Quando o réu não tem dinheiro para pagar?

Perguntado por: sdrumond . Última atualização: 25 de abril de 2023
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A lei brasileira não prevê a liberação da obrigação do devedor em razão de não ter como pagar uma dívida. Assim, caso você não tenha como pagar a dívida judicial, terá de recorrer à negociação e parcelamento através da própria Justiça.

Caso não encontre nenhum bem, pode ser pedido o sobrestamento do feito por um prazo pré-determinado (Ex.: 180 dias), período em que se espera que novos bens apareçam e possam ser penhorados posteriormente.

O que pode acontecer quando o processo chegar ao judiciário
A grande questão aqui é que no momento que decidem pelo judiciário, existe o pagamento de custas judiciais e honorários do advogado do credor e eles serão pagos pelo devedor, ou seja, você. Isso mesmo!

Os móveis, pertences e utensílios domésticos de um devedor não podem ser penhorados, pois são necessários para a subsistência do executado.

Nos processos trabalhistas, a lei é taxativa: dois anos. Já para processos civis, entende-se que o limite deve ser o mesmo da prescrição do direito. Explicando melhor: se você tem até dez anos para processar alguém na Justiça, a parte derrotada também deverá aguardar dez anos para solicitar a extinção do processo.

Quando o devedor não possui bens para a penhora, devem os autos ser declarados suspensos na forma do art. 791 , III , CPC , inviável como o é a extinção sem a provocação da parte adversa. Apelo do credor a que se dá provimento para a suspensão do processo.

A partir desses cinco anos, a empresa credora pode continuar cobrando por telefone ou e-mail, mas não mais pela justiça. Quando a dívida é levada até o juiz, é possível que este determine meios para o devedor quitar a sua dívida, inclusive por meio de penhora de bens.

Alguns exemplos comuns de bens impenhoráveis incluem: a residência familiar, desde que seja o único imóvel e que não seja utilizado para atividade comercial; salário, desde que respeitado o limite de até 50 vezes o salário mínimo; aposentadoria, pensões e outros benefícios previdenciários; ferramentas de trabalho, ...

Quais são as principais formas de ocultar bens?

  1. Criação de filiais e transferência de valores;
  2. Alteração de regime matrimonial;
  3. Compra e venda simulada;
  4. Pagamento de dívida simulada;
  5. Doação ou transferência de ativos com reserva de usufruto;

Há alguns caminhos possíveis. Um deles é o devedor solicitar à justiça o parcelamento da dívida. Nesse caso, o prazo dado pela justiça será o período de requisitar o parcelamento do débito. Se for a sua escolha, há a necessidade de depósito de um valor inicial e a proposta de parcelamento.

Por maioria, os ministros julgaram que a previsão legal não condiz com a realidade brasileira e entenderam que a medida pode ser determinada em caráter excepcional desde que preservada a dignidade do devedor. Hoje, a lei estabelece que o salário, assim como outras classes de sustento do trabalhador, é impenhorável.

A ação de cobrança ou cobrança judicial acontece quando uma pessoa ou empresa cobra uma dívida na Justiça. Ela parte do mesmo princípio da ação judicial, ou seja duas partes que discordam de um fato. Mas neste caso, os envolvidos não conseguem resolver o pagamento de uma dívida por meio de uma negociação.

A cobrança de dívidas na Justiça, chamada de processo de execução, só pode acontecer se o devedor estiver inadimplente há algum tempo. Em todas as execuções de dívidas, deve ser apresentado pelo credor um título de crédito extrajudicial ou uma sentença da Justiça, desde que os pagamentos estejam em atraso.

Quando fazer uma cobrança judicial de dívida
Você só deve recorrer a uma ação judicial de cobrança quando todas as tentativas de negociação amigável e extrajudicial falharem.

Todo processo de penhora pode ser revisado e até cancelado: para isso será necessário negociar com o credor através da ajuda de um advogado. E para se liberar e se livrar de uma penhora de imóvel, será necessário substituir a penhora por uma fiança bancária ou por um seguro de garantia judicial.

O arresto de bem móvel, também considerado como constrição legal em relação da bem de origem lícita, pode ocorrer quando o investigado não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, com objetivo de ressarcir a vítima.

Vimos, neste artigo, que a moradia se trata de um direito básico de todo cidadão brasileiro e embora a pessoa esteja endividada e o valor cobrado judicialmente, o único imóvel da família não pode ser penhorado.

Ação não prescreve se estiver suspensa por falta de bens penhoráveis. O prazo prescricional intercorrente (durante o prazo processual) não corre no período em que o processo de execução estiver suspenso por falta de bens penhoráveis.

NULIDADE DA PENHORA CONFIGURADA - Comprovada a falta de citação do devedor subsidiário para pagar o crédito exequendo ou garantir o juízo, impõe-se a declaração de nulidade da penhora, devendo ser liberado não só o valor penhorado, mas também determinado o reinício da execução em desfavor do executado subsidiário.

1. Nos termos do art. 833 , inciso V , do CPC , o automóvel utilizado como instrumento de trabalho é impenhorável.