O que acontece quando o advogado mente no processo?

Perguntado por: amendes . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O art. 79 do Código de Processo Civil determina que quem litigar com clara má-fé, independentemente de ser o autor, réu ou interveniente, deverá responder por perdas e danos. No entanto, essa postura negativa não é presumida, ou seja, ela deve ser devidamente comprovada para ser considerada como má-fé.

O Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/94), no art. 32, parágrafo único, dá pela responsabilidade solidária do advogado para responder pela litigância de máfé, seja por sustentar lide temerária, seja por atos processuais praticados nesta condição.

O prazo, aliás, é de dez anos. "A orientação desta Corte é de que, nas ações indenizatórias do mandante contra o mandatário, por se tratar de responsabilidade oriunda de relação contratual, incide a regra geral prevista no artigo 205 do Código Civil de 2002", concluiu o ministro Villas Bôas Cueva.

Procure a OAB da sua cidade. A Ordem da sua cidade é o local mais indicado para fazer a denúncia, isso porque é a que está mais próxima de você e possivelmente do seu advogado também. Apresente as provas à OAB e peça para dar entrada num processo contra o advogado. Aguarde a posição da instituição.

Se o advogado estiver errado, será julgado e punido. Porém, se for absolvido, este poderá entrar com ação judicial contra o representante e pedir indenização por danos morais e materiais.

Perde a Carteira da OAB. Sim, ele deixa de ser advogado. Por fim, o advogado pode receber a penalidade de multa. A pena de multa será cumulativa com a sanção de censura ou suspensão.

O advogado que quebra a confiança do cliente, deixando de lhe repassar valores de seu cliente, comete infração ética profissional, e crime de apropriação indébita, porque fere objetiva e subjetivamente a relação de confiança, causando decepção, desconforto íntimo e transtorno a quem deveria proteger.

São consideradas infrações disciplinares puníveis com exclusão: A não veracidade ou falsidade de informações ao requerer a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral para o exercício da advocacia. Ser autor de crime infamante.

Como é um direito da parte, a troca de advogado é prevista na lei processual e não interfere na discussão que ocorre no processo. É até comum em determinadas ações que precisam de profissional, por exemplo, que acompanhe o processo em Brasília ou que sejam especialistas em determinado tipo de recurso.

A má-fé não se presume, sendo necessária a prova de um comportamento doloso a atrair a condenação. Também não configura má-fé pleitear novas interpretações de regras, pretender sanar lacunas com interpretações analógicas de modo a contribuir para o avanço do direito, sua sistematicidade e constante atualização.

81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

Para isso, colete os argumentos e as provas necessárias, veja o posicionamento dos Tribunais sobre o assunto em questão e inclua no processo o pedido de condenação por litigância de má-fé. Mesmo que o juiz possa declarar a pena de ofício, conforme o artigo 81, a parte também pode fazer esse requerimento.

Esse tipo de atitude está na contramão da boa-fé e pode vir de alguma das partes ou de terceiros intervenientes. Também denominada litigância de má-fé, tal comportamento ilegal possui como característica básica a violação proposital de princípios e regras do direito.

Possibilidade de o advogado indenizar o cliente pelo insucesso da demanda judicial. Tema atualizado em 22/3/2021. A responsabilidade do advogado, no exercício do seu ofício, é subjetiva e depende de comprovação do dano, da culpa e do nexo de causalidade entre ambos.

O dano moral é a violação da honra ou imagem de alguém. Resulta de ofensa aos direitos da personalidade (intimidade, privacidade, honra e imagem). O dano estético configura-se por lesão à saúde ou integridade física de alguém, que resulte em constrangimento.

Advogado que não dá informações ao cliente deve indenizar. Considerando que o advogado deve esclarecer seu cliente sobre os limites de sua atuação, faltar com esse dever caracteriza ato ilícito, passível de indenização.

Quanto custa os honorários de advogados por causa
No entanto, esse valor costuma estar entre 20% e 30% do valor da causa, a depender do acordo que houver entre advogado e cliente.

Regra geral, que comporta exceções descritas em lei, “Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (…)” (CPC, art. 85, § 2º).

O telefone da Defensoria é 0800-773-4340.