Quanto tempo durou o escambo?

Perguntado por: amarinho . Última atualização: 29 de abril de 2023
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O escambo (troca de mercadorias) surgiu há cerca de 10 mil anos, durante o período Neolítico, e foi utilizado por milhares de anos, em todo o mundo. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, trocavam mercadorias com os índios.

De acordo com historiadores e arqueólogos, a prática de escambo surgiu na Pré-História, durante o período Neolítico (a cerca de 10 mil anos). Foi o surgimento da agricultura e da criação de gado, que favoreceu a troca de trabalho por produtos neste período.

Como foi o Escambo no Brasil? No Brasil, logo após a chegada dos portugueses, utilizou-se o escambo na terra tupiniquim. Na época os índios trocavam pau-brasil por utensílios domésticos. Ou seja, cortavam e transportavam a madeira e em troca recebiam utensílios como espelhos, facões, perfumes ou aguardente.

O fato do escambo ser a forma de negociação predominante na Antiguidade não significa que não existia moeda circulante. Acontece que muitas pessoas não tinham acesso à moeda por viverem em locais afastados ou por não terem boas condições materiais. Dessa forma, o escambo se dava como uma forma de realizar comércio.

Foi um tipo de transação comercial em que um negócio era fechado sem o envolvimento de moeda. Nele, mercadorias ou serviços poderiam ser trocados entre as partes. Precedeu a monetarização das economias. No Brasil, o caso mais simbólico foi o realizado entre portugueses e índios durante a exploração do pau-brasil.

Estima-se que dos 2,5 milhões de povos indígenas que viviam na região que hoje compreende o Brasil, menos de 10% sobreviveram até os anos 1600. A principal razão para o despovoamento foram doenças como a varíola, que avançaram muito além do movimento dos colonos europeus.

jiaozi

Foi durante a dinastia Song, por volta do ano 1.000 da nossa era, na província chinesa de Sichuan, que o império emitiu oficialmente o primeiro papel-moeda do mundo, o jiaozi, feito a partir da casca da amoreira.

Outro problema do escambo é a possibilidade sempre existente de um grande desequilíbrio na operação das trocas.

2º estágio da moeda: Mercadoria
Após o estágio escambo, as pessoas começaram a utilizar suas mercadorias como forma de troca. Diferente do que ocorria antes, nessa época eles trocavam no pelo que ambos precisavam, mas considerando o valor e raridade da mercadoria.

Assim, na transição do escambo para a moeda, foi criada a moeda-mercadoria ou moeda-commodity. Com as operações de trocas, os agentes do mercado perceberam quais eram os itens mais desejados — e eles se tornaram mais utilizados como pagamento. O sal estava entre os principais produtos buscados e valorizados no escambo.

A forma primitiva de comércio se dava pelo escambo e com o tempo houve uma evolução, durante o período colonial se intensificaram as relações comerciais de tal forma que houve a necessidade de se obter uma matéria “prima” de troca universal, foi então que se deu a comercialização mais intensa com a moeda.

Escambo é uma atividade de troca que era utilizada quando ainda não havia sistema monetário. Essa troca, conhecida também como permuta ou troca direta, envolvia apenas coisas, serviços ou ambos. Muito comum entre a comunidade indígena, durante a colonização do Brasil o escambo foi utilizado na extração do pau-brasil.

As primeiras moedas, tal como conhecemos hoje, peças representando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII A. C.. As características que se desejava ressaltar eram transportadas para as peças através da pancada de um objeto pesado (martelo), em primitivos cunhos.

Desde a independência, em 1822, o Brasil já teve nove trocas de padrão monetário e sete moedas! Mas, qual o motivo para tantas trocas? Dos réis ao real, o motivo era um só: a inflação. Se o Brasil tivesse mantido a mesma moeda, hoje seriam necessários milhões de cruzeiros para comprar um pão, por exemplo.

O sistema adotado foi o do Escambo. Os portugueses ofereciam produtos para os índios, os quais trocavam pelo Pau-Brasil, produto abundante em suas terras. Sobre esse aspecto, surge uma antiga história: os portugueses foram desonestos, davam espelhinhos e bugigangas para os índios em troca de um item de valor.

O primeiro contato com os índios brasileiros foi o escambo. Os portugueses ofereciam objetos como espelhos, cordas, apitos e facas em troca de trabalho.

Assim, o escambo é feito, pois houve troca de mercadorias, uma espécie de compra e venda, mas sem utilizar qualquer espécie de moedas ou algo semelhante à elas. Dessa forma, as vantagens do escambo estão exatamente na possibilidade de se obter produtos que não possuem por produtos novos.