Qual o tratamento de escolha nos prolactinomas?

Perguntado por: rhernandes . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Tratamento medicamentoso. Agonistas dopaminérgicos (AD) são o tratamento padrão-ouro dos prolactinomas por promoverem o controle hormonal e a redução da massa tumoral. A cabergolina (CAB), um agonista específico dos receptores D2, é a droga de primeira escolha, devido à sua maior eficácia e tolerabilidade.

Cabe ressaltar que se a paciente apresenta concentrações elevadas de macroprolactina e sintomas clássicos da síndrome hiperprolactinêmica (amenorreia, galactorreia, infertilidade) associados à cefaleia e alterações visuais, o exame de imagem deve ser solicitado.

A secreção de prolactina é regulada especialmente pelos neurônios tuberoinfundibulares, localizados no núcleo arqueado do hipotálamo, com ação inibitória tônica exercida através da liberação de dopamina no sistema porta hipofisário que, por ativação predominantemente dos receptores D2 dos lactotrófos, inibe a expressão ...

O tratamento utiliza agonistas dopaminérgicos, sendo disponíveis em nosso país a cabergolina e a bromocriptina. A droga de escolha é a cabergolina, com forte efeito inibitório sobre a secreção de prolactina e menos efeitos colaterais, além de ter duração prolongada permitindo doses uma a duas vezes por semana (1, 10).

Em geral, quando ocorre hiperprolactinemia em função de um tumor de hipófise, os níveis desse hormônio no sangue costumam ser mais elevados, podendo ser tão altos como 50000 ng/mL. É importante enfatizar que os níveis de prolactina no sangue por outras causas que não tumor de hipófise não costumam exceder 200 ng/mL.

Cabergolina é indicada para o tratamento de distúrbios hiperprolactinêmicos, idiopáticos ou devido a adenomas hipofisários.

Cabergolina deve ser administrada por via oral. Uma vez que a tolerabilidade dos agentes dopaminérgicos é aumentada quando administrados com alimentos, recomenda-se que Cabergolina seja administrada com as refeições.

Posologia do Cabergolina - Prati-Donaduzzi
A dose terapêutica é normalmente 1 mg por semana, mas pode variar de 0,25 mg a 2 mg por semana, porém há casos com necessidade de até 4,5 mg por semana. Inicia-se com 0,5 mg por semana, administrado em uma ou duas (metade de um comprimido de 0,5 mg) doses por semana.

As medicações utilizadas para o tratamento tanto de micro como de macroprolacinoma são os agonistas dopaminérgicos (bromocriptina e cabergolina) Os agonistas são medicações que têm ação semelhante à dopamina. São eficazes na grande maioria dos casos para reduzir tanto os níveis de prolactina como o tamanho do tumor.

Endocrinologista: O especialista que trata distúrbios provocados pela ausência ou excesso de hormônios no corpo. O endocrinologista é um médico especializado nas glândulas endócrinas, as responsáveis por produzir hormônios.

Valores acima de 100 ng/mL sugerem o quadro de prolactinoma (tumor da hipófise). Prolactinomas são a causa mais frequente de hiperprolactinemia patológica, causada por um tumor dos lactotróficos. Representa cerca de 60% de todos tumores hipofisários e mais de 75% dos adenomas hipofisários em mulheres.

A prolactina alta, tanto no homem quanto na mulher, prejudica a fertilidade. Neles, o hormônio reduz o volume de sêmen; nelas, afeta os ciclos menstruais. Em ambos, há uma considerável redução do desejo sexual.

Diferentes tumores da adenohipófise e de outros locais podem causar esse excesso de Prolactina no sangue. Outras doenças como Hipotireoidismo, Insuficiência Renal Crônica e Doença Hepática Grave também aumentam a Prolactina e podem causar os efeitos explicados acima.

Exames de imagem, geralmente ressonância magnética, que é o mais sensível e específico para a investigação dos tumores da hipófise. Exames de sangue para detectar o tipo de hormônio afetado. Entre eles, são avaliados os hormônios hipofisários, prolactina, TSH, ACTH, FSH e LH.

O tempo do tratamento variou de 1 a 38 meses (mediana=12 meses), e foi superior a 3 meses em 22 destes pacientes. Redução tumoral foi observada em todos 7 pacientes com MAC que realizaram ressonância magnética durante o período de tratamento.