Quantos anos vive uma pessoa que teve AVC isquêmico?

Perguntado por: udrumond . Última atualização: 25 de maio de 2023
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RIO — Um estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica Stroke descobriu que quase dois terços dos pacientes que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico – tipo mais comum – não sobrevivem mais de uma década após o evento.

O AVC isquêmico ocorre em cerca de 85% das vezes. É responsável por uma mortalidade de 8 a 12% em 30 dias após seu início e dos sobreviventes cerca de 66% precisarão de ajuda para realizar suas atividades de vida diária ou serão institucionalizados devido a suas sequelas.

Isquemia cerebral tem cura? Sim, muitos casos de isquemia cerebral têm cura. Para tanto, é preciso realizar um tratamento que desfaça o trombo, êmbolo ou ateroma, liberando a passagem do sangue para todas as áreas do cérebro.

As principais sequelas causadas pelo AVC são: Fraqueza ou dificuldade com os movimentos (controle motor): Perda da capacidade de sentir o tato, dor, temperatura ou a noção de posição do corpo; Perda de força nos membros, que geralmente afeta um lado do corpo.

Quando não mata, o AVCI deixa sequelas que podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes. As mais frequentes são paralisias em partes do corpo e problemas de visão, memória e fala. A falta do sangue, que carrega oxigênio e nutrientes, pode levar à morte neuronal em poucas horas.

O AVC isquêmico, conhecido popularmente por derrame ou isquemia cerebral, é uma condição de saúde perigosa que ocorre quando há um bloqueio em uma das artérias que fornecem sangue ao cérebro. Isso pode reduzir o fluxo sanguíneo e o oxigênio levado ao mesmo, causando danos ou morte das células cerebrais.

No AVC isquêmico, algumas partes do cérebro morrem e param de funcionar porque deixaram de receber o suprimento de sangue necessário para seu bom funcionamento, devido ao entupimento de veias e artérias cerebrais. O AVC isquêmico pode levar o paciente ao óbito ou deixar sequelas graves, caso ele consiga se recuperar.

A Associação Americana de AVC mostra um número preocupante: 1 a cada 4 sobreviventes de AVC ou infarto relacionados a coágulos, terá outro.

O tratamento do AVC isquêmico, utilizado em todo o mundo há vários anos, pode ser feito com medicamento trombolítico administrado na veia do paciente. A função do medicamento é dissolver o coágulo sanguíneo que está entupindo a artéria cerebral e causando a isquemia.

Como prevenir um AVC?

  1. Controle da Hipertensão Arterial;
  2. Tratamento do Diabetes;
  3. Redução nos níveis de Colesterol;
  4. Redução de peso;
  5. Prática regular de exercícios físicos;
  6. Não fumar ou parar de fumar;
  7. Tratamento da Síndrome da Apneia do Sono;

Hipersonia ou sonolência excessiva diurna podem acompanhar AVCs nas áreas subcortical e ponto-mesencefálico. Um estudo mostrou maior necessidade de sono em quase metade dos pacientes avaliados entre 21 e 18 meses pós-incidente. Os sintomas podem melhorar ou persistir depois de alguns meses.

Todo AVC deixa sequelas? Não, nem todo AVC deixa sequela. A evolução do AVC é muito individual; tem pacientes que não apesentam sequelas e tem pacientes que apresentam sequelas de leves a graves. As sequelas também dependem do tamanho e da área cerebral afetada.

Na maioria das pessoas o hemisfério dominante é o lado esquerdo. Dessa forma, o AVC que acomete o lado esquerdo do cérebro, além de poder causar fraqueza do lado contra-lateral, isto é do lado direito, também podem causar alteração da linguagem.

Conheça alguns sintomas podem ajudar a detectar o AVC logo no começo: Alteração da força muscular ou formigamento, principalmente dos braços, pernas ou de um lado do corpo. Assimetria facial. Dificuldade na fala.