Quantas empresas usam animais para testes?

Perguntado por: ncrespo . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
4.3 / 5 7 votos

Ou seja, 43 firmas têm autorização do Ministério da Ciência e Tecnologia para fazer testes com animais no Brasil – e 26, mais da metade delas, ficam em São Paulo. Em Minas Gerais, são 7. E as outras 10 estão espalhadas pelo país.

De acordo com a Coligação Europeia para o Fim das Experiências em Animais cerca de 115 milhões de animais são usados em pesquisas, por ano, em todo o mundo, sendo que três milhões morrem.

Por que são realizados testes em animais? Os testes em animais são realizados com o propósito de verificar se um produto, medicamento, cosméticos ou produtos de limpeza são adequados para uso humano. Eles levam em consideração a biologia do animal e as doenças que eles apresentam depois da exposição à substância.

Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveram uma tecnologia que permite testar novas drogas sem o uso de animais. Isso pode representar uma revolução na ciência e, ainda, livrar milhões de cobaias vivas de experimentos em laboratório.

Quais são os métodos alternativos?

  • Tecidos humanos.
  • Modelos computacionais.
  • Cultura de células.
  • Simuladores de pacientes humanos.
  • Estudos com voluntários.
  • 3R (Replacement, Reduction e Refinement)

Conforme Granjeiro, os testes clínicos em animais são necessários para a avaliação de segurança e eficácia de medicamentos e cosméticos, dentre outros produtos, para atender às necessidades da população. No Brasil, os métodos alternativos estão previstos na Lei Arouca, em vigor há cinco anos.

Debate ganhou força no Brasil após caso envolvendo cães da raça beagle. Só na Europa estima-se que 3 milhões de bichos morrem anualmente em testes científicos, mas ONG alerta que números podem ser ainda maiores. Todos os anos, 115 milhões de animais são usados em pesquisa em todo o mundo.

O uso é válido para obter um benefício maior para uma população? Hoje, a resposta da maior parte dos cientistas é: sim, eles são necessários. “Ninguém opta por usar animais, havendo métodos alternativos validados e comprovadamente eficazes para aquele teste.

Os animais servem como uma ferramenta para entender seus efeitos no organismo. Por lei, medicamentos devem passar por diversos testes in vivo, ou seja, com seres vivos, antes da sua aprovação. Para descobrir se uma droga é segura e eficaz, inicialmente é testada em animais e só depois em humanos.

Pele 3D para realizar testes
Hoje, são mais de 50 métodos desenvolvidos por nossos pesquisadores, que garantem a segurança e a eficácia dos produtos. Entre eles, destacam-se a pele 3D – que simula a pele humana – e o organs on a chip – que atua como um órgão humano em um chip.

Antes que pensem que a Philip Morris International é a única produtora de tabaco que testa em animais, desenganem-se: empresas como a Sampoerna, Japan Tobacco, British American Tobacco, Souza Cruz, Imperial Tobacco, entre outras, testam em animais.

O Brasil, a China, os Estados Unidos e o Japão são os países que mais realizam testes no mundo. Por outro lado, países como Austrália, Índia, Nova Zelândia, Suíça, Turquia, entre outros, já proibiram há anos a realização desses testes.

Galeno (129-210 d.C.), em Roma, se destacou como precursor de pesquisas médicas experimentais com o uso de animais. Acredita-se que ele pode ter sido o primeiro a realizar vivissecção com objetivos experimentais, ou seja, para testar variáveis através de alterações provocadas em animais (GREIF; TRÉZ, 2000).

Testes com animais também foram essenciais para a descoberta de anestésicos, de antibióticos e dos anti-inflamatórios, de fármacos para o controle da hipertensão arterial e diabetes, da dor e da asma, para tratamento da ansiedade, dos antidepressivos, dos quimioterápicos, e dos hormônios anticoncepcionais.

Dentre as razões para que os ratos sejam escolhidos para utilização em pesquisas, está seu tamanho. Por serem pequenos, podem ser mantidos em lugares menores, ocupando pouco espaço, além de se adaptarem rapidamente a novos ambientes.

Macacos, cachorros, coelhos, porquinhos-da-índia, bovinos e aves são algumas das espécies mais utilizadas pelos cientistas.

O objeto de análise é a Lei Arouca como regulamentadora do inciso VII, § 1º do artigo 225 da CFRB/98, que tem como função impor limites nos procedimentos e no uso de animais em estudos científicos, garantir o mínimo de conforto e higiene nos cativeiros e amparar os animais em caso de abusos e maus tratos.

Você sabia que há uma estimativa de que mais de 115 milhões de animais no mundo todo são usados em experimentos laboratoriais todos os anos?

Os bichos usados em laboratório são criados sob condições especiais, com alimento de qualidade, água fresca e ambiente higiênico, com temperatura e iluminação controladas. Durante os experimentos, os cientistas cuidadosos fazem de tudo para que os animais não sintam dor.