Quanto tempo durou manicômio de Barbacena?

Perguntado por: amatos6 . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Cerca de 60.000 internos morreram de fome, frio ou diarreia durante nove décadas até o fechamento nos anos noventa. Viviam mal, nus, forçados a trabalhar como suposta terapia em pátios na intempérie ou em celas.

Entre os anos de 1930 e 1980, foram contabilizadas 60 mil mortes no hospício. As pessoas que eram enviadas para o hospital, a maioria à força, nem precisavam ser diagnosticadas com algum transtorno mental.

Os tratamentos funcionavam à base de tortura: utilizavam cadeiras elétricas, solitárias e camisas de força. Os pacientes eram submetidos a situações precárias, como fome e sede. Em alguns casos, chegavam a beber a própria urina. Nos pátios, viviam nus e em meio a ratos e baratas, além de urinarem e defecarem no chão.

Hoje, o local abriga o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena e conta com 171 pacientes em regime de internação de longa permanência. Mesmo com o fim do manicômio, eles continuaram internados porque não tinham vínculo familiar nem para onde ir.

A denúncia de Franco Basaglia
Após 18 anos da matéria da revista “O Cruzeiro”, o jornalista Hiram Firmino fez uma série de reportagens publicadas em 1979 no jornal “Estado de Minas” denominadas “Os porões da loucura”, que denunciavam as condições do hospital.

Holocausto Brasileiro é o título escolhido por Daniela para registrar este período que, tal qual a Shoah, é um crime contra a humanidade e que nunca deve ser esquecido.

A média de mortes era de 16 pacientes por dia. No total, 60 mil pessoas perderam a vida nas instalações do Hospital Colônia de Barbacena. A partir de 1930, onde se instalou o período de maior lotação da Colônia, cerca de 16 pessoas chegavam a morrer por dia em virtude de fome, espancamentos, doenças e estupros.

Para tanto, analisarei as fotografias do episódio de genocídio de pacientes psiquiátricos que ocorreu durante cinco décadas dentro do Hospital Colônia, o Manicômio de Barbacena-Minas Gerais, que dizimou 60 mil pessoas.

O maior do Brasil foi o Colônia, que começou a funcionar em 1903, em Barbacena, Minas Gerais.

Seus cadáveres, então, eram vendidos para faculdades de medicina. Foram 1 853 corpos, descritos como “peças” nos prontuários da instituição e comercializados entre 1969 e 1980. O restante era enterrado em valas comuns no cemitério, hoje desativado, anexo ao manicômio. “Infelizmente, o Hospital Colônia não era exceção.

O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população.

Juquery

Juquery, o maior hospital psiquiátrico do Brasil.

No início eram mantidos em delegacias ou nas ruas para garantir o bem-estar da sociedade. Porém, quando a ferrovia ficou pronta, em 1930, eles passaram a ser realocados em um dos vagões do trem que rumava para o hospital de Barbacena, mais conhecido como "Campo de concentração brasileiro". Era este o "trem de doido".

Descrição: Em 1903 é criado o primeiro hospital psiquiátrico de Minas como Assistência aos Alienados do Estado de Minas Gerais, onde antes funcionava um Sanatório particular para tratamento de tuberculose, o qual havia falido e estava desativado Instalado então, nas dependências do antigo Sanatório de Barbacena, o “ ...

Primeiro hospital psiquiátrico público de Minas Gerais, atuava na assistência aos "alienados”, em área anteriormente ocupada por sanatório particular destinado ao tratamento de casos de tuberculose. Em 1911, a instituição se tornou "hospital colônia", tendo o trabalho como principal forma de terapia.

Em geral, além de doentes mentais, o Manicômio de Barbacena tinha como alvo indivíduos que desviavam dos padrões desejados pela sociedade elitista brasileira, como prisioneiros políticos, homossexuais, indigentes, prostitutas, pobres e minorias étnicas, sendo que praticamente 70% dos pacientes não apresentavam ...

Criado pelo governo estadual, em 1903, para oferecer “assistência aos alienados de Minas”, até entã atendidos nos porões da Santa Casa, o Hospital Colônia tinha, inicialmente, capacidade para 200 leitos, mas atingiu a marca de cinco mil pacientes em 1961, tornando-se endereço de um massacre.

Você já ouviu falar sobre o holocausto brasileiro? Ele aconteceu aqui em Minas Gerais, precisamente na cidade de Barbacena, entre os anos de 1930 e 1980.

Barbacena é conhecida em todo o Brasil e também no exterior como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção local desta flor. No Brasil, o município também é conhecido como a "Cidade dos Loucos", pelo grande número de hospitais psiquiátricos instalados no local.

O nome de Barbacena significa, 'Cabana de Bárbaros' e é originário de uma aldeia de bárbaros localizada na atual região de Elvas, cidade portuguesa do Alentejo, que até hoje mantém um pequeno distrito com o mesmo nome.