Quanto tempo de vida tem uma pessoa com insuficiência renal crônica?

Perguntado por: rcarvalho . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
4.2 / 5 3 votos

A sobrevida média, segundo a literatura, é de 10 anos, mas sabemos que isso depende de muitos fatores, como serviço, atendimento, horas de diálise, etc.

Quando o rim entra em fase terminal, os sintomas que surgem são fadiga, náuseas e vômitos, perda do apetite, emagrecimento, falta de ar, hálito forte (com cheiro de urina) e edemas generalizados.

O doente renal crônico sofre alterações da vida diária em virtude da necessidade de realizar o tratamento, necessitando do suporte formal de atenção à saúde, isto é, vive dependente da equipe de saúde, da máquina e do suporte informal para ter o cuidado necessário(13-14).

Os óbitos pela IRC apresentaram como causas associadas às doenças respiratórias, pneumonia e edema pulmonar, às septicemias e aos sinais e sintomas mal definidos. Quando analisada a IRC como causa associada, as principais causas básicas do óbito foram as doenças hipertensivas e o diabetes.

Insuficiência renal crônica terminal: perda da função renal maior do que 85 a 90%, que leva ao aumento de toxinas e água no organismo mais do que ele consegue suportar, sendo necessário, então, iniciar um tratamento que substitua a função dos rins.

A doença renal crônica tem 5 estágios, que são definidos pelo volume de sangue que o rim é capaz de filtrar. Um rim normal filtra de 90 a 125 ml de sangue por minuto. Essa é a chamada taxa de filtração glomerular normal, avaliada pelo nível de creatinina no sangue.

Estágio 5. Esse é o último estágio da doença renal crônica, por isso é chamado terminal. Apesar do nome que nos remete ao óbito, é possível ter uma vida normal com cuidados, tratamento e acompanhamento médico.

A doença renal crónica não os impede de viajar pelo mundo, de trabalhar, fazer uma vida normal, conforme contaram à Lusa no Dia Mundial do Rim, assinalado hoje.

Da mesma forma, a perda da função renal ocasiona o acúmulo de fósforo no organismo, que, por sua vez, causa a calcificação dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de problemas como enfarte.

Quais os riscos de não fazer a hemodiálise? Os pacientes que não realizam a hemodiálise e que comprovadamente necessitam dela correm sério risco de sofrer complicações agudas, como infartos, derrames e morte súbita.

O paciente só irá parar de fazer hemodiálise se for submetido a um transplante renal (Transplante Renal – Conheça mais sobre esse tratamento). Já nos pacientes com insuficiência renal aguda, os rins podem se regenerar na dependência de uma série de fatores.

A insuficiência renal crônica pode fazer com que os níveis de fósforo do organismo fiquem alterados, levando ao seu acúmulo no corpo. Por isso o consumo de alimentos industrializados devem ser evitados, uma vez que são ricos em fósforo e sódio.

Deverá ser feita uma restrição alimentar e de líquidos. O objetivo é reduzir a acumulação de toxinas que são normalmente eliminados pelos rins. Uma dieta rica em carboidratos e pobre em proteínas, sal e potássio é geralmente recomendada.

-Pode ter hipercalemia, que é o aumento do potássio no sangue. E isso pode causar desde fraqueza muscular até morte súbita. O excesso de líquidos pode sobrecarregar o coração, causando insuficiência cardíaca.

A insuficiência renal é reversível quando o problema ainda não se tornou crônico. Assim, em sua fase aguda, a maioria dos pacientes consegue realizar o tratamento e recuperar as funções renais, mantendo uma vida normal a partir daí.