Quantas pessoas morrem por causa do SUS?

Perguntado por: scaldeira3 . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
4.6 / 5 2 votos

Há dez anos, em cada 473 mortes no sistema, uma era por problemas no tratamento. Hoje a participação aumentou para um caso para cada 147 mortes. E os problemas ocorrem mais em procedimentos não cirúrgicos, como a inserção de uma sonda gástrica, por exemplo.

Mais de 70% da população brasileira depende do SUS, que se tornou - no decorrer dos anos - o principal e o mais procurado serviço de saúde, de acordo com IBGE. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados recentes da Pesquisa Nacional de Saúde, com entrevistas realizadas em 2019.

Principais gargalos
Também são vistos como vilões a falta de recursos financeiros para o SUS (15%) e a má gestão administrativa e operacional do sistema (12%). Questões como a falta de médicos (10%) e a dificuldade para marcar ou agendar consultas, cirurgias e procedimentos (10%) completam o topo do ranking.

Os 6 maiores desafios que a saúde pública do Brasil vem enfrentando

  1. Baixos investimentos. Atualmente, o SUS cobre cerca de 75% da população brasileira. ...
  2. Doenças alarmantes. ...
  3. Falta de profissionais na saúde pública. ...
  4. Superlotação nos hospitais. ...
  5. Infraestrutura defasada. ...
  6. Tecnologia de baixa qualidade.

Segundo o levantamento, em 2015, os óbitos provocados por essas falhas foram estimados em 434,11 mil, ou 1,19 mil/dia,considerando o sistema de saúde nacional (público e privado).

Em primeiro lugar está a escassez de recursos suficientes ou não previstos no orçamento, que está relacionado também à compra de medicamentos. A ausência dos especialistas seria um dos motivos para a demora, em média, de até três meses para a consulta com um ortopedista, por exemplo, como registrado no levantamento.

Neste domingo (19), o SUS completa 31 anos de existência e se consolida como o maior sistema público de saúde do mundo, além de ser o maior patrimônio da população brasileira e o principal aliado da sociedade no enfrentamento à Covid-19 e outras emergências em saúde pública.

"As estimativas da PNS 2019 apontam, também, uma relação direta entre a cor ou raça e nível de instrução e a cobertura de plano de saúde, destacando-se, nesse sentido, as pessoas brancas ou com ensino superior com as maiores proporções de cobertura", diz o IBGE.

Atualmente, o acesso à saúde é um direito universal e gratuito no território brasileiro. Com mais de 30 anos de existência, o SUS conquistou muitos avanços para a saúde da população brasileira e oferece uma série de serviços que são reconhecidos internacionalmente por sua extensão e complexidade.

Nos EUA, o subsídio do governo só está disponível para pessoas abaixo da linha da pobreza, como veremos mais adiante. Entretanto, mesmo nestes casos, a assistência só é válida para urgências e emergências. Não há, portanto, cobertura universal de saúde por lá.

De fato, todo e qualquer brasileiro tem o direito de ser atendido gratuitamente pelo SUS, algo definido na Constituição e na lei 8.080, de 1990. Também é verdade que o SUS fornece remédios gratuitamente. Hoje, a população brasileira é de 210,5 milhões.

A responsabilidade do financiamento do sistema Único de Saúde (SUS) é Tripartite, ou seja, das três esferas de governo: federal, estadual e municipal, por meio da vinculação de orçamento da seguridade social. De acordo com a Lei 141/2012, os municípios devem investir no mínimo 15% de suas receitas e, os estados 12%.

O SUS apresenta três grandes problemas estruturantes: no plano da organização macroeconômica, a segmentação que conduz ao dilema entre a universalização e a segmentação; no plano da organização microeconômica, a fragmentação do sistema e seu modelo de gestão; e no plano econômico, o seu subfinanciamento.

REDAÇÃO TEXTO 2:
O SUS (Sistema Único de Saúde) deve ser reconhecido por ter aumentado o acesso à saúde da população brasileira e se tornado referência em atenção primária, apesar de ainda enfrentar dificuldades na assistência prestada por médicos especialistas.