Que horas ela volta preconceito linguistico?

Perguntado por: ereis . Última atualização: 17 de maio de 2023
4.7 / 5 19 votos

No filme "que horas ela volta", a doméstica Val e sua filha são zombadas por seus patrões devido ao sotaque nordestino. Já fora das telas, isso é uma realidade no Brasil, por ainda existirem pessoas que não respeitam o outro ou suas culturas.

Os indivíduos que sofrem discriminação linguística tendem a desenvolver problemas de sociabilidade e, até mesmo, psicológicos. Fica claro, portanto, que a língua é um fator decisivo na exclusão social. Por isso, o preconceito linguístico deve ser admitido e combatido.

As causas do preconceito linguístico
Como exploramos um pouco acima, a principal causa do preconceito linguístico é acreditar que uma variação linguística está mais correta do que a outra. Isso, levando em consideração construções sociais que envolvem classe social e diferenças entre regiões e sotaques.

Em razão disso, existe a estigmatização das variantes faladas pelas pessoas das regiões mais empobrecidas, como a região Nordeste e a região Norte.

Uma outra pesquisa do portal mostra que a região que mais sofre com o preconceito linguístico é o Nordeste, que também é caracterizado por xenofobia, e que pode ser observado nas televisões: é muito comum essas produções limitarem nordestinos a papéis de pessoas pobres, pessoas analfabetas e/ou grossos e com sotaque ...

Ninguém tem o direito de exercer assédio linguístico. Ninguém tem o direito de causar constrangimento ao seu semelhante pela forma de falar. A Constituição brasileira estabelece que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante''.

O professor e outros educadores devem ser os principais exemplos. Eles precisam ensinar a norma culta, mas também explicar que existem variações linguísticas, assim como mostrar respeito com a forma de falar dos alunos e de outros colegas.

Repúdio, aversão ou desprezo por pessoas ou grupos sociais em razão de sua língua, variedade linguística ou sotaque.

Por isso, é preciso ter uma postura rigorosa e educativa para evitar e combater esse tipo de situação.

  1. Apoie a diversidade. ...
  2. Reflita sobre seus conceitos e estude formas de mudar. ...
  3. Posicione-se e dissemine as informações. ...
  4. Implemente políticas de prevenção e um canal de escuta.

É interessante criar debates e rodas de conversa, além de estimular a produção de textos a respeito do preconceito linguístico. Para isso, é preciso tomar cuidado para promover uma conversa saudável e que não cause nenhum constrangimento aos estudantes.

Sendo assim, pode-se afirmar, então, de acordo com as respostas do questionário online, que 70% dos jovens já sofreram preconceito linguístico, seja entre seus amigos, escola, ou até mesmo em casa e se sentiram mal com as colocações que essas pessoas os fizeram.

A violência do preconceito, além de produzir o isolamento entre os indivíduos, introduz a desconfiança entre os pares e funciona nos moldes de uma severa autopunição do sentimento de culpabilidade. Sob o preconceito, os indivíduos tornam-se cúmplices do processo social que os engana e violenta.

De acordo com o Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, preconceito é: ''Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.''. Com a aproximação mais estreita entre os povos existentes, a prática do crime preconceito foi se tornando cada vez mais frequente.

Exemplos de preconceitos linguísticos
debochar de quem usa gírias antigas; corrigir a pronúncia “errada” de alguém; acreditar que a linguagem usada antigamente era mais correta; discriminação com a linguagem simplificada usada na internet.

O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade, modos de falar que são muitos e bem diferentes entre si.

Segundo dados do G1, 30% dos brasileiros alegam ter sofrido preconceito linguístico por causa da classe social. Em suma, os indivíduos de classe social menos favorecida, geralmente sofrem discriminação pela sua maneira de falar, já que, não possuem acesso à uma educação escolar benéfica.

O preconceito linguístico é definido como o ato ou pensamento discriminatório relacionado a forma que um indivíduo se expressa com a linguagem verbal. Esse tipo de julgamento costuma atingir classes sociais menos favorecidas devido à falta de acesso escolar e também a regionalidades e sotaques.