Quantas pessoas vivem na miséria hoje?

Perguntado por: imendes . Última atualização: 20 de maio de 2023
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No entanto, o número de pobres no País ainda é elevado, chegando a pouco mais de 70 milhões de indivíduos. A pesquisa mostra ainda que o número de brasileiros vivendo na extrema pobreza também diminuiu, recuando de 20,03 milhões, em 2021, para 13,72 milhões de indivíduos vivendo em condições de miséria, em 2022.

Os dados do IBGE apontam que em 2021, cerca de 62,5 milhões de brasileiros eram considerados pobres. As causas da pobreza no país envolvem fatores históricos, políticos e econômicos, e as regiões com o maior número de pobres no Brasil são Norte e Nordeste.

Tomando por base a linha de paridade do poder de compra a US$ 3,20 por dia – cujo valor é bem próximo da média das cinco linhas analisadas –, a taxa anual de pobreza saltou de 12,9% em 2012 para 15,7% em 2021 no Brasil, após as transferências de renda.

O número geral de pobres subiu de 25,1% para 29,6% entre 2020 e 2021, atingindo 62,9 milhões de brasileiros. "A pobreza alcançou o seu pior nível desde o início da série histórica, em 2012", afirma Neri.

Os nove estados que ainda tiveram taxas de pobreza acima de 50%, mesmo com a redução frente a 2021, foram os seguintes: Maranhão (58,9%), Amazonas (56,7%), Alagoas (56,2%), Paraíba (54,6%), Ceará (53,4%), Pernambuco (53,2%), Acre (52,9%), Bahia (51,6%) e Piauí (50,4%).

A pobreza tem aumentado e continua aumentando, por duas razões: o crescimento demográfico, que tem sido bem maior nas camadas mais pobres que nas camadas mais ricas, e a falta de capacidade de nos ajustarmos as mudanças tecnológicas.

Com o aumento, o país passou a ter 62,5 milhões de pessoas (29,4% da população) abaixo da linha da pobreza, incluindo 17,9 milhões de pessoas na pobreza extrema (8,4%). Em outras palavras, aproximadamente um a cada três brasileiros era pobre em 2021.

Marcas da desigualdade
Entre os brancos, a taxa de pobreza social era de 19,4% em 2021, enquanto o percentual entre os pretos, pardos e indígenas chegou a 38,9%. No Nordeste do país, a taxa de pessoas abaixo da linha da pobreza era de 36,4%.

Atualmente, o Auxílio Brasil tem como linha de pobreza a renda familiar per capita entre R$105,01 a R$210,00 e de extrema pobreza o valor igual ou inferior a R$105,00.

Em todos os cinco municípios mais pobres a renda média da população está abaixo de R$ 40 por mês. Os habitantes de Matões do Norte (MA), cidade que lidera essa lista, recebem R$ 27,17 por mês. Segunda colocada no ranking, Aroeiras do Itaim (PI) tem renda média de 30,48, seguida por Primeira Cruz (MA), com R$ 34,97.

Dados divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2021, o número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza aumentou 22,7% na comparação com 2020. Já o número de pessoas em situação de extrema pobreza saltou 48,2% no mesmo período.

O contingente de brasileiros abaixo da linha de pobreza atingiu o patamar de 29,4% da população — ou 62,5 milhões de pessoas — em 2021, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em pesquisa divulgada nesta sexta-feira (2).

A pesquisa leva em conta fatores como desemprego, inflação, variação do PIB per capita, entre outros. Zimbábue, na África, apareceu em primeiro lugar, enquanto a Venezuela foi a segunda colocada.

O levantamento leva em conta a definição do Banco Mundial do que é pobreza a partir da renda das famílias. São quase 63 milhões de pessoas no Brasil que, no ano passado, viviam em domicílios onde a renda por pessoa não ultrapassava R$ 497 por mês. O valor não dá para comprar uma cesta básica em nenhuma capital do país.

Brasil tem 10,1 milhões passando fome, diz ONU - 12/07/2023 - Cotidiano - Folha.

É importante destacar que são considerados abaixo da linha pobreza aqueles que vivem com menos de R$ 210 por mês, o que os próprios autores do estudo consideram um valor insuficiente para atender as necessidades básicas.

A Bahia lidera a lista, com dez municípios, sendo quatro deles encabeçando o ranking nacional. Jequié, com 88,8 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes aparece em primeiro, seguido de Santo Antônio de Jesus (88,3), Simão Filho (87,4) e Camaçari (82,1).

São Paulo tem o maior PIB do Brasil, representando um terço da economia nacional. Já o estado de Roraima possui o menor PIB do país e representa menos de 0,5% de sua economia. O estado do Pará tem o maior PIB da região Norte.

São José é a terceira cidade mais rica do interior do Brasil. O ranking, com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com variação de 2002 a 2020, é liderado por Campinas (1ª) e Jundiaí (2ª). A informação foi divulgada pelo Instituto em dezembro de 2022.

A pobreza no Brasil é derivada da má distribuição de renda e suas origens remontam ao período colonial. Atualmente o Nordeste concentra os maiores índices de pobreza do país. A falta de acesso a serviços básicos, como saneamento, é um dos fatores definidores de pobreza.