Qual o tratamento de escolha para a eclâmpsia?

Perguntado por: eantunes . Última atualização: 1 de fevereiro de 2023
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Tratamento. O parto é a única forma de curar a eclâmpsia. Se você desenvolver eclâmpsia, o médico pode antecipar o parto, dependendo de quão longe você está em sua gravidez. Parto prematuro pode ocorrer entre 32 e 36 semanas de gravidez, se surgirem sintomas de risco de vida ou se a medicação não funcionar.

O tratamento definitivo da pré-eclâmpsia é o parto. Dependendo de fatores como idade gestacional, gravidade, bem-estar fetal e presença ou não de complicações, a interrupção da gravidez está indicada.

A conduta pré e peri-operatória consiste na: anestesia geral; parto por cesariana, com incisão mediana e transfusão de plaquetas (uma unidade eleva em média 10.000 plaquetas/mm3), antes da cirurgia, se a sua contagem estiver abaixo de 50.000/mm3, para atingir pelo menos 50.000/mm3 e idealmente mais de 90.000/mm3.

Sulfato de magnésio
Esse agente, considerado a droga de escolha para a prevenção e tratamento da eclampsia não tem indicação como anti-hipertensivo16,33.

D (Danos -Disabilities): com a finalidade de prevenir danos clínicos e obstétricos secundários à convulsão eclâmptica, deve-se iniciar o sulfato de magnésio que é a droga de escolha pela sua efetividade em comparação a outros anticonvulsivantes.

Muitos médicos preferem fazer uma cesárea nas mulheres com pré-eclâmpsia grave, mesmo quando o bebê está bem. Porém, estudos observacionais mostram que a cesárea aumenta os riscos de complicações e pode piorar o prognóstico da mãe e do bebê.

Um exame de sangue, coberto pelos convênios médicos, pode ser realizado a partir da 20º semana de gestação para auxiliar os médicos a avaliarem a razão de dois biomarcadores importantes para identificar o risco de desenvolver a doença: o fator de crescimento placentário (PlGF) e a tirosina quinase-1 (sFlt-1).

Ela explica que a gestante com pré-eclâmpsia pode – e deve – ter um parto normal se a pressão está estabilizada e os exames de rotina estão normais. “A avaliação vai mostrar se há sinais de iminência de eclâmpsia.

As intervenções de enfermagem destinadas às pacientes acometidas pela pré-eclâmpsia são semelhantes às prestadas à gestante em estado grave que incluem: aferição dos níveis pressóricos e sinais vitais, controle contra infecção, alívio da dor através da administração de analgésicos prescritos ou técnicas alternativas ...

"Nos casos identificados como pré-eclâmpsia leve em gestações com 37 semanas ou mais o indicado é interromper a gestação, porque mantê-la não melhora o quadro da mãe, traz mais complicações, e pode evoluir para pré-eclâmpsia grave e eclampsia, caracterizada por convulsões", alertou.

A eclâmpsia é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, que ocorre quando a pressão arterial está elevada (acima de 140/90 mmHg) a qualquer momento após a sua 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto.

A doença é uma complicação grave na gravidez e é caracterizada por episódios repetidos de convulsões, seguidos de coma, e que pode ser fatal se não for tratada imediatamente. As causas da eclâmpsia estão relacionadas à implantação e o desenvolvimento dos vasos sanguíneos na placenta.

O tratamento para a eclâmpsia pós parto tem como objetivo tratar os sintomas, por isso é indicado o uso de sulfato de magnésio, que controla as convulsões e evita o coma, anti-hipertensivos, para diminuir a pressão sanguínea, e, algumas vezes, aspirina para alívio da dor, sempre com orientação médica.

O sulfato de magnésio ainda pode ser indicado para o tratamento de hipomagnesemia e edema cerebral, e é um remédio para convulsões, tetania uterina, controle de arritmias cardíacas, intoxicação e envenenamento por bário, em adultos e crianças.

A aspirina e cálcio devem ser feitos para as mulheres que têm risco, seja pelo histórico familiar, seja pela história obstétrica, ou se a mulher é hipertensa crônica, também deve receber a profilaxia. Isso diminui o risco dela desenvolver pré-eclâmpsia associada à hipertensão arterial crônica.

O tratamento farmacológico inicial de escolha para hipertensão na gestação é feito com Metildopa, pois é a droga mais estudada e sem efeitos adversos para o feto. A dose inicial é de 250 mg, 2 a 3 vezes ao dia, aumentando a cada 2 dias conforme necessário, utilizar até de 6 em 6 horas (dose máxima de 3000 mg/dia).

Com base nas evidências atuais, o levetiracetam e a lamotrigina parecem ser os anticonvulsivantes com menor risco de malformações.

O valproato ou vigabatrina é preferido, seguido pelo clonazepam.

Para nunca mais esquecer anticonvulsivantes na gestação
Em todos os estudos, o valproato está associado ao maior risco de malformações graves. Sabemos que para pacientes com epilepsia em idade fértil e que planejam engravidar, a lamotrigina ou monoterapia com levetiracetam são as melhores opções disponíveis.

Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar, por precaução, uma dieta com pouco sal. Medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes são indicados para o controle dos quadros mais graves, que podem exigir a antecipação do parto.