Qual seria o preço de um escravo hoje?

Perguntado por: egois . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Quarenta e seis centavos de real: este é o preço de uma pessoa escravizada no Brasil, proporcionalmente.

Após a proibição do tráfico em 1850, o preço médio dos escravos saltou de cerca de 630$000 para 1350$000 em 1854. A partir deste ano, a taxa de aumento do preço é mais baixa e mais ou menos estável até 1877, onde encontramos o ponto mais alto da série.

Entre 1856 e 1862, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1 escravo. Em 1860, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1kg de Ouro.

Um escravo de origem africana, do sexo masculino, com essas mesmas características etárias, era orçado em 110$000 réis e do sexo feminino em 85$000 réis. No conjunto da capitania, naquele ano, um escravo valia, em média, 82$000 se fosse homem e 67$000 se fosse mulher (BERGAD, 2004, p. 357).

então aí ficaria 1 pouco mais de 3.130reais. as 30 moedas de prata. 3.000 cento e trinta reais. esse seria o valor convertido para os dias de hoje.

Depois que o Brasil conquistou a sua independência, em 1822, o tráfico de africanos foi intensificado até a sua proibição definitiva, e, durante todo o período de existência desse negócio, o Brasil foi o país que mais recebeu africanos para a escravização no mundo.

Ainda assim, não era nada fácil que esses trabalhos rendessem o suficiente para comprar a alforria. Em geral, no final do século 19, o preço da liberdade variava de 200 mil réis a 2 contos de réis (equivalente a 2 milhões de réis).

Os escravos, mestiços, forros, libertos circulavam fornecendo serviços, e podiam ser alugados. Os acordos com os senhores também eram flexíveis: havia escravos que recebiam somente comida e roupa, outros, “escravos de ganho”, repassavam ao senhor uma porcentagem dos pagamentos feitos pelos seus clientes.

INTRODUÇÃO DO ESCRAVO NEGRO NA COLÔNIA
Na Bahia, por exemplo, entre 1572 e 1575, um escravo de origem Tupi custava cerca de 7 mil réis enquanto um escravo africano custava 20 mil réis para o comprador e, mesmo com esta disparidade de valores, o tráfico negreiro ainda era mais lucrativo.

No que se refere à mortalidade geral de escravos, com base na média de idade de falecimento obtida por meio dos registros de óbitos, concluímos que a expectativa de vida de um escravo, na Freguesia de Lamim, era de 25 anos, um pouco maior que a encontrada por Schwartz, que girava em torno de 19 anos.

O lucro econômico foi para os senhores da guerra africanos. Os perdedores na guerra sempre foram escravizados. Os demandantes também são culpados, é claro, ao encorajar os senhores da guerra a fazê-lo. Mas os senhores da guerra, não os europeus, obtiveram o lucro econômico”.

Os africanos, por sua vez, chegavam debilitados e doentes depois de cruzar o Atlântico em porões de navios, em viagens com cerca de três meses de duração, e eram considerados “mais fáceis de domesticar”. Com isso, enquanto um escravo africano custava 20 mil réis, o índio valia 7 mil, entre 1572 e 1574.

Em 1455 os portugueses construíram sua primeira feitoria na África: o forte de Arguim (na região da Senegâmbia, atualmente Mauritânia). Para manter essa feitoria, os portugueses passaram a utilizar escravos africanos e a comercializá-los.

O regime de escravidão no Brasil impunha ao africano (e ao indígena também) um regime de trabalho exaustivo e desumano. Além disso, os escravos eram mantidos em condições precárias, muitas vezes mal alimentados e vítimas dos mais variados tipos de violência.

Os portugueses compravam os escravos em suas feitorias instaladas no litoral da África. Os escravos eram obtidos como prisioneiros de guerra vendidos por determinados reinos ou eram prisioneiros emboscados pelos traficantes.

As principais observações que os compradores queriam verificar nas “peças” eram a rigidez dos músculos (por isso apalpavam os escravos). Olhavam também os dentes, os olhos, os ouvidos e solicitavam que os escravos saltassem e girassem para constatar suas condições de saúde.

Eram negros capturados nas guerras tribais e negociados com os traficantes em troca de produtos como a aguardente,fumo e outros. O tráfico de escravos não era exclusividade dos portugueses, pois ingleses, holandeses, espanhóis e até norte-americanos se beneficiavam desse comércio, que era altamente lucrativo.