Quando a dor do lado direito da barriga é preocupante?

Perguntado por: aandrade2 . Última atualização: 8 de maio de 2023
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Quando a dor do lado direito da barriga e perto da virilha começa e rapidamente se intensifica, acompanhado da interrupção do intestino levando o paciente a parar de evacuar ou soltar gases e inicia um quadro de febre, esses são sinais para procurar ajuda em um atendimento de emergência.

Os sinais da apendicite podem ser confundidos com outras doenças, como pedra nos rins, e outras enfermidades, principalmente nas mulheres, como cisto no ovário e infecção urinária. Às vezes a dor inicia perto do estômago e a pessoa pode achar que está com algum problema gástrico.

Os sintomas que exigem atenção médica imediata incluem febre alta, perda de apetite ou peso, dor que desperta a pessoa, sangue nas fezes ou na urina, icterícia, náusea e vômitos graves, dificuldade em engolir e inchaço das pernas e/ou do abdômen.

O exame físico (a palpação) indica as chances de apendicite. Se quando aperta a região dói, e quando solta dói mais ainda, as chances são bem grandes. Outros exames que ajudam são os de imagem, como ultrassom e tomografia. Apendicite pode acontecer em qualquer idade, mas é mais comum no adulto jovem e nos homens.

A evolução da apendicite pode ocorrer em 72 horas, quando o problema já alcançou um estágio avançado e a infecção se tornou mais grave, podendo levar o indivíduo a uma perfuração ou formação de bloqueio. Para evitar que isso aconteça, é importante estar atento a alguns sinais que podem indicar apendicite.

Dor abdominal do lado direito
Depois, essa dor se torna mais intensa e contínua, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos. Qualquer movimento, como mexer as pernas ou o abdômen para tossir ou espirrar, costuma agravar a dor. A dor abdominal do lado direito é o sinal mais característico.

Sobre a apendicite e quando procurar um médico
A apendicite geralmente começa com uma dor ao redor do umbigo, que em poucas horas se espalha por todo o lado inferior direito do abdome, se tornando aguda e constante. Pressionar esta área, tossir ou andar pode piorar essa dor.

Gases causam dor nas costas, já que quando estão presentes em excesso, se alojam por toda a cavidade abdominal, causando inchaço e comprimindo outros órgãos na região. Além disso, também causam cólicas no órgão, que são sentidas nas costas.

A dor dura mais de algumas horas
Se a dor durar mais de cinco ou seis horas, vale a pena consultar um profissional de saúde para descartar apendicite. Em caso de enjoo, vômito ou febre, vá ao pronto-socorro. Em caso apenas de dor, ligar para um médico da família é um bom primeiro passo.

Conforme explica a Dra. Vanessa Prado: “pode gerar febre, inapetência, fraqueza, sangramento e até perfuração intestinal.

No hemograma, a alteração mais comum é o nível de leucocitose moderado, até 18.000/mm³, com desvio à esquerda. Se a taxa de leucocitose estiver acima de 20.000/mm³, frequentemente associa-se esta à ruptura do apêndice. No início do quadro, o hemograma pode estar dentro dos padrões normais.

Quando o desconforto é sentido na parte inferior direita, o “pé da barriga”, e mais perto da virilha é possível que tenha ligação com o intestino, apêndice ou útero. Essa região do organismo é identificada como fossa ilíaca direita, fica abaixo da linha do umbigo e mais próxima do quadril.

No abdome, o fígado do fica do lado direito, na parte superior do abdome, logo abaixo do diafragma. No lado esquerdo, está o estômago, que se liga ao intestino delgado.

Sinal de Rovsing: Dor no quadrante inferior direito ao realizar a palpação do quadrante inferior esquerdo do abdome. Pode indicar apendicite aguda. Sinal de Dunphy: Dor à percussão do ponto de McBurney ou dor ao tossir. Pode ser indicativo de apendicite.

A apendicite é causada por diversos fatores, que incluem prisão de ventre, excesso de comida, má dieta e alimentos com baixo teor em fibra. A constante fermentação e digestão destes alimentos pode resultar em apendicite. Se o apêndice se rompe, a infecção se derrama na cavidade abdominal, causando peritonite.

A classificação é dividida em fases (0 – 4). A fase 0 representa o apêndice normal, I condiz a um apêndice hiperemiado e edemaciado, II confere ao apêndice dotado de exsudato fibrinoso, III apêndice com abscesso e necrose e IV em um estado de apendicite perfurada.