Quando o réu é inocente?

Perguntado por: aconceicao . Última atualização: 1 de maio de 2023
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A lei brasileira entende que a inocência do réu é presumida até que se prove sua culpabilidade. O art. 5º, LVII, da Constituição Federal dispõe o seguinte: LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

“1. Prevalece o entendimento de que a execução provisória da pena antes do trânsito em julgado da condenação, inclusive as decorrentes do Tribunal do Júri, viola o princípio constitucional da presunção de inocência.

14, item 2, que toda pessoa acusada de um delito terá direito a que se presuma sua inocência enquanto não for legalmente comprovada sua culpa.

Os jurados decidem se o réu é culpado, ou inocente, com base nas respostas aos quesitos formulados pelo juiz presidente que, então, profere a sentença.

O ordenamento jurídico brasileiro estabelece que, quando se trata do ônus da prova, falamos de quem tem a incumbência de provar determinado fato ou alegação num processo judicial. Ou seja, quem faz a acusação tem a responsabilidade de comprovar que a alegação é verdadeira.

Se, por um lado, o standard probatório exigido para a condenação é baseado em juízo de certeza que exclua qualquer dúvida razoável quanto à autoria delitiva, por outro lado, para o início de uma investigação, exige-se um juízo de mera possibilidade.

Inocência: ausência de má intenção, retidão moral, perfeição ética, integridade. Ingenuidade: desproteção física, emocional ou intelectual proveniente da ignorância, acompanhada ou não por inocência. Candura: ternura, docilidade. Simplicidade: ausência de complexidade ou de qualquer coisa que se entenda por afetado(a).

De acordo com ele, qualquer pessoa só pode ser considerada culpada por cometer um crime após o seu julgamento definitivo, respeitando o devido processo legal (que já explicamos no inciso LIV), observados, portanto, o direito ao contraditório e à ampla defesa (que abordamos no inciso LV) e quando não for mais possível ...

Volta-se a afirmar, o ônus da prova é todo da acusação, consoante o disposto no artigo 41 da Lei Processual Penal.

Obtendo uma declaração de inocência
Esta é uma ordem judicial que declara de modo conclusivo que você não cometeu o crime pelo qual foi condenado. Para iniciar o processo, será necessário escrever uma petição para o tribunal solicitando a declaração.

Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.

O indivíduo que cometer fato típico e ilícito merecerá ser punido de acordo com sua culpabilidade, tal qual positivado no art. 59 de nosso Código Penal. Com isso, a pena não poderá exceder o limite necessário à reprovação pelo delito praticado.

Alcance e significado do princípio constitucional da presunção de inocência. Desde a Revolução Francesa, em 1789, tornou-se expresso, através da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que todo acusado deve ser presumido inocente, até que seja declarado culpado (art. 9º).

Desde a sua positivação na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (FRANÇA, 1789), a presunção de inocência adquiriu contornos e manifestações diferentes, as quais assim podem ser agrupadas: Regra de tratamento, Modelo de Processo Penal e Regra Probatória ou de Juízo.

Diante do erro judiciário, o sentenciado a pena privativa de liberdade ou restritiva de direito tem assegurada a faculdade de ingressar em juízo com uma ação de revisão criminal para desconstituir a decisão que tenha sido proferida em desconformidade com os fatos ou as normas vigentes.

Pode anular
Deve-se anular o julgamento pelo Tribunal do Júri, em juízo rescisório, determinando a realização de outro, quando efetivamente o Conselho de Sentença equivocou-se, adotando tese integralmente incompatível com as provas dos autos.