Qual será o futuro da Amazônia?

Perguntado por: djesus . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Para o pesquisador, o futuro da Amazônia perpassa a utilização econômica e sustentável da floresta. “Manter a floresta em pé pode ajudar todo o nosso planeta. Assim, a preservação ambiental e a conservação da biodiversidade serão sempre temas prioritários assim como agora o é também a temática da bioeconomia.

Florestas do futuro terão árvores menores e absorverão menos carbono, sugere estudo.

A Amazônia teve 167 km² desmatados em janeiro de 2023, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Sistema DETER, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O número representa uma queda de 61% em relação a janeiro de 2022 –quando foi registrada uma área desmatada de 430 km² no bioma.

Compromisso com o futuro
A floresta garante as chuvas para boa parte da América do Sul e tem papel central no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas. Abriga imensa biodiversidade, com milhares de espécies de plantas e animais, algumas ainda desconhecidas ou pouco estudadas.

Floresta leva umidade para toda a América do Sul, influencia regime de chuvas na região, contribui para estabilizar o clima global e ainda tem a maior biodiversidade do planeta.

Conheça quatro ações que podem ajudar a salvar a Amazônia.

  1. Consumo consciente.
  2. Fortaleça as redes de apoio.
  3. Aprenda com os povos da floresta.
  4. Incentive o reflorestamento.

A região Amazônica, detentora do maior estoque de recursos estratégicos – água, minerais, biodiversidade – do planeta, passa a constituir o espaço vital do século xxi.

O Brasil mede oficialmente o desmatamento anual de agosto a julho, para limitar a influência da cobertura de nuvens que obscurece as imagens de satélite durante os meses chuvosos. Nos primeiros oito meses desse período, de agosto de 2022 a março de 2023, o desmatamento aumentou 39% ano a ano.

As florestas tropicais têm um futuro incerto diante das mudanças climáticas, mas uma nova pesquisa publicada na Revista Science sugere que elas podem continuar a armazenar grandes quantidades de carbono mesmo em um mundo mais quente.

Localizada na Austrália e com área de 965 mil quilômetros quadrados, a Floresta Daintree é considerada a floresta tropical mais antiga do mundo, com mais de 135 milhões de anos.

Os alertas de desmatamento acumulados nos quatro primeiros meses de 2023 na Amazônia atingiram 1.132 km², uma área 38% menor em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Sistema DETER, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Mesmo com a redução significativa, o acumulado de janeiro a maio de 2023 foi o quarto maior desde 2008, superado apenas pelos anos da era Bolsonaro: 2020, 2021 e 2022. Entre janeiro e maio, a floresta amazônica perdeu 1,5 mil km² de vegetação nativa, área equivalente à cidade de São Paulo (SP).

Após cinco anos consecutivos de alta, a área sob alerta de desmatamento na Amazônia teve queda de 33% no primeiro semestre de 2023, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Sabe-se que, em um só hectare da floresta, existem cerca de 500 espécies de plantas e vivem 50 mil de animais e microorganismos diferentes. Isso é um campo vasto e fértil para a pesquisa científica e também para a cobiça.

“Na própria Amazônia, haveria uma crise hídrica da água, o colapso da produção de agrícola e pesqueira, tornando a vida da população essencialmente inviável. Isso aumentaria enormemente as taxas de mortalidade e movimentos migratórios”, explica Mariana Vale.

Estima-se que o setor de base florestal, que atua basicamente em seis cadeiras produtivas, seja responsável por 4% do PIB brasileiro e pela geração de 6 milhões de empregos. Minerais encontrados na Amazônia: ferro, manganês, cobre, alumínio, zinco, níquel, cromo, titânio, nióbio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio.

São Paulo continua como a mais importante financiadora da devastação da floresta amazônica por ser a principal consumidora de seus produtos.

Os países europeus estão bem conscientes da importância das florestas tropicais na luta contra as alterações climáticas e a perda de biodiversidade, e os governos de todo o continente salientam que esta relevância pode motivar novas contribuições para o Fundo da Amazónia.

O desmatamento na Amazônia teve início durante a década de 1970. A construção de grandes obras de infraestrutura, a especulação com terras e a instalação de atividades econômicas como a agropecuária e a mineração estão entre as causas do desmatamento.

A Amazônia brasileira conta com 7,2 milhões de hectares com vegetação secundária, em áreas já desmatadas, com mais de 6 anos de idade, que passam hoje por um processo natural de regeneração. Se for mantida, essa vegetação secundária pode voltar a adquirir as características de floresta madura.