Quanto vale um escravo antigamente?

Perguntado por: rmuniz . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Um escravo de origem africana, do sexo masculino, com essas mesmas características etárias, era orçado em 110$000 réis e do sexo feminino em 85$000 réis. No conjunto da capitania, naquele ano, um escravo valia, em média, 82$000 se fosse homem e 67$000 se fosse mulher (BERGAD, 2004, p. 357).

“Que não restem dúvidas: a alforria custava caro. Para se ter uma ideia, entre 1860 e 1865 o preço médio pago por um escravo para ficar livre variou entre 1:350.000 réis e 1:400.000 réis, mas chegou a mais de 1:550.000 réis em 1862.

Geralmente, os preços dos escravos eram altos. O valor variava de acordo com as condições físicas e de saúde de cada um, idade e sexo. Quando os escravos eram comprados no mercado, eles acompanhavam seus donos até a localidade que iriam trabalhar (nos engenhos, nas minas, nas casas).

No livro do Êxodo, estava previsto o preço de um escravo: 30 moedas.

Em 1700, um negro adulto (de 14 a 45 anos) custava cerca de 100 mil-réis. Mas o valor variou conforme a demanda nos vários setores, em especial açúcar, algodão e café.

O valor de um escravo era trinta siclos de prata (Ez 21,32): “Escombros e mais escombros!

Após a proibição do tráfico em 1850, o preço médio dos escravos saltou de cerca de 630$000 para 1350$000 em 1854. A partir deste ano, a taxa de aumento do preço é mais baixa e mais ou menos estável até 1877, onde encontramos o ponto mais alto da série.

Em geral, no final do século 19, o preço da liberdade variava de 200 mil réis a 2 contos de réis (equivalente a 2 milhões de réis). "A maior parte das pessoas não deve ter conseguido juntar o suficiente. Depois que o tráfico foi proibido, o preço do escravo subiu ainda mais", explica Grinberg.

O lucro econômico foi para os senhores da guerra africanos. Os perdedores na guerra sempre foram escravizados. Os demandantes também são culpados, é claro, ao encorajar os senhores da guerra a fazê-lo. Mas os senhores da guerra, não os europeus, obtiveram o lucro econômico”.

Entre 1856 e 1862, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1 escravo. Em 1860, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1kg de Ouro.

O tráfico negreiro foi extremamente lucrativo para a Coroa, pois os escravos eram uma das “mercadorias” mais caras que a metrópole vendia para as colônias. Assim, os traficantes portugueses enriqueciam e o lucro permanecia em Portugal.

Os portugueses compravam os escravos em suas feitorias instaladas no litoral da África. Os escravos eram obtidos como prisioneiros de guerra vendidos por determinados reinos ou eram prisioneiros emboscados pelos traficantes.

As primeiras pessoas a serem escravizadas na colônia foram os indígenas. Posteriormente, negros africanos seriam capturados em possessões portuguesas como Angola e Moçambique, e regiões como o Reino do Daomé, e trazidos à força ao Brasil para serem escravizados.

José foi vendido como escravo pelos próprios irmãos e comprado por Potifar, que era capitão da guarda do Faraó. José, mesmo na servidão, transformou todas as experiências e situações pelas quais passou em algo bom, por mais difíceis que fossem.

Em Israel, o escravo vivia no seio da família, participava da vida do grupo, conquanto em posição social inferior. Segundo o Gênesis (17:12-13), era obrigatória a circuncisão, sinal do pacto de Abraão com Deus, de todo escravo, mesmo o estrangeiro.

A imagem das trinta moedas de prata tem sido usada frequentemente em obras de arte que descrevem a Paixão de Cristo. A frase é usada na literatura e no senso comum para se referir às pessoas que "se vendem", comprometendo uma confiança, amizade ou lealdade para ganhos pessoais.

No que se refere à mortalidade geral de escravos, com base na média de idade de falecimento obtida por meio dos registros de óbitos, concluímos que a expectativa de vida de um escravo, na Freguesia de Lamim, era de 25 anos, um pouco maior que a encontrada por Schwartz, que girava em torno de 19 anos.

Com isso, enquanto um escravo africano custava 20 mil réis, o índio valia 7 mil, entre 1572 e 1574. Crianças também eram vendidas.

O regime de escravidão no Brasil impunha ao africano (e ao indígena também) um regime de trabalho exaustivo e desumano. Além disso, os escravos eram mantidos em condições precárias, muitas vezes mal alimentados e vítimas dos mais variados tipos de violência.

Dividindo por 30 obteríamos 19 reais, que seria o equivalente de 1 siclo. Outro cálculo que você pode fazer é ver qual é o salário de um dia de trabalho de uma pessoa. De fato, é comum dizer que 1 siclo, naquela época, correspondia ao salário diário de um trabalhador.

Hoje em dia, cada grama de prata vale cerca de R$ 3,00. Então, as 30 moedas valeriam entre 990 reais, que é uma mixaria pela vida de alguém. É preciso lembrar, contudo, que os valores mudaram muito desde então.