Quantas convulsões uma pessoa pode ter?

Perguntado por: amarinho . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
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Nós neurologistas ouvimos muito este questionamento; e sua explicação é relativamente simples: uma pessoa pode ter uma ou duas convulsões pontuais durante sua vida toda; neste caso, dizemos que o paciente teve crises, convulsão, mas não tem epilepsia.

Crises tônico-clônicas: As convulsões tônico-clônicas, anteriormente conhecidas como convulsões de grande mal, são o tipo mais dramático de convulsão epiléptica e podem causar uma perda abrupta de consciência, enrijecimento e tremor do corpo e, às vezes, perda do controle da bexiga ou da língua.

Aqueles que sofreram duas ou mais crises têm um risco de recorrência em dois anos de 70-80%. Convulsões sintomáticas agudas causadas por agente etiológico reversível têm risco de apenas 3% de recorrência.

As crises convulsivas podem ser classificadas como simples (com duração que vai de segundos até 15 minutos, em um intervalo de 24 horas, e abalos nos dois lados do corpo da criança) ou complexas (crises de 15 minutos ou mais, com abalos de apenas um lado do corpo da criança e em repetição em menos de 24 horas).

A Convulsão tem cura, dependendo da causa. Em alguns casos, o tratamento para convulsão é feito com o uso de medicamentos ou procedimentos cirúrgicos para evitar crises futuras. Aquelas causadas pela ingestão de substâncias melhora somente com a suspensão do uso delas.

A epilepsia retratada ao longo da história
Na Bíblia encontramos duas descrições de pessoas com epilepsia. Uma está em Marcos 9:14-29 que nos conta o tratamento de um menino que foi trazido por seu pai a Jesus, passagem imortalizada nos célebres quadros de Rafael e Rubens da Transfiguração de Cristo.

Dentro das crises generalizadas, há três tipos principais:

  • Crise atônica: Aqui, a pessoa perde o tônus muscular, a força. Ela pode desmaiar e perder a consciência. ...
  • Tônico-clônica generalizada: Este é o tipo mais comum, a que estamos mais habituados a ver. ...
  • Crise de ausência: Esta é quase imperceptível.

. Normalmente, é realizada uma tomografia computadorizada (TC), mas pode-se fazer ressonância magnética (RM). Os dois exames conseguem identificar anormalidades no cérebro que podem estar causando as convulsões.

Quais os tipos de convulsão mais conhecidos?

  • Crise Generalizada Tônico-clônica.
  • Crise Atônica.
  • Crise Generalizada de Ausência.
  • Crise Mioclônica.
  • Espasmos epiléticos.

Conforme último levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde, em 2019, aproximadamente 50 milhões de pessoas têm epilepsia no mundo. A estimativa global é de que 2,4 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com a doença por ano.

Isso pode acontecer. A epilepsia é controlada pelas medicações em aproximadamente 70% dos pacientes. Logo, aproximadamente 30% ainda tem crises a despeito do uso da medicação. Também é importante checar a dosagem da medicação.

Não ha problema em dormir. Olá, a sonolência pós crise generalizada é normal, fenômeno conhecido como ¨pós- ictal¨.

Adotar hábitos mais saudáveis, como a prática de atividade física segura, alimentação saudável, aumento da ingestão de água, aumento das horas de sono e meditação, yoga ou relaxamento, podem ajudar a diminuir o impacto emocional de situações sobre as quais não temos controle.

Em alguns tipos de epilepsia, as convulsões podem ocorrer quando alguém está acordando e nas próximas horas.

Tentar imobilizar a pessoa ou amarrar os membros, pois pode resultar em fraturas ou outras lesões; Colocar a mão na boca da pessoa, assim como objetos ou panos; Dar de comer ou beber até que a pessoa esteja completamente alerta, mesmo que se desconfie de uma diminuição de açúcar no sangue.

Normalmente, a convulsão ocorre devido a febre alta, epilepsia ou infecções, como meningite ou encefalite. No entanto, a convulsão também podem ser sinal de traumatismo craniano e até de tumores cerebrais, sendo importante identificar sua causa.

Na crise epiléptica existe abalo motor.
A convulsão é apenas um tipo mais intenso de ataque epilético², no qual a pessoa perde os sentidos e se debate, podendo morder a língua e urinar na roupa².

Tratamento de convulsão
Para pacientes que apresentam estado epiléptico convulsivo, recomendamos o tratamento inicial com um benzodiazepínico. Além dos benzodiazepínicos, recomenda-se uma dose de ataque intravenosa de um anticonvulsivante de ação mais longa, como a fenitoína.

Anticonvulsivante de escolha para tratamento prolongado

  • Lamotrigina.
  • Levetiracetam.
  • Topiramato.
  • Valproato.
  • Zonisamida.

Em razão da moléstia, o portador de epilepsia pode ter direito a receber um benefício assistencial (LOAS/BPC) ou um benefício previdenciário (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou aposentadoria da pessoa com deficiência).