Quantos presos ficam em uma cela?

Perguntado por: agentil . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Os números são do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias de 2014, do Ministério da Justiça. “Uma cela que cabem 12 pessoas têm 55. [Uma cela] tem cama para três e recebe 20 pessoas, então usam o chão, usam o espaço aéreo, dormem dentro dos banheiros.

Conforme pesquisa publicada por Silva et al. (2021), a população carcerária do Brasil possuía cerca de 680 mil presos, entretanto a capacidade prisional era por volta de 440 mil detentos.

Em 2022, a população carcerária do Brasil ultrapassou 830 mil pessoas, de acordo com dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira (20). Segundo o levantamento, são 832.295 pessoas no sistema prisional.

A tranca é um local onde os presos cumprem medida disciplinar ou administrativa separados dos demais detentos. No espaço eles ficam sem receber visitas e perdem o direito ao banho de sol.

Em regra, no regime fechado (o que acontece também para quem está preso preventivamente), são em média 22h de cela, ou seja, a pessoa tem apenas 2h fora da cela, fazendo com que fique na ociosidade por quase todo o dia.

As Regras de Mandela, atualizadas em 2015, são um conjunto de parâmetros internacionais baseados em regras da ONU que define o confinamento solitário como “o confinamento de prisioneiros por 22 horas ou mais por dia sem contato humano significativo”.

Dentro dos presídios, as palavras têm um significado totalmente diferente do que estamos acostumados. Por exemplo, barraco não é a casa onde se mora, mas sim a cela onde o preso fica. Já jumbo não é uma marca de produtos, mas sim uma grande sacola com alimentos e objetos enviados pela família durante as visitas.

Para quem não sabe, a principal distinção entre uma e outra unidade prisional está no tipo de apenado que recebem. Enquanto os presídios abrigam réus com processos sem transitado e julgado, isto é, o julgamento ainda não aconteceu, as penitenciárias abrigam presos já condenados pela justiça.

Em 2021, essa proporção era de 67,5%. Há 18 anos, em 2005, quando a série histórica do FBSP teve início, os negros representavam 58,4% das pessoas presas no país. Já os brancos, no sistema prisional, eram 197.084 em 2022, ou 30,4% do total.

Estudos recentes realizados em diferentes estados do país chegaram a números que variam entre 24% e 51% de reincidência, todos distantes dos 70% usados como referência. O estranhamento serviu de impulso para que o problema da recidiva merecesse atenção redobrada da academia, nos últimos anos.

Com 715,6 mil presos, o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, de acordo com dados do Centro Internacional de Estudos Prisionais (ICPS, na sigla em inglês), do King's College, de Londres, na Inglaterra. Os Estados Unidos lideram a lista com 2,2 milhões, seguidos pela China, com 1,7 milhão.

Recomenda que o percentual adequado de presos por agente penitenciário (inspetor, policial penal, oficial etc.) é abaixo de 3 internos para cada 1 servidor da área de custódia. O Ilanud recomenda como relação ótima a proporção entre 1:1, e boa até 3:1.

Estudo de doutorado é tema do novo episódio do 'Aqui tem ciência', da Rádio UFMG Educativa. O Brasil tem, em média, oito presos para cada agente penitenciário, segundo um levantamento de 2021 feito pelo G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Os cinco tipos de unidades prisionais no Brasil. No Brasil, existem cinco tipos de unidades prisionais: penitenciárias, cadeias públicas, colônias agrícolas, centros de progressão penitenciárias e casas albergados. Entenda, a seguir, o que são cada uma dessas unidades e os tipos de preso que abrigam.

A maior parte dos estabelecimentos penais conta com uma estrutura física deteriorada, alguns de forma bastante grave. Forçados a conseguir seus próprios colchões, roupas de cama, vestimentas e produtos de higiene pessoal, muitos presos dependem do apoio de suas famílias ou de outros fora dos presídios.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio informa, em nota, que hoje o corte de cabelo não é compulsório, só é feito com a concordância do preso. Vejamos: “O preso pode recusar o procedimento, mas ninguém reclama.