos. O descontrole também é uma consequência da fissura, que torna a pessoa inconsciente da quantidade de substância ingerida.

Estresse. A volta para a vida normal após o tratamento da dependência química pode ser muito estressante para o paciente. No entanto, alguns podem ter reações exageradas a essas situações. Tais mudanças no humor podem indicar o risco de recaídas, tanto as positivas como as negativas.

Qual é a etapa mais difícil de recuperação de dependente químico? Das fases de recuperação da dependência química anteriormente citadas, a fase da reabilitação é a mais crítica, porque, a fase demanda um esforço, dedicação e atenção. É nela que o dependente precisa mais do que nunca do apoio dos familiares.

Entre os fatores de risco ao uso de drogas de abuso pelas crianças e jovens estão o uso de drogas pelos pais, a não integração às atividades escolares, a desestrutura familiar, a violência doméstica, a pressão de grupo e a necessidade de integração social, a busca pela auto-estima e pela independência familiar(2).

O consumo de drogas lícitas e ilícitas pode causar diversos efeitos colaterais no organismo em curto ou longo prazo: mudanças no apetite e no sono, alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial, desenvolvimento de doenças mentais e de outras complicações, como o câncer.

1º Fato: como a dependência química afeta a pessoa
Como vimos a pessoa pode perder o controle do consumo da substância. E isso afeta todos os aspectos da vida do usuário, no âmbito mental, emocional e físico. A dependência química deve ser encarada como ela é: uma doença. E precisa do tratamento adequado.

A heroína é uma droga opióide desenvolvida a partir da morfina. É considerada, segundo diversos especialistas, a droga mais viciante de todas. Em um primeiro momento, ela causa uma sensação intensa de prazer e euforia, fazendo com que o indivíduo se adapte a esse cenário rapidamente.

A dependência química provoca mudanças significativas no comportamento. À medida que o vício se intensifica, as atitudes se transformam. A pessoa dependente pode apresentar humor oscilante, euforia, depressão, impaciência, desânimo, frustração, agressividade, desinteresse, impulsividade, irritabilidade, etc.

O dependente químico ama essas sensações, e começa a buscar por ela insaciavelmente. Há uma explosão curta e poderosa de dopamina, a substância química que faz com que muitos se sintam eufóricos. Esse sentimento pode ser tão intenso que um forte desejo de continuar usando pode se formar.

Surgem sentimentos de culpa, tristeza, desespero, revolta. Acrescenta-se a esse quadro o lado emocional desequilibrado do dependente e temos um cenário propício para a desarmonia, o que torna o familiar ainda mais suscetível ao abuso de drogas.