Quando a trema parou de ser usada?

Perguntado por: iqueiroz . Última atualização: 1 de junho de 2023
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Desde 2009, o trema não existe mais. Se você ainda está usando o acento, está na hora de se atualizar. A partir deste ano, o Novo Acordo Ortográfico passa a ser obrigatório no Brasil. Por isso, além de linguiça, palavras como “tranquilo” e “aguenta” também são escritas sem o trema.

Todas sem trema: aguentar, arguir, arguição, averiguemos, apaziguemos, bilíngue, cinquenta, consequência, consequente, delinquência, delinquente, deságue, enxágue, frequência, frequente, linguiça, pinguim, quinquagésimo, quinquênio, quinquenal, sagui, sequência, sequestro, tranquilo.

- Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. - Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. - O (i) ou (u) tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos também continuarão acentuados.

Segundo as regras de acentuação do novo acordo ortográfico, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos ee nas palavras paroxítonas. Palavras com êe antes do acordo: eles dêem, eles crêem, eles lêem, eles vêem, …

Em contrapartida, os ditongos abertos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados. Exemplos: boia, estreia, heroico, ideia, jiboia, paranoia, plateia, etc.

29 de setembro de 2008

Em 29 de setembro de 2008, o Acordo Ortográfico de 1990 - e todas mudanças implementadas, dentre elas a abolição do trema - foi posto em vigor através do Decreto 6.583/2008, com a implementação de um prazo de transição de quatro anos, entre 1 de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2012.

O acento circunflexo foi retirado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas verbais leem, creem, veem e em substantivos como enjoo e voo. Já o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes "éi" e "ói”) nas palavras paroxítonas, dando nova grafia a palavras como colmeia e jiboia.

A mais nova reforma ortográfica entrou em vigor em 1º. de janeiro de 2009, pondo em prática as regras estabelecidas pelo o decreto de nº 6.583, publicado em 29 de setembro de 2008, que promulgou no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

O Acordo Ortográfico de 1990 valoriza o critério fonético (ou da pronúncia), com certo detrimento do critério etimológico. É o critério da pronúncia que dita a supressão gráfica das consoantes mudas, ainda mantidas fora do Brasil, essencialmente por razões etimológicas.

O novo Acordo Ortográfico não é tão novo assim. A proposta existe desde 1990, mas foi adotada em território brasileiro apenas em 2009. Houve um período de adaptação de alguns anos até que, em 2016, as regras antigas fossem oficialmente desconsideradas, passando a valer apenas as regras dispostas no Novo Acordo.

O Novo Acordo Ortográfico passou a ser obrigatório em janeiro de 2016. Assinado em 1990, o Acordo Ortográfico visa à padronização da ortografia da língua portuguesa.

Com isso, as palavras que levam o trema ficam assim: aguentar, ambiguidade, bilíngue, cinquenta, consequência, delinquente, equino, frequência, linguiça, linguística, pinguim, sequestro, tranquilo, etc. A única exceção do uso do trema será para os nomes próprios estrangeiros e seus derivados, como Hübner, Müller, etc.

Palavras compostas ligadas por preposição perderam o hífen: mão de obra, lua de mel, dia a dia, boca de urna, pé de moleque, pão de ló, queda de braço, cara de pau, olho de sogra, brigadeiro do ar, camisa de força, maria vai com as outras, passo a passo, faz de conta, calcanhar de aquiles.

Pela mesma regra, palavras como anti-inflamatório, micro-ônibus, micro-organismo, que antes do Acordo Ortográfico não levavam hífen, atualmente devem ser hifenizadas.

Diferença de coco, côco e cocô
“Cocô” é uma palavra oxítona (a última sílaba é a que tem pronúncia mais forte) terminada em O, motivo pelo qual a palavra é acentuada. É o mesmo caso de “cipó”, “ofurô” e “forró”. Já “coco“, sem acento gráfico, corresponde ao fruto e é uma paroxítona terminada em O.