Quantos argentinos estão passando fome?

Perguntado por: ubonfim . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Os níveis de pobreza foram superiores a 36% no primeiro semestre de 2022 e a pobreza extrema subiu para 8,8%, cerca de 2,6 milhões de pessoas.

Aproximadamente 39,2% dos argentinos — em torno de 18 milhões — viviam em situação de pobreza no segundo semestre do ano passado, acima do nível dos seis meses anteriores, de 36,5%, segundo dados oficiais divulgados nessa quinta-feira (30).

AUMENTO DA POBREZA
Passaram de 8,2% no 2º semestre de 2021 para 8,8% no 1º semestre do ano passado. Os dados mais recentes do Indec mostram ainda que 36,5% das pessoas recebem até US$ 5,50 por dia no país. A pobreza e a extrema pobreza dos argentinos estão maiores que em 2019, antes da pandemia de covid-19.

Se o seu foco é economizar, é possível almoçar com com AR$1.600, o que são cerca de R$46 pelo câmbio atual. Por outro lado, para aproveitar o melhor da gastronomia argentina, custará aproximadamente AR$6.000, cerca de R$172 a refeição (jan/2023).

Para os argentinos é quase como uma tradição fiel e muito amarga: o país vive atualmente uma nova crise em sua economia que, somada à dura situação política dentro da coalizão que governa desde 2019, está abalando a sociedade e aumentando as tensões.

Mais de 23 milhões de cidadãos, que somam 10,8% da população, se encontravam abaixo da linha de pobreza em fins de 2021. Outros 12,5 milhões, representando 5,9% dos brasileiros, viviam em situação de extrema pobreza. É um salto em relação a 2020, quando houve recuo expressivo no contingente de pobres e muito pobres.

Em 2021, pelos critérios do Banco Mundial, 62,5 milhões de pessoas (29,4% da população do Brasil) estavam na pobreza e, entre elas, 17,9 milhões (8,4% da população) eram extremamente pobres.

O empréstimo de US$ 45 bilhões outorgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) violou regras e normas tanto do governo do país como do próprio Fundo e consiste, hoje, no principal fator condicionante das políticas econômicas da Argentina.

De acordo com dados oficiais divulgados no ano passado, 2.962 argentinos viviam na rua, em todo o país, naquela ocasião. Deste total, 60% estavam na capital.

Analistas concordam que a principal questão da Argentina é política, e não econômica. A briga entre o presidente Alberto Fernández e sua poderosa vice-presidente Cristina Kirchner criou um vácuo de liderança. Fernandez e Cristina Kirchner, que foi presidente de 2007 a 2015, discordam sobre a estratégia econômica.

Atualmente, mais de 11 milhões de argentinos vivem abaixo da linha da pobreza, mostram os números do segundo semestre de 2022 do Indec.

Na cidade argentina de Concordia, mais da metade da população vive na miséria.

O valor varia entre R$ 21 e R$ 130 em um estabelecimento da capital argentina, com preço médio de R$ 84. Enquanto isso, no Brasil, o preço varia entre R$ 109 e R$ 165, com o preço médio de R$ 138, de acordo com o Poder 360.

Na cidade argentina, o valor do litro do combustível varia entre 92,50 e 95,20 pesos, dependendo do tipo, o que equivale a aproximadamente R$ 3,15 a R$ 3,60.

135 Pesos

Quanto custa uma Coca-Cola na Argentina? Um refrigerante de cerca de 330 ml vale 135 Pesos Argentinos ou R$ 5,50 (em média e de acordo com a cotação do dia).

A cada dia aumenta a percepção no mercado de que a Argentina talvez não tenha condições de cumprir suas obrigações, tanto internas como externas. Caso isto efetivamente ocorra, isto levará ao não pagamento de juros ou principal da dívida, ou seja, ao default.

O PIB do país subiu 0,9% no 1º trimestre de 2022 em comparação com o último de 2021. Desacelerou em relação aos últimos 2 resultados. Os próximos deverão ser impactados pela piora das condições financeiras globais. A taxa de desemprego do país é de 7%.

Os problemas econômicos no governo de Raúl Alfonsín. Raul Alfonsín assumiu a presidência e já no ano seguinte, 1984, a inflação chegou a 700%. Em 1985, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e outras instituições de crédito bloquearam os novos créditos para o país. Era a falência argentina.