Que cuidados um transplantado precisa ter depois da cirurgia?

Perguntado por: ahilario . Última atualização: 3 de fevereiro de 2023
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Deve-se evitar ambientes com muitas pessoas, ter uma alimentação saudável e orientada pela equipe de nutrição do transplante, evitar viagens em avião por causa do ar-condicionado, e assim por diante. No entanto, essas medidas vão sendo liberadas com o tempo e com a análise individual de cada paciente”.

Não realizar atividades físicas nos primeiros 3 meses; Realizar exames semanais durante o primeiro mês, espaçando para duas consultas mensais até o 3º mês devido ao risco de rejeição do órgão pelo organismo; Evitar fumar; Evitar o contacto com pessoas doentes e locais poluídos.

Principais sinais de alerta após o transplante

  • Erupções ou vesículas (bolhas)
  • Coceiras.
  • Alterações na textura: ausência de elasticidade ou endurecimento da pele.
  • Mudança na cor da pele.

Alimentos ricos em sódio que deverão ser evitados: Alimentos enlatados e embutidos: salsicha, presunto, salaminho, mortadela, hambúrguer industrializado, lingüiças, patês industrializados, sardinha, atum, carnes salgadas ou defumadas, charque, picles, azeitonas, palmito, etc.

Os cuidados de enfermagem incluem: monitorização dos sinais vitais, balanço hídrico rigoroso, acompanhamento e coleta de exames laboratoriais, monitorização de sinais de sangramentos, troca de curativos, vigilância do padrão respiratório e cuidados relativos à imunossupressão, dentre outros.

Cuidados para dormir
O paciente deve dormir em posição semi-sentado (45 graus) durante os três dias subsequentes ao procedimento cirúrgico. Esse cuidado evita a formação de edema, mas caso ocorra, é preciso fazer compressas frias e elevar a cabeça até que desapareça.

Após ser liberado do hospital, o paciente continua seu processo de recuperação em casa. Ele aprende que sinais como febre, dor, diarréia, entre outros, devem ser rapidamente informados ao médico responsável pelo tratamento.

Quando o transplantado terá uma vida normal? Dependendo do estado geral de cada paciente, ele poderá ter uma vida integral, inclusive fazendo esportes, entre 3 meses e 1 ano e meio. De incentivo, existem maratonas dos transplantados para que eles possam voltar a sua plena atividade.

Preferir os alimentos integrais (arroz, macarrão, pão, entre outros) Ingerir frutas diariamente, lavar bem antes de consumir. Se for diabético, dê preferência àquelas frutas com menos calorias. NUNCA ingerir alimentos crus como carnes, peixes, mariscos, ovos.

A rejeição aguda acontece durante o terceiro ou quarto mês após o transplante renal. Ela pode ser acompanhada por febre, diminuição da produção de urina com ganho de peso, dor e inchaço do rim e pressão arterial elevada. Os exames de sangue apresentam a deterioração da função renal.

Inclua peixes na alimentação. Aumente a ingestão de fibras na dieta. Prefira frutas, verduras, cereais como aveia, grãos, pães integrais; Evite a ingestão de vísceras (coração, fígado, rim e miolo).

Existem diversos tipos de complicações, entre as mais comuns: disfunção inicial do enxerto, rejeições, infecções bacte- rianas, virais e fúngicas; as metabólicas (dislipidemias, diabetes mellitus) as cardiovasculares (hipertensão arte- rial) e as ósseas15.

O primeiro problema enfrentado por pessoas que precisam de um transplante é a dificuldade para encontrar um doador compatível. Após conseguir um órgão, outro problema surge: a possibilidade de rejeição.

Em transplantações clinicas, podem ocorrer três tipos principais de rejeição: hiperaguda, aguda e crónica.

As medicações imunossupressoras geralmente utilizadas são: Ciclosporina, Prednisona, Tacrolimus, Micofenolato Mofetil e Rapamicina(4). Esses medicamentos levam o paciente à condição de imunodeprimido, o que implica em adoção de normas e decisões impostas pelo regime médico.

Atualmente os médicos calculam que, em média, um transplante de um doador vivo pode durar 20 anos. En 1973, quando Sue recebeu seu órgão, entre 30% e 40% dos rins duravam 5 anos. Sue diz que a longevidade também pode ser atribuída aos cuidados tomados por ela.

“Com o transplante, a sobrevida passa a ser de 70% em dez anos e isso muda a perspectiva do paciente. Temos paciente que depois do transplante cardíaco se casou, teve filho e fez faculdade”, revelou Otávio. Segundo Orlando, um doador de órgãos pode ajudar até quatro pessoas.

Para evitar a rejeição é necessário usar a medicação imunossupressora por toda a vida. É ela que ajudará a “confundir” o sistema imunológico para que este não rejeite o órgão transplantado. Nos primeiros dias após o transplante as doses são maiores, depois vão sendo diminuídas pouco a pouco.