Quando não usar a ênclise?

Perguntado por: apereira . Última atualização: 30 de maio de 2023
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Quando não usar a ênclise? Resposta: quando ocorrer na frase uma palavra que atraia o pronome para antes do verbo (ou seja, basicamente, com as regras já apresentadas sobre a próclise). Com palavras negativas: “Nunca me falaram sobre isso.” Com conjunções subordinativas: “Conforme lhe disse, não estou interessado.”

Lembrando que a Ênclise somente é usada quando o uso da Próclise ou da Mesóclise não são possíveis: Quando o verbo inicia a oração. Exemplo: Fez-me um favor. Só isso!

Em próclise: pronome colocado antes do verbo; Em ênclise: pronome colocado depois do verbo; Em mesóclise: pronome colocado no meio do verbo.

A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal.

Quando há um pronome relativo (que, quem, cujo, onde, etc.), pronome demonstrativo (aquele, isto, esse, etc.) ou pronome indefinido (alguém, nenhum, ninguém, nada, etc.)

Em português os pronomes em posição enclítica juntam-se ao verbo através de um hífen (em castelhano, por exemplo, "colam-se" ao verbo sem hífen: <dámelos>), subordinando-se assim à estrutura silábica do verbo. São exemplos de ênclise os seguintes casos: i) O Pedro ofereceu-lho ontem.

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Assim, há apenas uma regra para a obrigatoriedade da colocação em mesóclise: Quando, no início da oração, o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Por exemplo: Apresentar-se-á no próximo capítulo a conclusão.

Eis os casos em que a próclise deve ocorrer: Em orações que contenham uma palavra ou expressão de valor negativo (não, nunca, nada, ninguém ). Exemplos: “Ninguém se apaixona de propósito.” “Não nos iludamos com as promessas do governo.” “Jurema nunca lhe contou a verdade.” “Papai nada me disse sobre esse assunto.”

1. Usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais em que o verbo principal esteja no infinitivo ou no gerúndio: Devo-lhe explicar o que se passou. (ênclise depois do verbo auxiliar, “devo”) Devo explicar-te o que se passou. (ênclise depois do verbo principal, “explicar”)

Em frases negativas (com advérbios ou pronomes de valor negativo como não, nunca, jamais, nada): «Não se recomenda a substituição», «Ele nunca se feriu», «Eles não se casaram». Em frases interrogativas iniciadas por pronomes ou advérbios interrogativos (quem?, porque?): «Quem se feriu?», «Onde se casaram eles?»

Quando há verbo no infinitivo pessoal regido de preposição, exceto “a”, a colocação pronominal é facultativa, podendo ocorrer tanto ênclise quanto próclise, como nos exemplos: Estava para lhe dizer a verdade. (próclise) Estava para dizer-lhe a verdade.

A colocação correta desses pronomes em relação ao verbo faz parte da tríade denominada próclise (o pronome vem antes do verbo), mesóclise (vem no meio) e ênclise (vem depois do verbo).

A próclise ocorre quando o pronome aparece antes do verbo e sem nenhum sinal que ligue as duas palavras. Em geral, esse uso se justifica porque alguma palavra que aparece antes do verbo atrai o pronome oblíquo para perto dela, "puxando-o" para trás do verbo.

Segundo o padrão de nossa língua escrita, nunca se inicia frase com os pronomes pessoais: me, te, se, lhe(s), o(s), a(s), nos e vos. A frase deve ser começada pelo verbo, com o pronome em ênclise (depois do verbo): Enviei-lhe um recado por e-mail. Diga-me sempre a verdade.

Sua colocação pronominal ocorre com o uso do pronome oblíquo átono depois do verbo. Atenção: não se deve iniciar orações com pronomes oblíquos átonos.

Está-se ou estasse? ; A forma correta de escrita é está-se ; Está-se ; Na sua variante reduzida e informal temos tá-se ; Obs: se ; Obs: notar que “ ... A forma [está-se]pode ser [segunda pessoa singular do imperativo de estarestar] ou [terceira pessoa singular do presente do indicativo de estarestar] .

Regra: no registro formal, não se deve jamais iniciar uma oração com um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, os, as, lhes, nos e vos). Exemplos: “Falei-lhe sobre o tema”, “Mostrou-me o livro”, “Desculpe-me o atrevimento”, “Fi-lo porque o quis”.

A partícula “que”, como já se disse, é um fator de atração do pronome átono. Há, entretanto, uma situação em que prevalece a ênclise (pronome depois do verbo) mesmo na presença do “que”. É o caso das interrogações com verbo no infinitivo impessoal (não flexionado). Assim: “Que dizer-lhe depois de tudo aquilo?”.

Em regra, não é permitido próclise após a virgula (mas atenção com partícula atrativa que exista anteriormente) Em regra, não é permitido próclise após vírgula, todavia nesse caso ele é antecedido por pronome relativo: “que”. Linhas 28 e 29: “garantir o efetivo caráter público de que, em princípio, se revestem”.