Qual o valor normal do PCO2?

Perguntado por: lagostinho . Última atualização: 27 de maio de 2023
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Vistos esses conceitos, para identificar as alterações da gasometria arterial precisamos conhecer os valores normais dos parâmetros avaliados: pH = 7,35 – 7,45. pCO2 = 35 – 45 mmHg. HCO3 = 22 – 26 mEq/L.

PaCO2 ou PCO2 A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar, sendo praticamente a mesma do CO2 alveolar, dada a grande difusibilidade deste gás. Seus valores normais oscilam entre 35 a 45 mmHg.

A PaCO2 reflete a ventilação alveolar. O gás carbônico é o gás mais solúvel no sangue. O valor de referência é 35-45mmHg.

A pCO2 dentro da faixa esperada indica que está acontecendo a compensação e teremos acidose metabólica compensada. Se estiver abaixo do valor mínimo, está acontecendo uma maior hiperventilação e, assim, também existe alcalose respiratória.

Se a pCO2 estiver dentro da faixa esperada significa que está ocorrendo compensação. Assim, temos uma acidose metabólica COMPENSADA. Se estiver abaixo do valor mínimo esperado significa que está ocorrendo uma hiperventilação maior do que deveria e, por isso, existe também uma alcalose respiratória associada.

O pH é o logaritmo negativo da concentração de íons hidrônio (H3O+); a pO2 é a quantidade de moléculas de oxigênio dissolvidas no sangue e a pCO2 é a quantidade de moléculas de gás carbônico dissolvidas no sangue, estas duas últimas expressas na forma de pressão parcial.

Vale lembrar que um índice de saturação esperado para a normalidade é, em média, acima de 95%. As exceções são pessoas com deficiências respiratórias crônicas como DPOC. Para elas, a saturação considerada normal tende a variar em torno de 90%.

O nível normal de saturação de oxigênio do sangue é sempre maior do 95% considerando uma pessoa saudável. O ideal é que esse valor esteja sempre entre 97% e 98%. Ou seja, em 100ml de sangue deve haver mais do 95% de moléculas de oxigênio.

O aumento do PCO2 leva à depressão do centro respiratório, o que, pela hipoventilação, causa um aumento contínuo do CO2, até o tratamento e reversão da causa inicial ou morte; este tratamento, dependendo da gravidade do paciente avaliado, pode utilizar ventiladores mecânicos para o auxílio à ventilação.

A acidose respiratória pode ser aguda ou crônica; a forma crônica é assintomática, mas a forma aguda, ou mais grave, causa cefaleia, confusão e tonturas. Os sinais incluem tremor, abalos mioclônicos e asterixe. O diagnóstico é clínico e com medidas da gasometria arterial e dos eletrólitos séricos.

A acidose respiratória ocorre quando desequilíbrios agudos ou crônicos do sistema respiratório levam à depuração ineficaz do dióxido de carbono. Esses desequilíbrios podem envolver: Doença primária do parênquima pulmonar. Problemas na parede torácica.

O indicador mais utilizado na prática é a relação PaO2/FIO2. Os valores normais se situam em torno de 450 a 500. Valores inferiores a 200 indicam presença de mais de 20% do parênquima pulmonar com áreas de shunt.

A acidez do sangue aumenta quando a pessoa ingere substâncias que contêm ou que produzem ácido, ou quando os pulmões não expelem dióxido de carbono suficiente. As pessoas com acidose metabólica frequentemente têm náuseas, vômitos e fadiga, e podem respirar mais rápido e mais profundamente que o normal.

A dosagem de bicarbonato (ou CO2 total) como parte de um perfil metabólico ou eletrolítico ajuda a diagnosticar um desequilíbrio eletrolítico, acidose ou alcalose resultante de uma doença/estado clínico.

Caso o objetivo seja ELIMINAR (LAVAR) CO2, deve-se ajustar os parâmetros de modo a elevar o volume minuto (VE), que é obtido pelo produto da FR pelo volume corrente (VC). Quanto maior a mobilização de ar por minuto, mais intensa será a eliminação de CO2.