Quantos indígenas foram mortos na ditadura?

Perguntado por: arosa . Última atualização: 29 de abril de 2023
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O relatório da Comissão Nacional da Verdade, finalizado em 2014, indica que, apenas na investigação de dez povos, foram estimadas mais de 8 mil mortes decorrentes do governo militar. No caso do povo yanomami, segundo a comissão, não há um número oficial de mortos, mas se estima que chegue aos milhares.

Povos indígenas no Brasil em 1500
Em 1650, esse número caiu para cerca de 700.000 indígenas, chegando a 70.000 em 1957. De acordo com Darcy Ribeiro, um antropólogo brasileiro conhecido por estudar os índios, cerca de 80 povos indígenas desapareceram no Brasil no século XX.

Doenças como varíola, sarampo, febre amarela ou mesmo a gripe estão entre as razões para o declínio das populações indígenas no território nacional, passando de 3 milhões de índios em 1500, segundo estimativa da Funai (Fundação Nacional do Índio), para cerca de 750 mil hoje, de acordo com dados do governo.

De fato, segundo as pesquisas da University College London (UCL), a colonização exterminou quase 90% da população em um século, ou seja, cerca de 56 milhões de indígenas.

A Comissão Nacional da Verdade apontou a inclusão de dez etnias indígenas entre as vítimas das violações de direitos humanos no regime militar. Segundo o relatório, de 1964 a 1985, 8.350 indígenas foram mortos em massacres, roubo de terras, remoções forçadas dos territórios, prisões, torturas e maus-tratos.

Os ataques aos povos originários no Brasil estão numa crescente. Apenas durante o terceiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), 176 indígenas foram assassinados no país. O número é praticamente igual ao de 2020, quando 182 indígenas perderam a vida de forma violenta.

Os representantes indígenas encaminharam reivindicações de suas comunidades, trataram de processos de demarcação e debateram propostas de interesse comunitário, como projetos de economia indígena, por exemplo.

Apenas em 2023, 42 indígenas morreram na terra ianomami, segundo o Ministério da Saúde. Outros seis óbitos estão sob investigação.

As mais de 300.000 mortes por coronavírus no Brasil são "o maior genocídio" na história do país, denunciou ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, na qual afirmou que o atual presidente, Jair Bolsonaro, deveria "pedir perdão".

Adolf Hitler

Esta guerra foi o maior e mais destrutivo conflito da história da humanidade. Adolf Hitler e o regime nazistas buscavam criar um novo e vasto império no leste europeu, através da eliminação das populações lá existentes, criando ...

Ele esperava “declarar Jesus” para a tribo indígena sentinelesa que habita a região e é a mais isolada do mundo, além de ser considerada muito violenta pelas autoridades locais.

O genocídio dos povos indígenas no Brasil existe desde os tempos da colonização portuguesa, com a implementação do cultivo da cana-de-açúcar na costa brasileira. Esse processo consistiu no extermínio das populações indígenas, tanto pelos conflitos violentos, quanto pelas doenças trazidas pelos europeus.

Estudo do Cimi revela que 25,6 mil índios morreram em 2010 por causa da precariedade do sistema de saúde. BRASÍLIA – A precariedade do sistema público de saúde e a omissão do Estado culminaram na morte de 25,6 mil indígenas em 2010.

Extermínio dos povos indígenas
No primeiro século de contato, 90% dos indígenas foram exterminados, principalmente por meio de doenças trazidas pelos colonizadores, como a gripe, o sarampo e a varíola.

Desnutrição matou 419 crianças indígenas desde 2008.

A atuação dos jesuítas contra a escravização dos indígenas criou diversos conflitos com colonos interessados nessa atividade. A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a escravização indígena resultou em leis que determinaram a proibição da escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609.