Quando Suzane vai para o regime aberto?

Perguntado por: upires6 . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Condenada por matar os pais em 2002, Suzane Von Richthofen deixou a penitenciária de Tremembé nesta quarta-feira (11) para cumprir pena em regime aberto.

Beneficiada com a progressão para o regime aberto, Suzane von Richthofen informou à Justiça que vai morar em Angatuba, cidade no interior de São Paulo. Condenada por matar os pais, ela cumpre pena em liberdade desde a última quarta-feira (11).

Atualmente, Suzane cumpre pena em regime semiaberto.
Ela recebeu autorização judicial para fazer faculdade de biomedicina na cidade de Taubaté.

Condenado pelo homicídio dos pais da então namorada, Suzane Von Richthofen, Cravinhos trabalha com customização de motocicletas. Cumprindo pena em regime aberto, Daniel Cravinhos, de 42 anos, hoje trabalha customizando motos.

Se o panorama da execução penal de Suzane permanecer o mesmo, ela deverá ser solta em 2036.

Na época, ela tinha quase 19 anos e era estudante de direito da PUC-SP. Segundo depoimento dos acusados à polícia, antes do assassinato, o irmão de Suzane -então com 15 anos- foi levado por ela até um cybercafé. Em seguida, ela e o namorado, à época com 21, encontraram o irmão dele Cristian, 26, e seguiram para a casa.

Toda a herança de Manfred e Marísia foi deixada para o filho mais novo, Andreas von Richthofen. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que em 2011 impediu Suzane de receber qualquer quantia do casal.

Os médicos concluíram que Suzane não sofre de doença mental e que, em liberdade, dificilmente cometeria outro crime. O resultado do exame psicológico serviu de base para a Justiça tomar uma decisão. Suzane, arrependida ou não, ainda deve ficar mais tempo na cadeia, longe do convívio social.

Após pouco mais de 20 anos presa, Suzane von Richthofen, de 39 anos, foi solta nesta quarta-feira (11/01). Condenada por envolvimento no assassinato dos pais, um crime que chocou o país, Suzane conseguiu deixar a prisão depois de a Justiça ter concedido a progressão de sua pena para o regime aberto.

Os laudos psicológicos e o teste de Rorschach, uma técnica de avaliação psicológica, apontavam que não havia evidências de que Suzane seria perigosa, podendo conviver em sociedade, mas que, por outro lado, dentre outros pontos, tinha personalidade manipuladora e agressividade camuflada.

Alyne Bento

A biomédica Alyne Bento revelou que se casou com Daniel Cravinhos, condenado a 39 anos por ter matado os pais de Suzane von Richthofen, por fetiche. Ela deu detalhes sobre o relacionamento dos dois em entrevista ao escritor Ulisses Campbell, autor de Suzane: Assassina e Manipuladora.

Folha de S. Paulo - Namoro foi escondido por quase 2 anos - 09/11/2002. Suzane von Richthofen, 19, e Daniel Cravinhos de Paula e Silva, 21, mantiveram o namoro escondido dos pais da garota por quase dois anos.

Luciana Olberg das Dores, uma boxeadora, cometeu o crime em 2013 junto ao marido e o amante. Ela filmou o crime. Segundo informações, a mulher dopou as crianças, colocando a chupeta delas em bebida alcoólica. O vídeo do crime foi compartilhado em um grupo de pedófilos.

Passaram algumas horas no local e, na volta, pegaram Andreas no cybercafé. Nas investigações, os policiais não embarcaram na simulação. Conversando com pessoas próximas à família, eles descobriram que os pais de Suzane era contra seu namoro, o que representava um motivo para o crime.

Andreas Albert von Richthofen

Daniel Cravinhos
Namorado de Suzane, o jovem era aeromodelista e tinha 21 anos à época do crime.

Foi aí que o namorado de Suzane também confessou o assassinato. A filha dos Richthofen, porém, foi a última a confessar o crime.

Informação é de Denivaldo Barni, responsável pela defesa de Suzane. Beneficiada com a progressão ao regime semiaberto, Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por matar os pais em 2002, pode trabalhar no escritório do advogado Denivaldo Barni, responsável pela sua defesa.

À época, a imprensa divulgou que o Teste ainda indicou que Suzane apresenta comportamento egocêntrico e narcisista, não sentindo culpa ou remorso por suas ações do passado. Além disso, a avaliação apontou comportamento infantil, imaturo e falta de capacidade de autocrítica.

A denúncia do Ministério Público de São Paulo foi apresentada ao 1º Tribunal do Júri da capital. Ela descreveu de forma detalhada os acontecimentos daquele 31 de outubro de 2002. O crime aconteceu por volta da meia-noite, na casa da rua Zacarias de Góis, no bairro Campo Belo, em São Paulo.