Qual o valor do antirretroviral?

Perguntado por: rzaganelli . Última atualização: 28 de abril de 2023
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O novo medicamento utilizado para terapia de resgate, Enfuvirtida ou T-20, custa no Brasil US$ 17.000 por paciente por ano. O Tenofovir, por exemplo, que entrou como segunda opção para o tratamento de primeira linha em pacientes com intolerância à Zidovudina, vem sendo utilizado por aproximadamente 19 mil pacientes.

A aids não tem cura, mas tem controle: o coquetel antirretroviral, um conjunto de três ou quatro comprimidos que o portador do vírus HIV precisa tomar diariamente, permite que ele tenha uma vida longa e com qualidade de vida.

Pessoas vivendo com HIV em tratamento antirretroviral com carga viral indetectável em seu sangue têm um risco negligenciável de transmissão sexual do HIV. Dependendo das drogas empregadas, pode levar até seis meses para que a carga viral fique indetectável.

O paciente precisa ter o Formulário de solicitação de medicamentos antirretrovirais e receituário médico, além de documento de identidade. Geralmente, para a primeira retirada do medicamento, é necessário cadastro na unidade, com comprovante de residência válido.

Os medicamentos raltegravir, atazanavir e dolutegravir interagem com antiácidos utilizados para alívio de sintomas de azia, como aqueles com magnésio, alumínio ou cálcio, podendo diminuir o efeito da TARV quando tomados juntos ou em horários muito próximos.

No Brasil, desde o ano de 1996, distribui-se gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) todos os medicamentos antirretrovirais, carinhosamente apelidados de 'coquetel' de tratamento, e, desde 2013, garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independente da carga viral.

Estudos recentes demonstram que uma PVHIV tem uma expectativa de vida semelhante à população geral – desde que seja diagnosticada precocemente, faça o acompanhamento médico e seja aderente ao tratamento, além de ter bons hábitos de vida.

A nota informa gestores, profissionais da saúde, sociedade civil e população geral, que as pessoas vivendo com HIV/aids com carga viral indetectável há pelo menos seis meses e boa adesão ao tratamento tem um risco insignificante de transmitir o vírus pela via sexual.

A advogada e especialista em direito à saúde Claudia Nakano explica que “a pessoa com HIV/Aids tem direito ao tratamento médico, a educação, a não discriminação, direitos atrelados ao trabalho, ao lazer, enfim, tudo que prevaleça a sua dignidade como pessoa humana”, enfatiza.

As pessoas Soropositivas vivem com o vírus dentro do corpo, mas sem nenhuma manifestação da doença, pois seu sistema imunológico não foi afetado ainda. É óbvio que os cuidados para não adoecer são redobrados, sendo necessário tomar um cuidado importante com a saúde e evitando vícios e exageros.

O HIV possui uma janela imunológica que, na maioria das vezes, dura 30 dias, o que quer dizer que, neste período, mesmo que a pessoa tenha sido infectada, existe a possibilidade de o resultado do seu teste dar um “falso negativo”.

Existem algumas estratégias que podem ajudar a aumentar a contagem de CD4 e fortalecer o sistema imunológico, como: Adotar uma alimentação saudável e equilibrada, rica em nutrientes que ajudam a fortalecer o sistema imunológico, como vitamina C, vitamina E, zinco, selênio, ômega-3 e proteínas.

O ideal é que você comece a tomar a medicação em até 2 horas após a exposição ao HIV e no máximo após 72 horas. A eficácia da PEP pode diminuir à medida que as horas passam.

Bebidas alcoólicas também devem ser evitadas para aqueles pacientes que tomam o amprenavir em solução oral. A princípio, não há diferença na atuação do álcool em pessoas infectadas ou não pelo HIV.

Posso consumir bebida alcoólica junto com os medicamentos? O consumo deve ser moderado ou evitado. Embora o álcool não “corte o efeito dos medicamentos” como alguns pensam, pode agredir o fígado e aumentar os efeitos colaterais de alguns anti-retrovirais.