Quantas pessoas morrem por ano vítimas de raios no Brasil?

Perguntado por: lvieira2 . Última atualização: 27 de abril de 2023
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120 pessoas

Eles são espetaculares, mas perigosos. Os raios matam 120 pessoas por ano, em média, no Brasil, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe.

Um levantamento anterior, realizado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicava a cidade de Porto Real, no Rio de Janeiro, como o local onde mais incidiam raios no país.

Há, sem dúvida, perigos mais urgentes do que ser atingido por um raio: a chance de ser atingido é menor que uma em um milhão, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Isso se torna ainda mais relevante ao se considerar a quantidade de pessoas que morrem por ano no Brasil acertadas por raios, uma média de 110 (considerando o período de 2000 a 2019). No ranking mundial, isso leva o país à sétima colocação, segundo Inpe.

Brasil é o país

O Brasil é o país com maior incidência de raios em todo o planeta. Por ano, são mais de 70 milhões de descargas elétricas registradas aqui. Para se ter uma ideia, um raio possui cerca de mil vezes mais intensidade que um chuveiro elétrico.

Não, você não precisa ficar longe do seu aparelho, simplesmente porque o celular não atrai raio. Apesar do medo de muitas pessoas, trata-se de um grande mito.

O Brasil é o líder em incidência de raios no mundo, com cerca de 77,8 milhões de descargas para o solo a cada ano. Quanto ao número de mortes provocadas pelo fenômeno, o país ocupa a sétima posição mundial: neste século já foram registrados 2.194 casos; uma média de 110 casos por ano no período.

Espelho atrai raios? Não. A crença surgiu na época em que os espelhos tinham grandes molduras metálicas – elas, sim, um grande atrativo para os raios. Não há necessidade de cobrir espelhos durante uma tempestade.

Uma prova de que isso é verdade é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. A oitava maravilha do mundo recebe não duas, mas ao menos seis descargas atmosféricas por ano, segundo pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica do INPE.

Os raios costumam cair em torres metálicas, chaminés, árvores isoladas, casas construídas em campos. Isto de deve ao fato de que o raio sempre procura o caminho de menor “resistência” entre a nuvem e a terra. Vale ressaltar, que os pontos altos e pontiagudos favorecem o início da descarga atmosférica.

Alagoas registrou a menor quantidade de queda de raios do Brasil, segundo pesquisa inédita do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgada nesta segunda-feira, 2, que mediu a incidência da queda de raios no Brasil durante o verão de 2022.

A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é ínfima: apenas uma em um milhão. Em 30% dos casos, as vítimas morrem por parada cardíaca ou respiratória . Os 70% restantes costumam sofrer sequelas, como perda de memória e diminuição da capacidade de concentração.

Ao atingir uma pessoa, o raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e de uma variedade de reações eletroquímicas. A chance de sobreviver é de apenas 2%.

Como saber se vai cair um raio em você? Para obter a distância aproximada da queda do raio, em quilômetros, basta contar o tempo (em segundos) entre o momento em que se vê o raio e se escuta o trovão e dividir por três.

Saiba como se proteger.

E o exemplo usado pelos especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é o do Cristo Redentor, monumento que chega a ser atingido por até seis raios por ano.

Por volta de 50 a 100 relâmpagos ocorrem no mundo a cada segundo, o que equivale a cerca de 10 milhões de descargas por dia ou três bilhões por ano. Ainda que a maior parte do planeta esteja coberta de água, menos de 10% do total de relâmpagos ocorrem nos oceanos.

A Organização Meteorológica Mundial divulgou imagens de um "super raio" registrado nos Estados Unidos, que bateu o recorde de maior do mundo. O raio percorreu 768 quilômetros. O fenômeno foi registrado em abril do ano passado e cruzou três estados: Luisiana, Mississípi e Texas. Ele não chegou a atingir o solo.

Maios raios em 2021
O professor Osmar Pinto Junior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Inpe, avalia que o aumento na quantidade raios em todo estado de São Paulo está relacionado ao fenômeno La Niña, como é chamado o resfriamento de águas do oceano Pacífico, que altera padrões da atmosfera.

A voltagem de um raio encontra-se entre 100 milhões e 1 bilhão de Volts.