Qual religião que usa turbante?

Perguntado por: egonzaga5 . Última atualização: 1 de fevereiro de 2023
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Ou seja, o uso turbante como símbolo e expressão de fé não está ligado apenas às religiões islâmicas, mas também ao Sikh indiano.

Guru Gobind Singh. Para o siquismo, Deus é o criador do mundo e da humanidade, deve ser devotado e respeitado. Defende que a separação entre Deus e os homens ocorre pelo egocentrismo e por isso Deus criou o karma.

Símbolo de orgulho e identidade dos guerreiros Sikh, o turbante normalmente tem oito metros de comprimento. Ele é usado pelos homens para prender o longo cabelo, pois sua religião proíbe o corte.

Os turbantes, por exemplo, são historicamente utilizados pelas culturas de matriz africana. Quando uma pessoa negra coloca seu turbante ou suas tranças, ela está reafirmando uma ancestralidade que sempre foi obrigada a reprimir.

Já no Brasil, o uso do turbante tem um significado especial e representa a identidade cultural que foi trazida pelos escravos negros quando vieram da África. Além disso, o adereço se tornou símbolo de resistência e luta contra o preconceito racial.

Para os seguidores da religião de matriz africana, ele é usado para proteger o “ori”, que significa cabeça, na língua yorubá.

Assim como entre as mulheres, o turbante também é usado por homens há centenas de anos em regiões da África, na Índia, Paquistão, Afeganistão e Jamaica. Eles também podem aparecer em diversos modelos, podendo ser africanos, árabes ou indianos.

Keffiyeh – Wikipédia, a enciclopédia livre.

Khanda

Khanda, símbolo do siquismo.

O termo sikh significa, em língua punjabi, "discípulo forte e tenaz". A doutrina básica do siquismo consiste na crença em um único Deus e nos ensinamentos dos Dez Gurus do siquismo, recolhidas no livro sagrado dos siques, o Guru Granth Sahib, considerado o décimo-primeiro e último Guru.

A palavra Sikhismo deriva do termo em sânscrito "sisya", que significa discípulo. O Sikhismo é uma religião fundada por Baba Nanak, que tinha por objetivo criar uma religião que fosse a fusão entre o islamismo e o hinduísmo.

A origem do turbante é desconhecida, mas sabe-se que já era usado no Oriente muito antes do surgimento do islamismo. As inúmeras formas de amarrar o turbante representam uma espécie de linguagem popular, podendo indicar a posição social, a tribo a que a pessoa pertence e até mesmo o seu humor naquele momento.

O turbante (do persa dulband, em turco tülbent) é uso muito comum na Índia, no Bangladesh, no Paquistão, no Afeganistão, no Médio Oriente , no Norte da África, no Leste da África (principalmente no Quénia), no Sul da Ásia e em algumas regiões da Jamaica.

O uso do tecido na cabeça já foi associado à proteção da mente e estímulo da fé. No Brasil, o uso do turbante está relacionado à reapropriação de uma cultura negra que se adaptou — o que já provocou até uma discussão sobre apropriação cultural pelo uso do adereço por pessoas brancas.

Turbante combina com ocasiões mais formais? Claro que sim! Você pode usar o acessório em uma festa mais chique ou mesmo para trabalhar. Em ocasiões mais formais, como casamentos, por exemplo, é legal escolher um tecido mais sofisticado, que combine com a proposta.

O aiatolá Ali Khamenei, guia supremo do país, é um deles.
Os clérigos que não são descendentes de Maomé devem usar o turbante branco.

Se for masculino, será utilizada somente uma aba saindo da amarração. É necessário ter discernimento ao usar o pano de cabeça. Ele não é um simples turbante. O pano também não deve ser maior do que o das médiuns acima de sua hierarquia no terreiro.

A discussão sobre apropriação cultural não é, como aparenta, um purismo cultural pelo qual só podem usufruir de artefatos ou elementos produzidos por uma cultura aqueles que participaram em sua criação.

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