Quantas pessoas estão na fila de transplante no Brasil 2022?

Perguntado por: rteixeira . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na fila esperando por um órgão - esse dado contabiliza também as pessoas que esperam por uma córnea. Só em 2022, em média, mais de 45% das famílias não concordaram com a doação.

Quanto tempo leva? Não é possível estimar um tempo, pois o prazo depende do número de pacientes esperando o transplante, a gravidade da situação do paciente e a disponibilidade de doadores compatíveis. Este serviço é gratuito para o cidadão. Este é um serviço do(a) Ministério da Saúde .

Atualmente, O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza transplantes, ficando atrás dos Estados Unidos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, foram realizados aproximadamente 23,5 mil transplantes, sendo 4,8 mil de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre outros.

Dados mais recentes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram que até novembro de 2021, 92.396 solicitações aguardavam atendimento na Capital. O número é o maior desde janeiro de 2018, há quatro anos, quando havia 92.706 solicitações acumuladas.

O transplante de fígado é o procedimento mais complexo da cirurgia moderna. Nenhum outro interfere com tantas funções do organismo.

Os órgãos mais comumente transplantados são: coração, fígado, pâncreas, dois pulmões e dois rins.
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Em 2016 foram realizados, no Brasil, 24.958 transplantes, sendo 7.955 de órgãos sólidos, conforme discriminado a seguir:

  • Coração: 357.
  • Fígado: 1.880.
  • Pâncreas: 26.
  • Pulmão: 92.
  • Rim: 5.492.
  • Rim/Pâncreas: 108.

Rim, fígado e coração são os órgãos mais transplantados no Brasil.

De acordo com o novo regulamento do Sistema Nacional de Transplantes, pessoas com até 18 anos têm prioridade para receber órgãos de doadores na mesma faixa etária. Além disso, todas as crianças e adolescentes podem se inscrever na lista para transplante de rim, mesmo antes de entrarem em algum tipo de diálise.

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes após morte encefálica comprovada em 2021. Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na fila esperando por um órgão. Em 2022, mais de 45% das famílias não concordaram com a doação.

O PÓS-TRANSPLANTE
O tempo médio de permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de três a dez dias, dependendo da evolução do quadro clínico do paciente.

O transplante de coração teve aumento de 85% (passando de 167 para 309) se comparado com 2010, seguido por fígado 26% (passando de 1.404 para 1.769) e medula óssea 22,5% (passando de 1.695 para 2.076).

Sofrendo de uma doença degenerativa, ele obteve a esperança com o transplante. Mas morreu 28 dias após a cirurgia, em consequência de rejeição do órgão. O transplante de João Boiadeiro ocorreu seis meses após o primeiro realizado no mundo por uma equipe da África do Sul.

O país conta com uma central nacional e 27 centrais estaduais de transplantes. O sistema nacional de transplantes inclui 648 hospitais, 1.253 serviços e 1.664 equipes de transplantes habilitados.

Resposta verificada por especialistas
A principal causa das grandes filas para a doação de órgãos no Brasil é o desequilíbrio existente entre o número de doadores e o número de pessoas que necessitam de transplante. É fato que existem muito mais pessoas na fila do que pessoas que doam seus órgãos.

O Projeto de Lei 4431/20 obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a garantir a realização, em até 15 dias, de consultas agendadas pelo usuário com profissionais de saúde. O prazo máximo de espera cai para 3 dias se o agendamento for para idoso, doente crônico, gestante ou pessoa com necessidade especial.

A fila de espera do SUS para marcar consultas já dura, pelo menos, seis meses.