Quando a pessoa está sedada e entubada ela escuta?

Perguntado por: anascimento . Última atualização: 24 de abril de 2023
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Portanto, há casos em que o paciente pode escutar, sim, as vozes dos familiares. A grande questão é saber se o paciente entende o que lhe dizem. Em casos de sedação ou coma superficial é bem provável que o paciente seja capaz de compreender algumas coisas e reconhecer a voz da família.

A intubação com paciente acordado (IPA) consiste na introdução do tubo orotraqueal com o paciente acordado, colaborativo e em ventilação espontânea, sendo realizado por videolaringoscopia ou broncoscopia. É considerada a técnica padrão-ouro em adultos para casos de via aérea difícil previamente reconhecida.

"Quando se retira pouco a pouco a sedação e a pressão volta ao normal, o paciente sai do coma induzido, voltando ao seu estado clínico base. Pode acontecer de ele continuar em coma, ou acordar progressivamente", explica o médico. Ao sair do coma, os pacientes continuam sendo acompanhados com atenção pelos médicos.

Estudos científicos apontam que pacientes em coma induzido, devido à intubação, ao ouvirem gravações de familiares, apresentam recuperação mais rápida. Mesmo sedados, eles podem produzir respostas fisiológicas, como alterações na respiração e expressões faciais.

Fala também pode acontecer na traqueostomia definitiva
Nos casos em que não é possível reverter a traqueostomia e o paciente conviverá com a cânula por tempo indeterminado, também é possível voltar a falar. O procedimento é definitivo em casos de câncer de laringe tratado de forma cirúrgica.

Assim como qualquer anestesia, a sedação pode resultar em uma reação adversa ao paciente. Podem provocar náuseas, vômitos, labilidade emocional e reações paradoxais como inquietação, agitação e delírio. São raros os casos de alergia medicamentosa.

Entre os pacientes que receberam sedativos, a maioria (88,4%) permaneceu sedado por um período maior que 2 dias, com um tempo médio de 5,5 dias, com sedação por infusão contínua (67,2%) de doses combinadas de midazolam e fentanil.

A intubação orotraqueal causa agravo à via aérea na maioria dos enfermos, levando a edema laríngeo, ulcerações e detrimentos nas cordas vocais. Isso sucede pela passagem/impacto do tubo orotraqueal no momento da intubação. A presença de danos nas vias respiratórias produzidos por intubação orotraqueal varia até 8%.

Sendo assim, é possível que mesmo um paciente que já se encontre em coma, necessite sedação profunda. Após retirada da sedação alguns pacientes acordam após algumas horas, outros demoram vários dias.

A traqueostomia permite a transferência dos pacientes da UTI para unidades de menor complexidade, sendo possível até a alta hospitalar com suporte ventilatório domiciliar.

Por isso, podemos dizer que o efeito de um sedativo pode ser de 10 a 80 horas.

Retirar durante pelo menos uma hora por dia a sedação do paciente que está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) reduz os casos de infecção e pneumonia. Consequentemente, a técnica – chamada de despertar diário – é capaz de diminuir tanto o tempo de internação do doente quanto o risco de morte.

Diversos recursos podem ser usados na comunicação não verbal, tais como lousa mágica, cartões ilustrativos ou com figuras, com as letras do alfabeto ou indicações das principais necessidades ou solicitações do paciente.

Essa agitação é natural e acontece de forma mecânica. Rodrigo Mussi foi e segue sedado e intubado para que o corpo pudesse resistir aos processos cirúrgicos, cateteres intracranianos e à intubação.

A recuperação de uma pessoa no estado de coma varia conforme a gravidade da lesão sofrida. Alguns casos não duram mais do que duas a quatro semanas, outros são irreversíveis. Alguns pacientes, quando saem do coma, entram no chamado estado vegetativo.

Por fim, a Intubação tida como difícil é: “Impossibilidade de visualizar qualquer porção das cordas vocais com laringoscopia convencional. A intubação necessita de mais de uma tentativa, mudança de lâmina, uso de adjunto para auxiliar a laringoscopia ou uso de equipamentos alternativos.”

Geralmente, entre o coma e o próximo estágio leva-se cerca de um mês. Existem casos em que a pessoa permanece no estágio vegetativo persistente por meses ou até anos.

Nestes casos específicos, Bruna recomenda algumas ações que podem diminuir os efeitos da fadiga vocal:

  1. Falar mais devagar.
  2. Articular bem as palavras (mexer mais a boca para falar)
  3. Evitar falar em lugares barulhentos.
  4. Aumentar a hidratação (beber mais água ao longo do dia)