Qual teste faz pra saber se tem autismo?

Perguntado por: ucrespo . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Não existe um exame que possa determinar que a pessoa está no espectro do autismo. Ao contrário disso, o diagnóstico é clínico e feito de maneira observacional, com apoio de uma equipe multidisciplinar e de profissionais da neuropediatria ou psiquiatria infantil.

No geral, uma criança com transtorno do espectro autista pode apresentar os seguintes sinais: Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos.

Considerado 'grau mais leve', o chamado Autismo de suporte nível 1 tem algumas características específicas como: contato visual não consistente; dificuldades na flexibilização de regras, preferindo a manutenção de padrões; problemas na interação com as pessoas, entender piadas, ironias ou sarcasmo; e podem ter ...

O diagnóstico do autismo costuma ser durante os 2 ou 3 anos de idade. Pois é durante esta fase que a criança começa a desenvolver mais interação com o mundo ao seu redor. Ainda assim, é preciso manter um olhar atento a algumas características do autismo que podem ter passado durante os seus primeiros anos de vida.

Outro transtorno que parece autismo, mas não é: a hiperatividade.
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Hiperatividade

  • Dificuldade em se concentrar;
  • Dificuldade no aprendizado;
  • Inquietação;
  • Movimentação contínua dos pés e mãos;
  • Dificuldade para permanecer sentado e/ou no lugar;
  • Fala excessiva.

As diferenças entre TDAH e autismo se relacionam ao campo de dificuldade, enquanto crianças com TDAH têm em geral maior dificuldade no controle inibitório, crianças com TEA apresentam maior dificuldade na flexibilidade cognitiva e planejamento.

Essas crises nervosas são acompanhadas de sintomas, como gritos, choros, enjoos, tremores, mal-estar ou comportamento autoagressivo. Muito diferente de uma birra, que é uma estratégia para conseguir algo que deseja.

Pessoas diagnosticadas com o Nível 1 apresentam menos interesse ou dificuldade em iniciar interações sociais, respostas atípicas ou não sucedidas para abertura social, falência na conversação e tentativas de fazer amigos de forma estranha e mal sucedida.

Outras condições que podem ser confundidas com autismo. Atrasos na fala, problemas auditivos ou outros atrasos no desenvolvimento, como dificuldades de linguagem, fala ou audição podem ser confundidos com autismo.

Apesar de ainda não existir uma forma de diagnosticar o TEA em adultos, o paciente pode ser analisado por neurologistas, psicólogos e psiquiatras com especialidade no assunto. A avaliação também pode incluir conversas com pessoas próximas, como amigos e familiares, para conhecer mais sobre o histórico do indivíduo.

O que é crise (no autismo)?
Diferentemente da birra, a crise não é proposital e muito menos uma estratégia para se conseguir algo; mas a resposta de um limite que fora extrapolado; de uma irritação extrema.

O que deve constar no laudo diagnóstico de autismo? De acordo com o neurologista Dr. Marcelo Masruha, o laudo deve conter “o diagnóstico (incluindo, se for possível, o grau de comprometimento ), o CID e, quando necessário, as indicações para as terapias.”

A capacidade interpretativa dos portadores de TDAH, geralmente, é maior do que o poder de interpretação do autista. Semelhantemente, costumam ser mais impulsivos e agitados do que quem tem TEA. Pessoas com TDAH conseguem lidar melhor com situações de interação social, embora sejam fortemente desatentas e hiperativas.

Veja também: Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Hoje, os especialistas consideram que a contribuição dos fatores genéticos esteja ao redor de 90%, sobrando para o ambiente apenas 10% da responsabilidade. Autismo é o distúrbio de neurodesenvolvimento em que a herança genética desempenha papel mais importante.

Como dito, o pediatra inicia o diagnóstico, mas encaminha a criança a um especialista para que o autismo seja diagnosticado de fato. Isso porque na infância, o diagnóstico é realizado por um psiquiatra infantil ou neurologista pediátrico.

Autismo afeta o desenvolvimento de crianças em três áreas: comunicação, socialização e comportamento.