Quanto tempo dura a pré-eclâmpsia?

Perguntado por: ogentil . Última atualização: 7 de maio de 2023
4.8 / 5 4 votos

Se a colo do útero for desfavorável e o parto vaginal imediato for improvável, pode-se considerar a cesariana. Em casos de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, se estas não se resolverem antes do parto, geralmente desaparecem rapidamente a seguir, em 6 a 12 horas.

SINTOMAS DA PRÉ-ECLÂMPSIA:
inchaço, principalmente na face e mãos, que pode surgir antes da hipertensão arterial; aumento exagerado do peso (mais de 1Kg/semana, especialmente no terceiro trimestre);

Quando acontece, a eclâmpsia ocorre no finalzinho da gravidez ou logo depois do parto. Uma outra complicação é a síndrome de Hellp, que provoca problemas sanguíneos e dificulta a coagulação do sangue. Gestações com mais de 34 semanas normalmente são interrompidas.

O período mais delicado da gestação corresponde da primeira à 12º semana de gestação, justamente o primeiro trimestre sobre o qual falamos neste artigo. Isso porque é nessa fase que ocorre a formação dos órgãos do feto. Ou seja, é quando há maior risco de ocorrerem doenças ligadas a alterações genéticas.

A eclâmpsia é uma complicação da pré-eclâmpsia, quando a pressão arterial está acima de 140/90 mmHg após a 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto. Outras causas, como excesso de proteína na urina ou insuficiência hepática contribuem para o diagnóstico de pré-eclâmpsia.

A pré-eclâmpsia grave é um dos principais motivos para o parto prematuro. Muitas vezes, o bebê precisa nascer antes da mulher entrar em trabalho de parto. Muitos médicos preferem fazer uma cesárea nas mulheres com pré-eclâmpsia grave, mesmo quando o bebê está bem.

Causas. A causa exata da pré-eclampsia não é ainda conhecida, contudo, pensa-se que poderá estar associada à presença de alterações na placenta (o órgão que liga o organismo da mãe ao do bebé).

A boa notícia é que existe um exame capaz de avaliar o risco de a paciente desenvolver a doença. O teste de biomarcadores para pré-eclâmpsia é indicado a partir da 20ª semana de gestação, aproximadamente o sétimo mês, mesma época em que a doença costuma se manifestar.

A dor de cabeça pode ser um dos primeiros sinais da complicação gestacional, além de sintomas como visão embaçada. Nesses casos, a dor costuma ser pulsátil e progressiva, piorando com esforço físico e difícil de ser aliviada com remédios.

Não existe um tratamento eficaz para a pré-eclâmpsia. Tratamos a pressão alta com anti-hipertensivos. A única forma de curar a doença é realizando o parto.

Tratamento e prevenção
A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático da gestação. Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal.

Sequelas. As mulheres que tiverem complicações com a pré-eclâmpsia podem desenvolver, a curto prazo, síndrome de HELLP, eclâmpsia e descolamento da placenta. Já a longo prazo, a paciente tem maior risco de ataque cardíaco, AVC, doença cardiovascular, doença renal e pressão alta.

Porém, podem ser sinais de alerta. Se for volumoso ou persistente, se apresenta coágulos, se está associado à dor abdominal ou pélvica, ou a contrações uterinas frequentes e intensas, ou se isto acontece em mulheres que já tiveram um aborto espontâneo, a gestante deve procurar imediatamente o seu médico.

É melhor a gestante dormir sobre o lado esquerdo do corpo
Verdade. Quando a gestante se deita em cima do lado direito, pode haver uma compressão na veia cava, causando mal-estar e elevação da pressão arterial. Como isso não acontece ao se deitar dobre o lado esquerdo, essa é a melhor opção durante a gravidez.

Somente o médico pode dizer se você deve ou não tomar um suplemento de ácido fólico e em qual quantidade. No mínimo, geralmente recomenda-se a ingestão de 0,4 mg de ácido fólico, podendo ser tomado até a dosagem de 5 mg diário. Em alguns casos, o seu médico poderá recomendar uma ingestão maior de ácido fólico.

É perigoso dormir com pressão alta? – Sim, em razão do risco aumentado de desenvolver insuficiência cardíaca e doenças cardiovasculares. As pessoas que apresentam pressão controlada durante o dia também estão sujeitas a isso, tendo em vista que elas podem ter hipertensão noturna.

“Se a mulher tiver hipertensão com pressão acima de 140/90 durante o pré-natal, isso precisa ser valorizado e é fundamental investigar pré-eclâmpsia.

Pode ser via parto normal se a mãe estiver com dilatação total ou, se ela estiver no início do trabalho de parto, a indicação é a cesárea”, explica.

“A pressão alta da gestante pode causar danos à saúde do bebê porque aumenta o risco de descolamento precoce da placenta, e o crescimento do bebê em formação pode ficar restrito pela insuficiência placentária”, alerta a Dra. Camilla Gatto, obstetra da Maternidade Brasília.

Enfim, a ultrassonografia obstétrica com Dopplervelocimetria das artérias uterinas é um método não invasivo, confiável, indolor e de fácil aplicabilidade que deve ser realizada durante o período da ultrassonografia morfológica do 1° trimestre (11 semanas a 3 semanas e 6 dias de gestação).