Quando o Amazonas se separou do Pará?

Perguntado por: dbrito . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, confirmada segundo a Lei n.º 582, de 5 de setembro de 1850, separando-se definitivamente do Pará (ver Gabinete Monte Alegre).

No dia 5 de setembro de 1850 o Imperador D. Pedro II sancionou a Lei n.º 582, aprovada pelo Senado e referendada pelo ministro do Império, Visconde de Monte Alegre, criando a Província do Amazonas.

O nome 'Amazonas' vem da palavra “amassunu”, que quer dizer, na língua indígena, 'ruído de águas, água que retumba'. Foi dado ao rio que banha o Estado, pelo capitão espanhol Francisco Orelhana, em 1541. Pelo Tratado de Tordesilhas, assinado entre Espanha e Portugal em 1494, a região Amazônica pertencia à Espanha.

No ano de 1616 é criada a Capitania do Grão-Pará, pertencente ao Estado Colonial Português do Maranhão. Em 1751, com a expansão para o oeste, cria-se o Estado Colonial Português do Grão-Pará, que além da Capitania do Grão Pará abrigará também a Capitania de São José do Rio Negro (hoje o estado do Amazonas).

de Barcelos

O município de Barcelos, onde fica a comunidade do Caju, foi a primeira capital do estado do Amazonas, até 1758. É o maior município em área do Amazonas, com 122.476 km², mas com população de apenas 24.567 habitantes.

Uma terceira, ainda, traça o surgimento do nome ao nheengatu - dialeto falado por índios, escravos e europeus na Amazônia - com tradução para 'terra que acaba' ou 'ilha'.

No entanto, com a elevação da Comarca à categoria de Província, em 1850, a Cidade da Barra, passou a se chamar em 04 de setembro de 1856, Cidade de Manaus, tornando-se independente do Estado do Grão-Pará.

A região onde atualmente se encontra o estado do Amazonas era parte integrante da Espanha, à época do descobrimento do Brasil pelos portugueses, entretanto foi ocupada e colonizada por Portugal.

Ratanabá: arqueólogo explica por que lenda de 'cidade perdida na Amazônia' não faz sentido. Nos últimos dias, a suposta descoberta de Ratanabá, uma civilização secreta no coração da Amazônia, se espalhou com grande velocidade pelas redes sociais.

Colonização: Amazônia nos séculos 17 e 18. Durante todo o período de colonização na Amazônia (1600 – 1823), os portugueses expulsaram outros europeus (principalmente os espanhóis) da região, construíram fortes, formaram vilas e cidades e converteram uma parte dos indígenas sobreviventes ao cristianismo.

De acordo com esta fonte, entre 1908 e 1910 entraram pelo porto de Belém aproximadamente 13,5 mil estrangeiros, das mais diversas nacionalidades. Destacam-se os portugueses (48,67%), os espanhóis (15,98%), os ingleses (7,18%), os turcos-árabes (4,69%) e os italianos (4,15%).

Pedro Teixeira foi o desbravador da Amazônia. Quatro séculos atrás, esse explorador português conquistou, de canoa, quase metade das terras brasileiras. Após, 375 anos, uma expedição resolveu refazer o caminho desse grande pioneiro.

Em 12 de janeiro de 1616, a cidade de Belém foi fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Lançou os alicerces da cidade no lugar hoje chamado de Forte do Castelo. Ali edificou um forte de paliçada, em quadrilátero feito de taipa de pilão e guarnecido de cestões.

Universidade Federal do Oeste do Pará
Em trabalho publicado no ano de 2015, o pesquisador da USP sustenta que Santarém é a cidade mais antiga do Brasil, com pelo menos mil anos.

“A preocupação de Portugal era que esses franceses que estavam aqui, chegassem a região de Belém, então pra consolidar essa presença portuguesa, foi enviado Francisco Caldeira pra fundar a cidade de Belém”, disse o historiador Rodrigo do Norte.

As regiões metropolitanas de Belém e Manaus, as duas maiores cidades da Amazônia, se aproximam de dois milhões de habitantes, a capital paraense à frente da amazonense. Com seus cinco municípios, a Grande Belém já está com 2 milhões de moradores. Para Manaus atingir essa marca falta pouco mais de 200 mil habitantes.

Manaus

Na atualidade, Manaus é a maior cidade em população do Amazonas e o principal centro urbano do Norte do Brasil.

A área média de seus 62 municípios é de 25.147,73 km², e o maior deles é Barcelos, com 122.476,12 km² e o menor é Iranduba, com 2.214,25 km².

A população do Amazonas é composta por brancos (24,2%), negros (3,1%), pardos ou mestiços (66,9%), indígenas (4,0%) e amarelos (0,3%).

Os Ticuna configuram o mais numeroso povo indígena na Amazônia brasileira. Com uma história marcada pela entrada violenta de seringueiros, pescadores e madeireiros na região do rio Solimões, foi somente nos anos 1990 que os Ticuna lograram o reconhecimento oficial da maioria de suas terras.

Antes de ser Brasil, o país era chamado pelos índios de Pindorama, que na língua nativa significava “região ou país das palmeiras”.