Quantas pessoas tinham escravos no Brasil?

Perguntado por: lcastros . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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No continente americano, o Brasil foi o país que importou mais escravos africanos. Entre os séculos XVI e meados do XIX, vieram cerca de 4 milhões de homens, mulheres e crianças, o equivalente a mais de um terço de todo comércio negreiro.

Lei Aurea, assinada em 13 de maio de 1888, considerou livres aproximadamente 700 mil escravos. Atualmente, negros são 54% da população do país e desigualdades continuam. De acordo com o último censo do IBGE, 54% da população brasileira é composta por negros.

4,8 milhões de africanos foram transportados para o Brasil e vendidos como escravos, ao longo de mais de três séculos. Outros 670 mil morreram no caminho.

Os indígenas foram a principal mão de obra dos portugueses até meados do século XVII, quando, de fato, os escravos africanos começaram a tornar-se a maioria desse tipo de trabalhador no Brasil.

O Brasil é o país que mais traficou escravos entre os séculos 15 e 16, passando dos 5 milhões de pessoas. Também pode-se destacar a Grã-Bretanha, responsável por traficar 3,2 milhões de africanos, e a colônia espanhola no Uruguai, com cerca de 1 milhão de indivíduos escravizados.

Nascido em Sorocaba na primeira metade do século XIX, Roque José Florêncio foi comprado por um fazendeiro de São Carlos (SP) e escolhido para ser "escravo reprodutor" no distrito de Santa Eudóxia. Familiares e um estudo afirmam que ele teve mais de 200 filhos e, segundo a certidão de óbito, morreu com 130 anos.

Os indígenas foram a principal mão de obra escrava dos portugueses até meados do século XVII, quando, então, começaram a ser superados em números pelos escravos africanos.

Francisco Félix de Sousa (Salvador, 4 de outubro de 1754 — Uidá, Benim, 4/8 de maio de 1849) foi o maior traficante de escravos brasileiro e Chachá da atual cidade de Uidá no Benim.

INTRODUÇÃO DO ESCRAVO NEGRO NA COLÔNIA
Na Bahia, por exemplo, entre 1572 e 1575, um escravo de origem Tupi custava cerca de 7 mil réis enquanto um escravo africano custava 20 mil réis para o comprador e, mesmo com esta disparidade de valores, o tráfico negreiro ainda era mais lucrativo.

No período entre 1750-1800, os valores médios dos escravos nascidos na África eram 96$700 réis (calculados sob a quantia de 541 escravos) e das escravas 82$909 (295 pessoas), uma diferença de 14,2%.

Apenas Minas Gerais, Pará, São Paulo e Goiás concentram mais da metade das pessoas resgatadas de trabalho escravo.

Essa é a Dona Maria do Carmo Gerônimo, a última escrava do Brasil. Ela nasceu em Carmos de Minas, a 5 de Março de 1871, poucos meses antes da aprovação da Lei do Ventre Livre, e morreu em 14 de Junho de 2000, aos 129 anos de idade.

19 anos

Ao analisar dados de diversas fontes, Schwartz [*13] mostrou que no Brasil do último quarto do século XIX a expectativa de vida dos escravos, ao nascer, variava em torno de 19 anos.

A última execução de um homem livre ocorreu em 1861. Os escravos precisariam de mais tempo para se livrarem da pena capital. Francisco, o negro de Pilar, foi enforcado em 1876.