Quando o dinheiro de papel vai acabar?

Perguntado por: aximenes5 . Última atualização: 19 de fevereiro de 2023
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O Projeto de Lei 4068/20 determina a extinção do papel-moeda no País. Pelo texto em tramitação na Câmara dos Deputados, todas as transações financeiras ocorrerão apenas em meio digital. Será permitida a posse de cédulas para fins de registro histórico.

Publicado em 17 de novembro de 2022 às, 16h12. O Real Digital, moeda digital emitida pelo Banco Central, CBDC na sigla em inglês, deverá ser lançado em 2023 em uma versão piloto que deverá durar 18 meses, período previsto para a fase de testes, até ser lançado oficialmente, entre o final de 2024 e começo de 2025.

O real brasileiro vai acabar? Quanto a isso, não há com o que se preocupar. A criação da moeda comum não acabaria com o real. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, garantiu que a moeda oficial brasileira não seria substituída, tampouco o peso argentino.

Quanto vale uma nota de R$ 1 em 2022? As notas de 1 real podem ser encontradas por diversos valores. Mas, isso vai depender do estado de conservação da cédula. Porém, é possível vendê-la por R$ 275 para colecionadores.

A inflação é causada por diferentes fatores, incluindo o aumento da impressão de moeda. Essa relação acontece porque se tem mais dinheiro circulando, mas não há aumento na produção das fábricas, os produtos ficarão mais caros. Isso é chamado de oferta x demanda.

A Receita Federal subiu de 10 mil reais para 10 mil dólares (ou equivalente em outra moeda) o limite para uma pessoa sair do Brasil com dinheiro em espécie, sem a necessidade de avisar o Fisco. Esse valor corresponde a pouco mais de R$ 50 mil no câmbio do dia 25 de janeiro de 2023.

O valor total de cédulas e moedas em circulação no país caiu de R$ 370 bilhões em 2020 para R$ 339 bilhões em 2021. O recuo é o 1º desde a criação do Plano Real, em 1994.

A circulação delas no país se dá de duas maneiras: impressão de cédulas e cunhagem de moeda metálica e operações de crédito através do banco central e outros bancos.

Já micronações não costumam ter uma economia forte o bastante para contar com moeda própria – caso de Palau e Micronésia, que também usam o dólar, Guadalupe (euro) e Tuvalu (dólar australiano). O caso mais emblemático é o do Zimbábue. O país perdeu sua moeda por ter passado por uma das maiores inflações da história.

A partir de março de 2023, notas e moedas de coroa sueca vão sair de circulação. Não deixa de ser uma ironia. Exatos 362 anos depois de se tornar o primeiro país europeu a implementar cédulas, em 1661, a Suécia será o primeiro do mundo a eliminá-las. Todo o sistema monetário e as transações financeiras serão digitais.

Em valores correntes, o PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, totalizou R$ 2,4 trilhões no segundo trimestre de 2022.

O primeiro deles é o aumento na taxa básica de juros que tem sido feito pelo Banco Central (BC) para conter a inflação, esse movimento acaba atraindo dinheiro estrangeiro para o país. Em seguida está a expectativa de alta gradual do juro nos Estados Unidos, outro fator que favorece o real.

Para ele, diante da falta de opção de investimento entre os grandes mercados emergentes e de um sentimento mais positivo no período pós-eleitoral, o câmbio local pode ser favorecido, ao menos no curto prazo. “Para o mercado, o resultado da eleição foi muito bom.

Foram verificados motivos que levaram países desenvolvidos a registrar grande aumento da inflação. Mas, no caso do Brasil, há outros fatores envolvidos. A crise hídrica e os episódios de intensa desvalorização do real fizeram com que o IPCA de novembro de 2021 ficasse no maior patamar desde o final de 2003.

Naquela época, a nota de R$ 100 cobria o valor e ainda restavam R$ 35,21 no bolso do trabalhador. Atualmente, o salário mínimo tem o valor de R$ 1.212.

Após 20 anos, real perde poder de compra, e nota de R$ 100 vale só R$ 22,35 - 18/02/2014 - UOL Economia.

Com isso, a nota de R$ 100, na prática, vale hoje R$ 22,35, segundo cálculos do matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho.

O principal argumento do BC é que essa ampliação da base monetária traria o risco de uma inflação maior.