Quando um pólipo uterino vira câncer?

Perguntado por: ebarreto . Última atualização: 22 de maio de 2023
4.5 / 5 13 votos

Os pólipos uterinos são benignos, no entanto, há um risco de sofrerem malignização em 3 a 4 % dos casos. De acordo com uma revisão sistemática, que incluiu mais de 35 mil mulheres, o risco de malignização dos pólipos uterinos é maior para as mulheres após a menopausa e sintomáticas.

É importante ressaltar que os pólipos uterinos de forma geral são benignos e, portanto, não são perigosos. Porém 3% acabam, sim, evoluindo para quadros de câncer. No entanto, essas situações geralmente acometem pacientes com mais de 60 anos.

É um tumor benigno, pois o pólipo não causa metástase e não cresce para invadir outro órgão”, explica Dr. Samuel. Devido a essa transição entre célula normal e cancerígena, o pólipo precisa ser removido, pois cerca de 30% dos pólipos podem se tornar tumores malignos, caso não sejam removidos.

A maioria dos pólipos é assintomática. Quando há sintomas, o mais frequente é a hemorragia retal. Um pólipo grande pode causar cólicas, dores abdominais, obstrução ou intussuscepção.

A única forma de saber se o paciente tem ou não pólipos no intestino é por meio da realização de uma colonoscopia, exame que possibilita enxergar o interior do órgão. Com o endoscópio, é possível remover esse crescimento assim que é identificado, exceto quando o pólipo é grande demais, tornando a remoção arriscada.

O fator mais importante em relação ao potencial de malignização dos pólipos é o seu tamanho. Sabe-se que os pólipos com mais de 2cm são em grande maioria tumores malignos de vesícula, enquanto os pólipos entre 1 e 2 cm também já apresentam esta possibilidade entre 43 e 77% dos casos.

É importante saber que a grande maioria dos pólipos é benigna, pois somente 3% tendem a se malignizar e tornarem-se câncer. Geralmente, os pólipos maiores que 1,5 cm, presentes em pacientes acima de 60 anos, são os que têm maior chance de malignização.

Após a cirurgia de pólipo, a mulher normalmente tem alta em no máximo 24h, realizando alguns dias de repouso para cicatrização do útero, segundo orientação médica. Na mesma ocasião da cirurgia de pólipo, é possível encaminhar este tecido para biópsia, avaliando as chances de malignização do tumor.

Os pólipos vilosos e túbulo-vilosos são os que têm mais risco de malignização. Mas há outros fatores que também nos ajudam a estimar o risco de câncer: Pólipos maiores que 1 cm são mais perigosos. Já pólipos com menos de 0,5 cm possuem baixo potencial de transformação maligna.

De forma geral, avaliar o tamanho do pólipo é uma maneira de se fazer o diagnóstico, sendo os pólipo menores que 1 centímetro normalmente benignos, e os maiores que 1 centímetro tem maiores chances de serem malignos.

Sintomas dos pólipos uterinos
A dor pode ser comparada com a de uma cólica menstrual comum e o nível de dor tende a ser maior de acordo com o tamanho e localização dos pólipos. Outros sintomas são sangramentos após relações sexuais, corrimento com mau odor edificuldade para engravidar.

Quando os pólipos surgem várias vezes ou são identificados sinais de malignidade; – Para mulheres em idade reprodutiva que apresentam sintomas como sangramento vaginal após o contato íntimo e entre cada menstruação; – Para mulheres que estejam em idade reprodutiva e possuem desejo de engravidar.

No entanto quando a paciente apresenta desejo de engravidar, tem uma quantidade elevada de pólipos ou de tamanho aumentado ou quando há maiores chances de ser uma lesão pré-cancerosa a cirurgia de pólipo uterino pode ser recomendada.

O tratamento de escolha é a retirada do pólipo (polipectomia) utilizando-se a histeroscopia cirúrgica, pois permite a visão direta do pólipo e a retirada mais precisa. Esse tipo de cirurgia é um procedimento simples e rápido, sendo feito sem nenhum corte. Por isso, raramente é necessária a internação.

Pólipos adenomatosos (Adenomas). São pólipos que podem se transformar em câncer. Por isso, os adenomas são considerados uma condição pré-cancerígena. Os 3 tipos de adenomas são tubulares, vilosos e tubulovilosos.

Os pólipos intestinais adenomatosos têm mais chances de se tornarem lesões malignas do que os não adenomatosos. Por este motivo é tão importante a remoção dos pólipos, com a finalidade de prevenir o câncer.

Na verdade, os pólipos costumam ser classificados como lesões pré-malignas, com risco de sofrerem modificações em um período de 5 a 7 anos e se tornarem um câncer no futuro, principalmente os chamados pólipos adenomatosos.

Qual tratamento deve ser feito? Uma vez diagnosticados os pólipos endometriais, o tratamento de escolha é o cirúrgico, seja por curetagem ou raspagem uterina, ou melhor ainda, por histeroscopia cirúrgica, que permite a retirada do pólipo sob visão direta dele.

Quanto ao tamanho, os pólipos são ditos grandes quando tem mais de 20 mm, pequenos quando medem até 10 mm e dimimutos, com até 5 mm. Quando a origem histológica, podem ser epiteliais e não–epiteliais. Não-epiteliais: Lipoma, tumor estromal e o linfoma.

Basicamente, o pólipo uterino pode ser formado em razão de alterações hormonais e influência genética. No entanto, alguns especialistas defendem a tese de que eles são formados por conta de lesões preexistentes na camada de revestimento interno do útero. A causa definitiva, portanto, ainda enfrenta controvérsias.