Quanto tempo leva para o efeito do antidepressivo sair do organismo?

Perguntado por: avasconcelos . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Essa descontinuação deve ser feita lentamente, por conta da farmacologia dessas medicações, já que essas são drogas que têm uma meia-vida muito curta, ou seja, elas permanecem no organismo por um tempo inferior a 24 horas.

Os medicamentos tarja preta, como ansiolíticos e antidepressivos, após interrupção brusca, podem causar crises de choro, irritabilidade e abstinência, por exemplo.

“As últimas diretrizes sugerem que você deve levar algumas semanas para parar de usar os antidepressivos”, disse ele. “Se você está tendo sintomas de abstinência e está achando difícil, podem ser necessários meses para abandoná-los”.

Com o tratamento adequado um paciente que toma antidepressivos, por exemplo, pode deixar de tomá-lo. Mas é preciso salientar: não interrompa o seu tratamento de uma hora para outra! Se for preciso, o seu psiquiatra vai te dar todas as orientações para descontinuar o uso.

No quesito eficácia, os que alcançaram melhores performances foram a amitriptilina, mirta- zapina, duloxetina, venlafaxine e paroxetina. Na outra ponta, os menos efetivos foram fluoxetina, citalopram, trazodona, clomipramina, desvenlafa- xina e reboxetina (veja mais no quadro ao lado).

As principais classes de antidepressivos são: SNRI (Inibidor de recaptação de serotonina e noradrenalina) SNDRIs (inibidores de tripla recaptação) SSRI (Inibidor seletivo de recaptação de serotonina)

Por outro lado, como a depressão é uma doença crônica, o tratamento farmacológico é, muitas vezes, mantido por toda a vida. “Na maioria dos casos, o uso dos antidepressivos será necessário durante a vida toda, assim como se dá com o diabetes, a hipertensão ou qualquer outra doença crônica.

Quanto tempo se tem de tomar um antidepressivo? Tal decisão compete ao médico. Em geral, a terapêutica de uma depressão justifica vários meses de tratamento (± 6 meses). Há doentes que terão de tomar a medicação por um período prolongado ou mesmo indeterminado para evitar as crises depressivas.

Antidepressivos são vilões da saúde. De acordo com um estudo da McMaster University, os benefícios destes medicamentos não compensam seus possíveis riscos, que incluem até mesmo a morte prematura em pacientes idosos.

Em termos gerais, o efeito rebote (reação paradoxal) é o resultado das tentativas automáticas do organismo para retornar ao estado basal (homeostase), alterado pelos efeitos primários das drogas.

Os antidepressivos, sejam eles os serotonérgicos (que atuam sobre a serotonina), ou os de duplo-mecanismo de ação (que atuam tanto sobre a serotonina quanto sobre a noradrenalina) não causam dependência. Esse é um mito e há trabalhos científicos relevantes que comprovam isso.

Já os antidepressivos com baixa probabilidade de causarem efeitos colaterais sexuais são:

  • Bupropiona.
  • Mirtazapina.
  • Trazodona.
  • Vortioxetina.
  • Selegilina transdérmica (no formato de adesivo)

Isso ocorre porque faz parte do mecanismo de ação desses antidepressivos ocasionar algumas alterações iniciais que podem gerar esse desconforto logo nos primeiros dias. É como se o corpo passasse por uma adaptação ao medicamento durante um certo tempo.

Sim, estudos sugerem que 50% dos pacientes que se curam de uma depressão podem ter uma recaída. Quem já teve o episódio duas vezes tem 70% de chance de voltar a ter sintomas, por isso muitos tratamentos de depressão costumam ser de longa duração.

Para o especialista, o álcool é o grande vilão quando o assunto é dependência, mas outras drogas estão afetando dramaticamente a população.

Medicamentos mais usados no tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG):

  • Alprazolam (Frontal);
  • Diazepam (Valium);
  • Lorazepam (Lorax);
  • Clonazepam (Rivotril).

Primeiro de tudo, é muito importante entender que as recaídas são normais e fazem parte do processo de recuperação do dependente químico. A recaída se define como qualquer retorno ao comportamento vicioso ou ao estilo de vida anterior, depois de um período inicial de abstinência e de mudanças no estilo de vida.

Os antidepressivos com foco em serotonina, tendem a agir de forma ativa no humor e na percepção do mundo; em dopamina, costumam ser melhores para concentração e prazer; em noradrenalina, promovem melhor sensação de energia e disposição.

Os medicamentos mais eficazes contra depressão, de acordo com o estudo, são: agomelatina, amitriptilina, escitalopram, mirtazapina e paroxetina. Já os menos eficazes são: fluoxetina, fluvoxamina, reboxetina e trazodona.

Antidepressivos mais modernos

  • Inibidores de recaptação de noradrenalina-dopamina (por exemplo, a bupropiona)
  • Moduladores de serotonina (como mirtazapina e trazodona)
  • Inibidores de recaptação de serotonina-noradrenalina (como venlafaxina e duloxetina)