Quantos mísseis nucleares tem no Brasil?

Perguntado por: dtaveira . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Confira mais informações sobre o assunto. O Brasil não tem nenhuma arma nuclear, mas se cogitasse criar, provavelmente teria capacidade tecnológica e conhecimento para a produção, de acordo com os peritos do Laboratório Nacional de Los Alamos, do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

Com 5.977 ogivas, os russos lideram o ranking como o país com maior quantidade de armamento nuclear. Na sequência, os Estados Unidos aparecem com 5.428, seguido pela China com 350. Completam a lista França (290), Reino Unido (250), Paquistão (165), Índia (16), Israel (90) e Coreia do Norte (20).

Hoje o preço é de US$ 20/kg.

Mas até mesmo a menor ogiva poderia causar muitas mortes e consequências duradouras. A bomba que matou 146 mil pessoas em Hiroshima, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, tinha 15 quilotoneladas. E as ogivas nucleares de hoje podem ter mais de mil quilotoneladas.

Depois de 73 anos da bomba de Hiroshima, um estudo científico publicado na revista internacional Nature Food sustentou que Argentina e Austrália são os melhores países para sobreviver a uma guerra nuclear.

Uma guerra nuclear moderna pode matar até 5 bilhões de pessoas devido ao impacto da fome global desencadeada pela fuligem que bloquearia a luz solar, afetando plantações. Essas baixas seriam maiores que as causadas pela explosão, estimam cientistas da universidade de Rutgers, nos Estados Unidos.

Austrália, Nova Zelândia, Islândia, Ilhas Salomão e Vanuatu foram os destaques da pesquisa pela sua capacidade de suprir sua população depois de uma “catástrofe abrupta de redução da luz solar”, como uma guerra nuclear, a erupção de um supervulcão ou a queda de um asteroide.

E as ogivas nucleares de hoje podem ter mais de 1.000 quilotoneladas. Espera-se que pouco sobreviva na zona de impacto imediato de uma explosão nuclear. Depois de um clarão ofuscante, há uma enorme bola de fogo e uma onda de explosão que pode destruir edifícios e estruturas a quilômetros de distância.

Um míssil antibalístico é um míssil que pode ser implantado para combater um ICBM nuclear ou não nuclear. Os ICBMs podem ser interceptados em três regiões de sua trajetória: fase boost, fase intermediária ou fase terminal.

Segundo os russos, o Sarmat é o míssil mais poderoso com a maior distância do mundo para atingir alvos, o que aumenta significativamente o poder de combate das forças nucleares estratégicas do país.

O Brasil possui recursos significativos de urânio, o que leva o país a ocupar posição de destaque no ranking mundial. Os recursos são da ordem de 232.813 toneladas de urânio contido (U3O8), distribuídas entre os estados da Bahia, do Ceará e outros.

Já Chernobyl utilizava 180 toneladas de urânio – 2,8 mil vezes mais.

Segundo dados da Eletronuclear - órgão responsável pela construção e operação de usinas nucleares -, a quebra de 1 quilo de urânio libera a mesma quantidade de energia calorífica que a combustão de 12 mil barris de petróleo.

Rússia

A Rússia e os Estados Unidos têm, juntos, 89,7% das armas nucleares do mundo. No total, os 2 países concentram 11.527 ogivas nucleares, sendo 5.977 do governo russo e 5.550 do governo norte-americano, até fevereiro de 2022.

Sarmat

"O Sarmat é o míssil mais poderoso com a maior distância do mundo para atingir alvos, o que aumentará significativamente o poder de combate das forças nucleares estratégicas do nosso país", disse o Ministério de Defesa da Rússia.

Sob ditaduras militares, Brasil e Argentina resistiram a acordo que proibiu o desenvolvimento de armas nucleares na América Latina e Caribe. Durante a segunda metade do século 20, a humanidade viveu com medo de um possível holocausto nuclear. Era uma espécie de pesadelo apocalíptico.

Atualmente acredita-se que existam 63 bunkers em funcionamento no Brasil, sendo 53 deles no Estado de São Paulo. A estimativa é da empresa RCI First, responsável pela construção de 58 deles. A maior concentração está nas mansões dos bairros ricos da capital: Morumbi, Jardins e Alto de Pinheiros.

EUA e Rússia detêm mais de 90% das ogivas nucleares
De acordo com dados referentes a 2022 e divulgados pela Federation of American Scientists, existem atualmente mais de 13 mil ogivas na posse de nove potências nucleares — mais de 90% pertencem à Rússia e aos Estados Unidos.