Quando o preço dos alimentos vão baixar?

Perguntado por: avieira . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Os preços de commodities agrícolas como café, grãos e oleaginosas podem cair no ano que vem, à medida que muitas das principais economias entram em recessão, mas permanecerão altos em termos históricos, disse o Rabobank em um relatório nesta quarta-feira (16).

“Alimentos devem começar a ficar mais barato no segundo semestre de 2022”, diz especilista. Os capixabas poderão sentir diferença na hora de pagar a conta no supermercado. Segundo especialistas, a inflação dos alimentos deve começar a desacelerar no segundo semestre de 2022.

Somando todos os impactos esperados, o IPCA deve subir 6% em 2023. Anteriormente a projeção do Safra era de 5,2%. Os efeitos dos juros altos devem ajudar o IPCA a convergir para apenas 3,3% ao final de 2024.

O consumo dos lares brasileiros deve desacelerar em 2023, segundo previsão divulgada pela Associação Brasileira de Supermercado (Abras). Caso se confirme, isso afetará a produção de alimentos no Brasil.

No Brasil, o último boletim Focus, do Banco Central, um resumo das projeções do mercado para a economia, aponta que o IPCA, a inflação oficial, deve encerrar 2022 a 5,64%. Para este ano de 2023, deve haver uma ligeira queda, e a previsão é de 5,23%.

Insumos e problemas climáticos fizeram produção de alimentos ficar mais cara no Brasil em 2022, diz CNA. A produção de alimentos ficou mais cara no Brasil em 2022 em relação ao ano passado, quando os custos já estavam em alta.

Os preços dos alimentos subiram por aqui em função da valorização de muitos deles nos mercados internacionais. E este impacto da alta nas commodities*, produtos que servem como a matéria-prima para fabricação de terceiros, como é o caso do milho, que serve de insumo para o leite e para carne, e são cotadas em dólar.

O que é inflação
Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação. O IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA, considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC.

O economista da FGV Mauro Rochlin explica que, por mais que não tenha havido deflação nos alimentos, as quedas dos combustíveis e energia influenciaram de alguma forma os preços. Segundo ele, a alta registrada foi bastante modesta comparada ao que normalmente ocorre neste período do ano.

O país deve ter crescido próximo de 3% em 2022, segundo as projeções. Em 2021, a alta do PIB foi de 5%. “A partir de 2024, já retomamos um pouco o crescimento do PIB de forma mais relevante e projetamos algo em torno de 2%”, disse.

Agronegócio é responsável pelo aumento dos preços dos alimentos.

R$ 1.380,60

Com base nessa previsão, o valor do salário mínimo, de acordo com o projeto de Paulo Paim, seria de R$ 1.380,60 em 2023. O valor é 4,5% superior aos R$ 1.320 que serão pagos a partir de maio.

O piso salarial do Brasil deve ser elevado para R$ 1.320 a partir de maio de 2023. A proposta aguarda aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve ser anunciado em 1º de maio (Dia do Trabalho).

Taxa de juros e câmbio
O mercado também projetou alta para a Selic em 2023. Na estimativa divulgada nesta segunda-feira, a taxa básica deve ficar em 12,75% ao ano no fim de 2023, a mesma da semana passada. Para o fim de 2024, a estimativa do mercado para a Selic se manteve estável, ficando em 10% ao ano.