Que motivos levaram o afastamento entre a Igreja Católica e a Monarquia?

Perguntado por: lporto6 . Última atualização: 30 de maio de 2023
4.7 / 5 9 votos

O imperador deu ordens para que a medida do papa não fosse cumprida e, na década de 1870, prendeu dois bispos que se recusaram a seguir as ordens imperiais. Situações como essa caracterizaram a Questão Religiosa, que marcou o afastamento entre o clero católico e a monarquia.

O divórcio oficial entre Igreja e Estado
Oficialmente, o acordo que resultaria na separação entre a religião católica e o poder civil no Brasil é o decreto 119-A, de 7 de janeiro de 1890.

A chamada Questão religiosa foi um episódio que não esteve diretamente relacionado ao fim do Império, mas que desgastou bastante a relação entreProclamação da República a Coroa e a Igreja católica. São amplamente conhecidas as relações entre a o catolicismo e a política brasileira.

A Igreja deixou de apoiar a monarquia quando D. Pedro II se recusou a seguir uma ordem direta do Papa e mandou prender dois bispos que obedeciam às ordens do clero e não da Coroa. Por fim, o último pilar de apoio que restava à monarquia era a burguesia.

O motivo que levou o soberano inglês Henrique VIII a se desligar da Igreja de Roma foi a não aceitação de seu pedido de divórcio enviado ao papa Clemente VI. Henrique VIII era casado com Catarina de Aragão, nobre de origem espanhola.

No campo religioso, a contestação da Igreja Católica era uma prática que vinha acontecendo desde meados da Idade Média. Esses movimentos religiosos questionavam a falta de moralidade, o abuso do poder, a avareza, a corrupção e todo tipo de desvio comuns na Igreja Católica na Europa.

Diversos fatores contribuíram para a queda da Monarquia, dentre os quais a insatisfação da elite agrária com a abolição da escravatura, o descontentamento dos cafeicultores do Oeste Paulista e dos militares, que queriam mais poder, e as interferências do Imperador em assuntos da Igreja.

A crise do Império foi marcada por três questões que abalaram a relação do Império com suas principais fontes de sustentação política: a questão religiosa, a questão abolicionista e a questão militar.

A separação entre Igreja e Estado é um dado das atuais democracias. Ela é, sem dúvida, uma das condições mais importantes para que haja tolerância religiosa em uma comunidade política. A possibilidade da separação dessas duas comunidades foi um dos objetos de maior discussão do século 17.

Em 9 de dezembro de 1905, o Parlamento francês promulga lei que postula a separação da Igreja e do Estado, projeto de iniciativa do deputado socialista Aristide Briand.

Entre os séculos XI e XIII a Igreja viveu diversas crises e mudanças. Contra a concentração de poderes materiais da Igreja surgiram, por exemplo, vários movimentos que questionavam alguns dogmas cristãos e por isso eram considerados heréticos.

A Questão Religiosa contribuiu para a crise política do Império, onde a tríade de atores políticos (Dom Pedro II, Visconde do Rio Branco e Dom Vital) produziu grande agitação que se estendeu aos mais distantes rincões do país: de um lado, o Estado imperial e a Maçonaria, personificados nas figuras de Dom Pedro II e do ...

Podemos considerar que essa crise da monarquia no Brasil iniciou-se na década de 1870, logo após a Guerra do Paraguai. O Brasil venceu a guerra, mas a monarquia saiu enfraquecida e os novos rearranjos políticos que estavam em formação no Brasil, desde a década de 1860, começaram a ganhar espaço no debate político.

Questão religiosa
Com um caráter mais personalista, a questão religiosa decorre de um conflito entre a Igreja Católica e D. Pedro II relacionado à maçonaria. Em 1864, foi decretada a Bula Syllabus, que tratava sobre o ultramantonismo.

Igreja Católica no Brasil

No século XIX, o catolicismo tornou-se a religião oficial do Brasil e foi formalmente institucionalizado no sistema político e social do país. Embora essa formalidade tenha afrouxado muito, o Brasil tem uma das maiores populações cristãs do mundo. A Igreja Católica no Brasil está dividida em três grandes grupos.

Monarquia Católica é o conjunto de territórios que estiveram sob soberania dos Reis Católicos e seus sucessores, desde que os primeiros receberam o título de Majestades Católicas em 1496. Como sinónimo de Monarquia Católica também se utilizava a denominação "As Espanhas".

O enfraquecimento de Dom Pedro II e o agravamento do seu estado de saúde deixaram o Segundo Reinado sem um comando, sem uma liderança, o que favoreceu o movimento das tropas do marechal Deodoro da Fonseca, em 15 de novembro de 1889, a decretar o fim do Império e instalar a república no Brasil.

A Reforma Inglesa começou com Henrique VIII da Inglaterra (r. 1509-1547) e continuou progressivamente ao longo do século XVI. O processo resultou na ruptura com a Igreja Católica chefiada pelo Papa, em Roma.