Quantos índios os bandeirantes mataram?

Perguntado por: aassis . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Estavam sempre armados e eram violentos: nas primeiras três décadas do século 17, mataram ou escravizaram cerca de 300 mil índios, destruindo mais de 50 missões organizadas por padres jesuítas. Esses homens transformaram São Paulo em um dos maiores centros de escravagismo indígena de todo o continente.

Andavam descalços, as roupas em farrapos, e era comum sofrerem de fome, doenças e ataques de animas selvagens e índios hostis. Essa dureza das expedições tornava os bandeirantes homens extremamente violentos, ambiciosos e rudes, características muito utilizadas para a escravização de índios e combate aos quilombos.

Então, no século XVI, com o controle dos mercados africanos pelos holandeses, a mão de obra ficou escassa e sentiram a necessidade de escravizar os indígenas.

De fato, segundo as pesquisas da University College London (UCL), a colonização exterminou quase 90% da população em um século, ou seja, cerca de 56 milhões de indígenas.

Quais Foram os Maiores Genocídios da História?

  1. 1 - A Grande Fome de Mao (1958-1962) ...
  2. 2 – Holodomor (1932-1933) ...
  3. 3 - Holocausto (1939-1945) ...
  4. 4 - Genocídio Congolês (1885-1908) ...
  5. 5 - Genocídio Armênio (1915-1923) ...
  6. 6 - Quemer Vermelho (1975-1979) ...
  7. 7 - Genocídio em Ruanda (1994)

“Os bandeirantes foram muito usados na construção de uma identidade paulista, sendo valorizados como os principais responsáveis pela extensão territorial brasileira, alçando o posto de heróis”, explica ele. Hoje, no entanto, discussões pressionam para que esse heroísmo seja revisto.

Raposo Tavares e Fernão Dias foram bandeirantes notáveis, muito conhecidos, que ajudaram a povoar o Brasil e ampliar seus limites territoriais ao fundar vilas, em busca de ouro e pedras preciosas pelo País afora.

Os forasteiros mataram dois chefes paulistas que tentaram impor o domínio bandeirante na região. Contrariando as ordens da coroa portuguesa, os emboabas declararam Manuel Nunes Viana como governador da região das minas e decidiram expulsar os paulistas.

"Era baseada em cereais e carnes curadas, que podiam ser transportadas em longas viagens feitas nos acampamentos", afirma Spagnolli. Os alimentos mais utilizados na época eram a farinha de milho, mandioca, o feijão, a moquecada, carne de caça e frutas desidratadas.

Baden-Powell

Fundado em 1909 na Inglaterra por Baden-Powell, o Movimento Bandeirante chegou ao Brasil em 1919 e tem como missão “Ajudar crianças, adolescentes e jovens a desenvolverem seu potencial máximo como responsáveis cidadãos do mundo”, por meio do seu Programa Educativo.

Patrocinados por fazendeiros ou comerciantes, os bandeirantes partiam para descobrir novas terras, arranjar escravos e descobrir depósitos minerais. Eram viagens arriscadas, e muitas vezes sangrentas, organizadas para explorar o território brasileiro à procura de riquezas minerais, novas terras e escravos.

A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a escravização indígena resultou em leis que determinaram a proibição da escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609. Essas leis defendiam que somente em caso de “guerra justa” é que os indígenas poderiam ser escravizados.

Bandeirantes é a denominação dada aos sertanistas do período colonial, que, a partir do início do século XVI, penetraram no interior da América do Sul em busca de riquezas minerais, sobretudo o ouro e a prata, abundantes na América espanhola, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos.

Um dos personagens importantes do local foi Pero Correia, bandeirante predador de índios que fez fortuna: possuía embarcações, estaleiro e fazia tráfico de escravos índios. Em 1549 chega ao Brasil o Padre Leonardo Nunes ao Brasil, vindo na missão do Padre Manoel da Nóbrega.

Cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil na época do descobrimento. Dividiam-se em quatro grupos linguístico-culturais: tupi, jê, aruaque e caraíba.

Indígenas acima de 50 anos morreram mais por doenças circulatórias (28,6%), respiratórias (15,4%) e neoplasias (14,6%); e no restante da população brasileira, essas causas representaram 31,5%, 13,6% e 19,0%.

A principal razão para o despovoamento foram doenças como a varíola, que avançaram muito trazidas involuntariamente pelos europeus. O genocídio persiste na era moderna com a contínua destruição de povos indígenas da região amazônica.

No Brasil, o genocídio foi reconhecido como crime a partir da Lei no. 2.889 de 1956. O caso mais famoso, em termos de repercussão internacional, de um genocídio julgado no Brasil diz respeito ao chamado “massacre de Haximu”, perpetuado por garimpeiros contra a população indígena Yanomami.

O massacre do Carandiru aconteceu em 2 de outubro de 1992 e se deu após uma ação policial para conter uma rebelião de detentos na penitenciária. Ouça o texto abaixo em aúdio!