Que significa Segundo Aristóteles dizer que a felicidade é uma atividade?

Perguntado por: aduarte . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Segundo o autor, a felicidade consiste em uma atividade da alma conforme a virtude. É o bem supremo, que tem um fim em si mesmo, sendo almejado por todos. O que constitui a felicidade são as ações virtuosas, e as atividades viciosas conduzem o contrário.

Resposta: Aristóteles acreditava que o objetivo último da vida humana é a busca da virtude, e que a atividade que produziria a melhor felicidade para o homem é a contemplação, ou seja, a busca do conhecimento das coisas e da verdade.

O que não é Felicidade
Aristóteles aponta as três principais confusões sobre o termo felicidade: felicidade não é uma vida de prazeres; felicidade não está na honra (no sentido de receber honras, ser famoso); e felicidade não é ser rico (possui riquezas).

Segundo o dicionário, felicidade é o estado de quem é feliz, um sentimento de bem-estar e contentamento. Os filósofos associam a felicidade com o prazer, com os sentimentos e emoções. Segundo Aristóteles, a felicidade seria o equilíbrio e harmonia, e a prática do bem.

Segundo Aristóteles as três formas para se chegar a felicidade seriam:

  • Manter uma vida prazerosa;
  • Manter uma vida política;
  • Manter uma vida filosófica.

Para alcançar a verdadeira felicidade, Aristóteles, em seu livro Ética a Nicômaco, diz que o ser humano precisa pautar sua vida em ações virtuosas, baseadas no pensamento, na justiça e na razão. Ele identifica três modos de vida que buscam a felicidade.

Felicidade na Filosofia
Para o grego Aristóteles, a felicidade diz respeito ao equilíbrio e harmonia praticando o bem; para o também grego, Epicuro, a felicidade ocorre através da satisfação dos desejos; Pirro de Élis também acreditava que a felicidade acontecia através da tranquilidade.

Para o filósofo, tudo tende para o bem e a felicidade é a finalidade da vida humana. Entretanto, a felicidade não deve ser compreendida como prazer, posse de bens ou reconhecimento. A felicidade é a prática de uma vida virtuosa.

Para Aristóteles a felicidade é inerente à contemplação e busca por satisfação aliada a inteligência e aperfeiçoamento. O homem precisa ter domínio de seus desejos, ele não pode se tornar escravo de suas vontades. Para adquirir tais características ele precisa ser inteligente e saber buscar as coisas certas.

Para Aristóteles, o ser humano é essencialmente um ANIMAL RACIONAL, um sistema único natureza-racionalidade. ser humano e não existe separada dele. Ela é o princípio da vida.

O pensamento de Aristóteles é que a felicidade (eudemonia) só pode ser alcançada por meio de uma “excelência da alma”. A virtude/excelência pode ser intelectual, adquirida a partir da natureza e aperfeiçoada pelo ensino, e moral, adquirida por hábito.

Para Aristóteles a felicidade não está ligada aos prazeres ou as riquezas, mas a atividade prática da razão. Em sua opinião, a capacidade de pensar é o que há de melhor no ser humano, uma vez que a razão é nosso melhor guia e dirigente natural.

A felicidade para Sócrates é a obtenção do maior prazer possível e disponível ao ser humano; este agiria de forma a obter o máximo prazer.

“A felicidade é um sentimento de vitalidade exuberante, totalmente episódica e que acontece com uma certa frequência em nossa vida, ou seja, trata-se de um estado de espírito pontual e não algo contínuo”. E ainda completo, a base da felicidade é estar bem consigo mesmo.