Quantas refinarias O Bolsonaro já vendeu?

Perguntado por: apires . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Das oito refinarias postas à venda pela Petrobras, a Rlam é a única que foi efetivamente negociada e transferida ao seu novo dono, o Fundo Mubadala. O valor do negócio foi fechado em março de 2021: US$ 1,65 bilhão (cerca de R$ 8,83 bi).

Mas aqui focaremos na avaliação da privatização de dois ativos especificamente: RLAM e REMAN, as duas refinarias privatizadas em 2021 e 2022.

refinaria de Mataripe

O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, defendeu nesta quinta (18) a recompra de ativos da Petrobras pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre eles a refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021 por R$ 10,1 bilhões.

Em acordo firmado em 2019 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a petroleira se comprometeu a vender a refinaria. A construção das refinarias Premium 1 e 2, no Maranhão e no Ceará, foi cancelada pela Petrobras, que em 2015 reconheceu que os projetos tinham gerado perdas de R$ 2,7 bilhões.

O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) executou as maiores privatizações da história do Brasil. Durante este período, cerca de 78,6 bilhões de reais foram aos cofres públicos provenientes de privatizações. A venda de empresas estatais foi uma resposta do governo para impedir o agravamento da dívida pública.

A Petrobras concluiu a venda de 49% da subsidiária Gaspetro à japonesa Mitsui, tendo recebido R$ 1,93 bilhão em pagamento pelo negócio na segunda-feira (28), segundo comunicado.

Entre agosto e novembro de 2021, a companhia se desfez da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde (BA), da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná. Ao todo, oito das doze refinarias foram colocadas à venda.

Apenas entre o primeiro e o segundo ano de Bolsonaro (2019/2020), 2.865 empresas encerraram as atividades enquanto Guedes cortejava seus pares no mercado financeiro.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou na quinta-feira (6), sete empresas do Programa Nacional de Desestatização (PND) e três do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Entre as empresas removidas, estão os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Governo Bolsonaro vendeu 54 ativos da Petrobrás, mais de 62% do total negociado em oito anos. A venda do patrimônio da Petrobrás alcançou a marca de R$ 281 bilhões nos últimos oito anos, com a negociação de 70 ativos.

O governo Bolsonaro privatizou a Rlam em março do ano passado para o grupo Mubadala Capital, fundos dos Emirados Árabes Unidos, por US$ 1,65 bilhão. De acordo com o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a refinaria foi vendida por um preço 55% abaixo do valor de mercado.

Reman foi vendida no final do governo Bolsonaro e superou antiga Rlam, também privatizada, em preços altos.

Antes da Lubnor, 3 refinarias tiveram seus contratos de venda assinados: Rlam (Refinaria Landulpho Alves), na Bahia; Reman (Refinaria Isaac Sabbá), no Amazonas; e a SIX (Unidade de Industrialização de Xisto), no Paraná.

O comprador foi a Mubadala Capital, um fundo de investimentos de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, pelo valor de 1,65 bilhão de reais. A Mataripe foi a primeira refinaria nacional de petróleo.

A postagem no Facebook trata a fala de Lula como uma "confissão" de doação das refinarias. Mas a Petrobras recebeu duas parcelas de US$ 56 milhões para transferir o controle das instalações ao governo boliviano. As refinarias haviam sido adquiridas pelo Brasil em 1999, por US$ 102 milhões.

Antecedentes. O acordo entre Cade e Petrobras foi firmado em 2019 e impôs a venda de oito das 13 refinarias da estatal, o que reduziria a participação da companhia no mercado a cerca de 50%. Hoje ela detém 98% do mercado, segundo o Cade. O plano de desinvestimento deveria ter sido concluído em 2021.

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