Qual seria o valor de um escravo no Brasil?

Perguntado por: lbarreto . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Quarenta e seis centavos de real: este é o preço de uma pessoa escravizada no Brasil, proporcionalmente.

Após a proibição do tráfico em 1850, o preço médio dos escravos saltou de cerca de 630$000 para 1350$000 em 1854. A partir deste ano, a taxa de aumento do preço é mais baixa e mais ou menos estável até 1877, onde encontramos o ponto mais alto da série.

Por outro lado, vários estudiosos da Bíblia apontam como referência o livro do Êxodo, onde 30 moedas de prata eram o equivalente ao preço de um escravo. De acordo com o Freedom Project da CNN, site dedicado ao fim da escravidão moderna, “no valores de 2009, o preço médio de um escravo seria o equivalente a 90 dólares”.

Em 1700, um negro adulto (de 14 a 45 anos) custava cerca de 100 mil-réis. Mas o valor variou conforme a demanda nos vários setores, em especial açúcar, algodão e café.

Nessa época, 1 saca de café era comprada por 12 mil-réis e um escravo comum era cotado a 350 mil-réis.

Os homens eram sapateiros, barbeiros, carregadores. Nas cidades, também eram mais comuns os chamados "escravos de ganho" - quando as pessoas escravizadas prestavam serviços para terceiros, sendo obrigadas a entregar o dinheiro para seus proprietários, ficando apenas com uma pequena parte.

25 anos

No que se refere à mortalidade geral de escravos, com base na média de idade de falecimento obtida por meio dos registros de óbitos, concluímos que a expectativa de vida de um escravo, na Freguesia de Lamim, era de 25 anos, um pouco maior que a encontrada por Schwartz, que girava em torno de 19 anos.

No Brasil, durante a vigência da escravidão, a expectativa de vida dessa população era cinco a 10 anos menor do que a de negros norte-americanos, por exemplo, que viviam, em média, 33 anos.

Geralmente, os preços dos escravos eram altos. O valor variava de acordo com as condições físicas e de saúde de cada um, idade e sexo. Quando os escravos eram comprados no mercado, eles acompanhavam seus donos até a localidade que iriam trabalhar (nos engenhos, nas minas, nas casas).

O tráfico negreiro foi extremamente lucrativo para a Coroa, pois os escravos eram uma das “mercadorias” mais caras que a metrópole vendia para as colônias. Assim, os traficantes portugueses enriqueciam e o lucro permanecia em Portugal.

Com isso, enquanto um escravo africano custava 20 mil réis, o índio valia 7 mil, entre 1572 e 1574. Crianças também eram vendidas.

Entre as descobertas, há detalhes sobre a negociação da venda de um escravo. Sempre que eles queriam expressar a ideia de que algo não tinha valor, diziam que “era considerado um valor de apenas 30 siclos".

Jesus respondeu- lhes: em verdade, em verdade eu vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo [doulos] do pecado (João 8: 31-35).

então aí ficaria 1 pouco mais de 3.130reais. as 30 moedas de prata. 3.000 cento e trinta reais. esse seria o valor convertido para os dias de hoje.

Entre 1856 e 1862, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1 escravo. Em 1860, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1kg de Ouro.

Os portugueses possuíam uma série de feitorias na costa africana e nela compravam africanos para enviá-los como escravos para trabalharem nos engenhos instalados nas ilhas atlânticas.

Escravidão. ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.

Depois da independência, o tráfico intensificou-se e o Brasil transformou-se no país que mais recebeu africanos escravizados no mundo.