Quando calcular o pCO2 esperado?

Perguntado por: iximenes . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Para avaliarmos essa resposta compensatória, calculamos o valor da pCO2 através da fórmula de Winter: pCO2 esperada = 1,5 x [HCO3] + 8 ± 2. Se a pCO2 estiver dentro da faixa esperada significa que está ocorrendo compensação, dessa forma, temos uma acidose metabólica COMPENSADA.

Entretanto, quando o pCO2 aumenta, o pH diminui, tornando o meio ácido e isso interfere diretamente no equilíbrio químico! O equilíbrio químico é formado pelas partes metabólicas (exercidas pelos rins) e pela parte respiratória (exercida pelos pulmões). Sendo assim, se um lado estiver alterado, o outro também estará.

A alcalose é uma excessiva alcalinidade sanguínea provocada por um excesso de bicarbonato no sangue ou pela perda de ácido no sangue (alcalose metabólica) ou por um baixo nível de dióxido de carbono no sangue decorrente de respiração rápida ou profunda (alcalose respiratória).

Caso o objetivo seja ELIMINAR (LAVAR) CO2, deve-se ajustar os parâmetros de modo a elevar o volume minuto (VE), que é obtido pelo produto da FR pelo volume corrente (VC). Quanto maior a mobilização de ar por minuto, mais intensa será a eliminação de CO2.

Se a pCO2 estiver acima de 45 mmHg, existe retenção de CO2 no organismo, puxando o pH para baixo, nos mostrando a acidose respiratória.

Quais as causas de alteração na gasometria? Como visto anteriormente, existem quatro tipos de alterações que podem ser visualizadas na gasometria. São elas: acidose metabólica, alcalose metabólica, acidose respiratória e alcalose respiratória.

Não há um tratamento específico para a alcalose respiratória por si só. O que devemos realmente fazer é tratar a doença que está gerando a alcalose respiratória no paciente! Por exemplo: se o paciente tiver uma embolia pulmonar, devemos dar suporte ventilatório e anticoagulação plena, se não apresentar contraindicação.

As causas comuns de PCO2 baixa são: alcalose respiratória primária, asma, insuficiência cardíaca e pneumonia e para PCO2 elevada são: acidose, respiratória primária, doença pulmonar crônica e depressão do SNC. também é chamado de acidemia.

Valores normais: pH: 7.32-7.42; pCO2: 41-51 mmHg; pO2: 25-40 mmHg; Bicarbonato (HCO3): 24-25 meq/L.

quando se aumenta a PCO2 no sangue arterial, haverá uma alcalose respiratória. PO2 de 81 mmHg pode ser classificado como uma hipoxemia leve. uma acidose metabólica parcialmente compensada a PCO2 estará dentro da normalidade.

A razão PaO2/ FiO2 é utilizada para determinar o índice de oxigenação do paciente, também chamado de índice de capacidade pulmonar de oxigenação.

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO RESPIRATORIO
O desempenho respiratório é avaliado com base na análise da frequência respiratória (FR), esforço respiratório, entrada de ar, sons respiratórios e oximetria de pulso.

A hipoxemia pode ser de difícil reconhecimento clínico mas pode ser diagnosticada medindo-se a pressão parcial de oxi- gênio no sangue arterial (PaO2) e/ou a saturação de oxigênio no sangue arterial (SaO2), calculando-se o CaO2.

A retenção de CO2 é uma das conseqüências do uso de baixos VC. Para evitá-la pode-se tentar elevar a freqüência respiratória até o limite de 35 ipm, desde que não haja auto-PEEP. Caso essa estratégia não resulte em redução do CO2, a hipercapnia deve ser tolerada exceto nas situações descritas abaixo.

pCO2, ou PaCO2, corresponde a pressão parcial de CO2 (gás carbônico) no sangue arterial e exprime a eficácia da ventilação alveolar, dada a grande difusibilidade deste gás.