Quando você ataca a pessoa e não o argumento?

Perguntado por: lcunha . Última atualização: 25 de abril de 2023
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A falácia do ataque ao argumentador — também conhecida pelo seu nome em latim argumentum ad hominem — é utilizada para fugir do debate ou da conversa atacando a pessoa do argumentador, não o argumento. É uma artimanha muito comum, utilizada na política e no cotidiano.

Falácia ad hominem
Esta falácia tem como intuito atacar a pessoa que enunciou o argumento. Por isso, é considerada ad hominen, expressão em latim que significa contra o homem. Exemplo: X: Sou a favor do casamento gay. Y: Só mesmo um ignorante como você poderia ser a favor disso.

Argumentum Ad Hominem
Esse tipo de falácia tem por objetivo atingir a pessoa que expressou (contra o homem) o argumento. Um exemplo: Quando alguém diz: Sou a favor da descriminalização das drogas. A pessoa que ouve a frase responde: Só sendo uma usuária de drogas para ser a favor dessa ideia.

Quando o sujeito diz "contra fatos não há argumentos", o que ele quer dizer é que não pode haver argumentos contra sua própria interpretação das coisas, contra a forma como ele explica determinada contingência.

Quando uma pessoa diz “não tenho argumentos para isso”, ela pode estar falando que não conseguirá responder devidamente aquela questão ou situação.

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  1. Não tente ganhar. ...
  2. Seja civilizado. ...
  3. Faça perguntas. ...
  4. Seja confiante. ...
  5. Mostre que as pessoas concordam. ...
  6. Use gráficos. ...
  7. Vá além das piadas e brincadeiras.

“Contra fatos não há argumentos”. Essa máxima positivista-descritivista-objetivista, que atualmente é o slogan da campanha publicitária de uma faculdade de Direito, parte da premissa de que a argumentação é inútil e, portanto, dispensável diante de determinados fatos.

As falácias são, portanto, divididas em dois grupos: falácias formais e falácias não-formais.

Um argumento é falacioso quando parece que as razões apresentadas sustentam a conclusão, mas na realidade não sustentam. Da mesma maneira que há padrões típicos, largamente usados, de argumentação correta, também há padrões típicos de argumento falacioso.

Portanto, para um texto ou fala ser considerado uma falácia são necessárias três condições: Deve ser um argumento; Deve aparentar ser válido; Mas deve ser inválido.

o O argumento de autoridade é aquele que se baseia na citação de uma fonte confiável, como um especialista no assunto que está sendo debatido.

Alguns dos tipos de sofismas que Aristóteles menciona s^o (1) Ad hominem, (2) Apelo [ ignor]ncia, (3) Argumento de autoridade, (3) Non sequitur, (4) Falsa dicotomia, (5) Post hoc, ergo propter hoc (6) Palavras equívocas.

Opinar: emitir opinião. Argumentar: discutir apresentando e contrapondo razões que através do raciocínio lógico, levem a uma conclusão. Discutir: debater, polemizar, defender.

Temos, portanto, que fato é algo objetivo, que aconteceu. Opinião, por outro lado, é a ideia de alguém sobre algo ou alguém e, portanto, trata-se de algo subjetivo.

Argumentar é uma ação verbal na qual se utiliza a palavra oral ou escrita para defender uma tese, ou seja, uma opinião, uma posição, um ponto de vista particular a respeito de determinado fato.

4 Tipos de argumentos

  • Argumento de autoridade.
  • Argumento indutivo.
  • Argumento por analogia.
  • Argumento dedutivo.
  • Tipos de argumentos inválidos.
  • Referências e leitura adicional.

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Argumentar ajuda a viver, contribui para reduzir a discórdia, proporciona a harmonia e o desenvolvimento. Vista por outro ângulo, poderemos dizer que a argumentação mal empregada gera o conflito, a agressividade e males maiores. Portanto, para crescer é preciso utilizar a argumentação para o bem.