Quando se tem epilepsia têm transtornos mentais?

Perguntado por: oribeiro . Última atualização: 17 de maio de 2023
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A OMS inclui a epilepsia no capítulo dos transtornos mentais, pelo menos do ponto de vista de saúde pública. Esta inclusão está baseada nos seguintes argumentos: embora de maneira errada, epilepsia tem sido historicamente considerada como doença mental e ainda o é em muitas sociedades.

A epilepsia é um quadro complexo, que vai além das convulsões. Ela pode causar danos cerebrais irreversíveis, especialmente quando o cérebro está em maturação. Mesmo quando as convulsões são controladas ou ausentes, a epilepsia causa alterações cognitivas persistentes e déficits intelectuais globais.

Pacientes com epilepsia também apresentam TP mais graves, como o transtorno afetivo bipolar (TAB) e a esquizofrenia, cuja sintomatologia pode ser considerada semelhante àquela de pacientes sem epilepsia.

Se o portador de epilepsia restar incapacitado para o labor ou para atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, poderá requerer o auxílio-doença (auxílio por incapacidade temporária) diretamente na autarquia previdenciária, nos termos dos artigos 59 ao 64 da Lei de Benefícios.

A maioria das pessoas não se lembra o que aconteceu durante a convulsão. Em ambos os tipos, a consciência é temporariamente perdida e ocorre convulsão quando descargas anormais se espalham para ambos os lados do cérebro.

Pacientes com epilepsia têm maior propensão à depressão e à ansiedade.

A epilepsia pode perturbar o sono e a privação do sono pode agravar as convulsões.

A relação entre cognição e epilepsia é bastante próxima – 70 a 80% das pessoas com epilepsia apresentam: Falta de memória. Dificuldade de aprendizagem. Déficit de atenção.

Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa. Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória.

Foi apresentado no Senado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) o PL 2.472/2022, que inclui o lúpus e a epilepsia na lista de doenças dispensadas do prazo de carência para concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por incapacidade, concedidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Crises atônicas: Esse tipo de crise provoca a perda de controle muscular, podendo levar à quedas repentinas; Crises tônicas: Causa rigidez muscular e geralmente afetam os músculos dos braços, pernas e costas. Também podem ocasionar quedas; Crises clônicas: São responsáveis por causar movimentos rítmicos ou repetitivos.

Considera-se epilepsia de difícil controle quando o tratamento com pelo menos duas medicações antiepilépticas (adequadas para o tipo de crise e em doses terapêuticas) não forneceu controle satisfatório das crises epilépticas, ainda que utilizadas por tempo adequado para determinar a sua eficácia.

EPILEPSIA: DEFICIÊNCIA? Segundo o Ministério da Saúde, a epilepsia é uma doença cerebral crônica, de causas múltiplas, caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas, e que leva a alterações neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais (Brasil, 2010; p.

As pessoas com epilepsia não estão na lista que a legislação considera com deficiência física ou mental. Quem trabalha, estuda e busca uma vida comum, se expõe a crises e sofre com preconceitos. No âmbito profissional, podem ser demitidas com frequência ou ter dificuldade na contratação.

Conforme a publicação "Saúde, Ética e Justiça", da Universidade Federal de São Paulo (USP), a epilepsia somente pode ser considerada como incapacitante quando limitar substancialmente uma ou mais atividades básicas da vida diária, que a média de pessoas pode realizar com pouca ou nenhuma dificuldade, como: andar, ...

A necessidade desse auxílio também é verificada por perícia, e, excepcionalmente, esse adicional poderá extrapolar o teto previdenciário para o pagamento do benefício (R$ 6.433,57 em 2021).

O laudo do EEG é de responsabilidade do neurofisiologista clínico, também chamado de eletroencefalografista. Esse é o médico apto a interpretar o traçado do exame, identificando as ondas e ritmos anormais que sinalizam epilepsia.

O paciente com epilepsia não pode ter uma vida normal
Nesses casos, é possível ter uma vida normal, podendo trabalhar, estudar, dirigir, praticar esportes etc.

O corpo sofre contrações musculares intensas e involuntárias. A pessoa se debate, pode ficar arroxeada, lábios e dentes ficam cerrados e há salivação excessiva. Na maioria das vezes, ocorre perda de consciência. Essa é a descrição feita por quem já presenciou uma crise convulsiva, condição que ocorre repentinamente.

Pode iniciar com sintomas focais, que evoluem para sintomas generalizados. Alguns sintomas como a confusão mental, dor de cabeça, indisposição podem permanecer por algum tempo após o fim da convulsão generalizada.

Resposta: A alternativa correta é a letra C. Explicação: A pessoa com epilepsia pode e deve ter uma vida normal, com seu devido acompanhamento médico e fazendo tratamento correto.